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Ralf será o terceiro brasileiro a levantar a taça de campeão

Ralf: capitão - Foto: Twitter/Corinthians

Ralf: capitão – Foto: Twitter

 volante Ralf, que completou no 1 a 1 com o Vasco o 350º jogo pelo Corinthians, será o capitão contra o São Paulo e, portanto, vai levantar a taça de campeão brasileiro no Itaquerão.

Ralf será o terceiro capitão brasileiro do Corinthians campeão, depois de Neto, em 1990, e Alessandro, em  2011.

Em 1998, o paraguaio Gamarra levantou a taça; em 1999, o colombiano Rincón; em 2005, o argentino Tévez.

O que Ralf ainda não sabe é se continuará no Corinthians em 2016. Bem que ele quer, mas os dirigentes estão jogando duro nas negociações para renovar o contrato.

Definitivamente campeão

() SPO Corinthians comemora título em São Januário – Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Tite, Renato Augusto, Elias e Vágner Love: caras do Corinthians campeão

Tite, Renato Augusto, Elias e Vágner Love: caras do Corinthians campeão

Qualquer estagiário de Fisiologia sabe que as 46 horas de intervalo entre Brasil 3 x 0 Peru e o Vasco x Corinthians decisivo para ambos eram insuficientes para a completa recuperação muscular de Gil, Elias e Renato Augusto, que tinham jogado os 90 minutos em Salvador.

Esquecida a disparidade técnica entre os dois times, é quase natural que o Vasco tenha determinado o andamento do jogo em boa parte do primeiro tempo, pelo menos até os 30 minutos, com mais presença no campo ofensivo e maior número de finalizações.

Nos 15 minutos seguintes, o Corinthians se impôs, adiantou suas linhas e chegou mais perto de abrir o placar. O Vasco se desconcentrou, passou a ceder espaço no meio de campo, perdeu a força de ataque.

No segundo tempo, o Vasco retomou o ritmo inicial, com mais posse de bola e maior força no ataque.

Como se tivesse preservando as forças parcialmente gastas dois dias antes na Seleção, o Corinthians recolheu-se ao campo de defesa para apostar no contra-ataque.

Antes dos 15 minutos, Jorginho trocou Rafael Silva por Jorge Henrique e Tite resolveu substituir Renato Augusto, o mais cansado do trio que veio da Seleção, por Rodriguinho.

Em seguida, o vascaíno Rodrigo fez uma falta escandalosa em Malcom, acertando a chuteira na cabeça do corintiano quase na altura do Cristo Redentor, e foi imediatamente expulso pelo bom árbitro Anderson Daronco.

Com 11 contra 10 em campo e mais meia hora de jogo pela frente, que mais o Corinthians poderia querer na noite inesquecível desta quinta-feira?

O São Paulo ia trucidando o Atlético Mineiro no Morumbi até chegar aos 4 a 2 que dariam matematicamente o título ao Corinthians qualquer que fosse o resultado em São Januário.

E não é que, com 10 contra 11 corintianos, o Vasco fez 1 a 0, gol de Julio Cesar, quando Riasco já tinha dado lugar a Éder Luís e Elias tinha sido trocado por Lucca?

E foi o talismã Lucca, depois de perder duas vezes a chance de empatar o jogo, que desviou a bola para Vágner Love fechar o placar em 1 a 1, enlouquecer de vez a pequena parcela de corintianos em São Januário, arrancar lágrimas de Renato Augusto à beira do gramado e espocar fogos em toda São Paulo.

Como estava escrito desde antes do retorno de Charles William Miller com algumas bolas e um livro de regras para plantar por aqui as sementes do esporte que encantava os ingleses, o Corinthians é o campeão brasileiro de 2015. Hexacampeão!

Há mais coisa em jogo do que o título corintiano

A torcida do Corinthians passará o fim de noite desta quinta-feira dividida entre o jogo contra o Vasco em São Januário e o São Paulo x Atlético Mineiro no Morumbi.

Embora Tite venha repetindo que quer a vitória no Rio, basta que tudo termine como começou nos dois jogos para que o título brasileiro de 2015 esteja enfim matematicamente assegurado aos corintianos.

Não é apenas o sonho corintiano que estará rolando nos dois jogos das 22 horas.

