Valeu pela meia hora final.
Depois que Aguero, o destaque da partida, fez 1 a 0 para a Argentina aos 11 minutos do segundo tempo, o Uruguai descobriu que também precisava jogar, e o que até então era um exercício solo dos argentinos passou a ser um confronto entre as duas tradicionais escolas do futebol sul-americano.
Ficou claro desde o início que era pura balela de Óscar Tabárez aquele papo de que o Uruguai não ia se prender à defesa. O gol de Aguero, que se antecipou à marcação e cabeceou para as redes a bola cruzada por Zabaleta, é um bom retrato do que foi a partida até ali: além do ótimo goleiro Muslera, sete uruguaios guardavam a área contra apenas três argentinos.
Os argentino tinham, então, 70% da posse de bola. Parecia jogo de time grande contra pequeno.
Depois do 1 a 0, o Uruguai foi à luta e teve de jogar de igual para igual, pois o time não tem velocidade suficiente para optar pelos contra-ataques, a arma predileta dos times que enfrentam a Argentina. E, atacando, os uruguaios criaram boas chances de gol e poderiam ter saído com um empate.
Foi justa, no entanto, a vitória argentina na noite de Aguero como protagonista e Lionel Messi como coadjuvante.
Agora, empatada em primeiro lugar no Grupo B da Copa América com o Paraguai, a Argentina vai descontar na Jamaica as dificuldades que sofreu os dois primeiros jogos, deixando para uruguaios e paraguaios decidirem entre si quem fechará a primeira fase em segundo lugar.