Se não vencerem em casa, o Vasco precisará de múltiplos milagres nas próximas três rodadas para escapar ao rebaixamento e o São Paulo pode despregar-se de vez do G-4, desde que o Santos vença o Flamengo na Vila Belmiro e o Internacional, um pouco antes, tenha vencido a Chapecoense na Arena Condá.

No Morumbi, onde defenderá o zero, alguma coisa de chance matemática que ainda tem de ser campeão brasileiro, o Atlético jogará por interesse mais concreto: a manutenção dos seis pontos de vantagem com o Grêmio, com quem disputa a honra pouco reconhecida de ser o vice-campeão.

Não parece muito, mas vale um prêmio de R$ 6,3 milhões – ou R$ 2 milhões a mais do que a CBF entregará ao terceiro colocado.

Para que a disputa com o Atlético se mantenha pelo menos até o jogo entre os dois em Porto Alegre, daqui a duas rodadas, o Grêmio precisará ter vencido o Fluminense às19h30. Jogando em casa, não é mais do que obrigação.

Isso não pode, não é, Arnaldo?

Cerca de 20 ônibus com integrantes de torcidas organizadas do Corinthians estão parados neste começo de tarde à beira da Via Dutra em Piraí, aguardando os policiais militares do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios que os escoltarão nos 100 quilômetros entre Piraí e  São Januário.

Uma equipe da TV Rio Sul, afiliada da Globo que  tem sede em Resende e cobre o sul e o Vale do Paraíba fluminenses, foi hostilizada pelos torcedores ao chegar ao local para conferir as denúncias de que alguns soltaram rojões na estrada e estavam a atrapalhando o trânsito. Cinco viaturas da PM de Piraí entraram em ação para acabar com o tumulto.

Curiosamente, a TV Rio Sul é de Arnaldo Cezar Coelho, bom árbitro de outros tempos que hoje comenta na Globo as mancadas de seus sucessores.

Presidente da CBF pode ser preso

Marco Polo Del Nero tinha pedido na semana passada um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal que lhe desse a garantia de que não poderia ser preso nem obrigado a dizer apenas a verdade diante da CPI do Futebol.

O ministro Gilmar Mendes negou hoje o pedido de liminar impetrado pelos advogados do presidente da CBF.

Assim, pelo menos até ordem em contrário, o cartola não pode mentir e pode ser preso.

Se quisesse, também poderia viajar para o exterior, mas isso ele não quer, sabe lá o FBI por quê…

Por que o Corinthians de Tite é hexacampeão

Tite, novamente campeão com o Corinthians: permanentemente ligado

Tite, novamente campeão com o Corinthians: permanentemente ligado

Em outros tempos, quando seu time enrolava muito o jogo e mais se defendia do que atacava, ele tratava de também enrolar a linguagem nas entrevistas e mesas redondas. Falava em titês, um dialeto aparentado com o lazaronês, embora seu criador, tendo sido boleiro, jamais tenha chegado ao exagero de se dispor a galgar parâmetros, como se obrigava em outros tempos o colega Sebstião Lazaroni.

Galgou-os, no entanto. E como!

O futebol contido e a fala empolada lhe deram, em outra encarnação no Corinthians, os títulos de campeão brasileiro de 2011, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012.

Foi, no entanto, ao reencarnar com a camisa corintiana, depois de um ano longe do trabalho nos campos de treino e de jogo, procurando conhecer de perto o que fazem seus colegas de profissão no futebol europeu, agora cada vez mais antenado com os novos rumos da bola pelo mundo afora, que o gaúcho Adenor Leonardo Bachi se transformou em unanimidade nacional que muitos gostariam de ver no comando técnico da Seleção.

Parece outro treinador este Tite que voltou ao trabalho nesta temporada depois de assinar novo contrato com o Corinthians no finalzinho de 2014.

Continua sério, embora bem humorado, dedicado e sincero, mas parece mais leve e feliz no trato com os boleiros e os torcedores e acrescentou ao repertório do time opções ofensivas que aquele Corinthians multicampeão de 2011 e 2012 nem sonhava exercitar.

O que mudou?

A chave para entender o novo Tite talvez esteja numa entrevista que ele deu a Marcelo Rizzo, da Folha, ainda em março (para ler, clique aqui), em que conta o que mais o marcou nos cinco dias de convivência com Carlo Ancelotti, acompanhando o trabalho do colega italiano no Real Madrid:

– O que levo dele é exigir concentração alta dos atletas o tempo todo. Ele abriu seu sistema de trabalho de uma forma que, admito, eu não faria com outro profissional.

O Corinthians de 2015 é um time permanentemente ligado, dos treinos aos jogos, passando às vezes até pelos curtos períodos de folga.

O Tite de hoje, embora menos tenso, parece o Bernardinho de sempre. Não faz muito tempo, até contou que dorme com um caderno de anotações na cabeceira e, às vezes, acorda para registrar recados para ele mesmo ler no dia seguinte.

Sorte dos seus pupilos corintianos. Bernardinho dispara, no meio da noite, recados para os seus jogadores, às vezes simplesmente perguntando o que eles fizeram naquele dia para alcançar uma ótima performance no próximo jogo ou na próxima competição.

Tite é mais relax. Nem por isso está menos alerta. Mais do que o novo desenho tático, a distribuição mais equilibrada do time, a movimentação incessante dos jogadores e o alargamento do campo de ataque com a abertura dos meias em direção às laterais, o segredo do Corinthians  campeão brasileiro de 2015 é a permanente mobilização mental.

Tite conseguiu fazer Cássio, Fagner (Edílson), Felipe, Gil, Uendel (Guilherme Arana), Ralf, Elias, Renato Augusto, Jadson, Malcom (Lucca), Vagner Love (Luciano), Danilo e companhia menos assídua jogarem tudo o que podem – às vezes, quando a necessidade aperta, um pouquinho mais do que sabem.

Tite simplificou a linguagem e galgou parâmetros.

Por isso, o Corinthians é hexacampeão brasileiro – vença, empate ou perca o jogo desta quinta-feira contra o Vasco.

Noite de frustrações para Palmeiras, Goiás e Joinville

O jogo que menos valia foi o que mais emoções ofereceu: na Arena da Baixada, o Atlético Paranaense  fez 1 a 0 logo no primeiro minuto, o Palmeiras virou para 2 a 1, o Atlético revirou para 3 a 2, o Palmeiras fechou o placar em 3 a 3 aos 49 minutos do segundo tempo.

O empate deixa os dois times no meio da tabela, sem ilusões de chegar mais longe.

Os palmeirenses vão reclamar muito da arbitragem, realmente atrapalhada, mas deveriam se preocupar com o estado de nervos do time, que não tem frieza para encarar dificuldades e, mesmo nos instantes em que joga bem, pode sempre ceder a vantagem ao adversário.

Não será fácil vencer o Santos nas finais da Copa do Brasil, mas nada mais sobrou ao Palmeiras em 2015 do que tentar.

Na turma do fundão, o Coritiba se deu bem no Serra Dourada, batendo o Goiás por 3 a 1; o Figueirense conseguiu um surpreendente 1 a 0 sobre a Ponte Preta no Moisés Lucarelli; e o Avaí, em casa, afundou de vez o Joinville ao derrotá-lo por 2 a 1.

Depois dos resultados desta quarta-feira, o Vasco não tem alternativa na quinta em São Januário: se não vencer o Corinthians, vai pro beleléu em companhia do Goiás e do Joinville.

Em campo, Esperança x Desespero

Está chegando a hora de uns darem adeus à chance de ainda chegar ao G-4 e de outros se livrarem ou se afundarem de vez no Z-4 do Brasileirão. Três dos quatro jogos desta quarta-feira colocam em campo a esperança e o desespero:

– Serra Dourada, 19h30: Goiás x Coritiba

No confronto entre dois inquilinos do Z-4, vencer, dependendo de outros resultados da noite, é a chance de sair da zona de rebaixamento. Empatar não é bom para nenhum dos dois. Perder é encurtar o caminho para a Segundona.

– Ressacada, 21 horas: Avaí x Joinville

Com um ponto acima da linha de rebaixamento, o anfitrião ainda tem um mínimo de gordura para queimar. O visitante, lanterninha do campeonato, ou vence ou dá adeus, hoje mesmo, à Primeira Divisão.

– Moisés Lucarelli, 21 horas: Ponte Preta x Figueirense

A Ponte precisa da vitória para não perder de vez a pequena chance que ainda mantém de chegar ao G-4 ou, pelo menos, ao G-5. Vencendo, o Figueirense se distanciaria um pouco mais do Z-4. Se perder, pode até voltar para lá.

– Arena da Baixada, 21 horas: Atlético Paranaense x Palmeiras

É uma exceção da noite de esperanças e desespero. Fora de risco, sem maiores pretensões daqui em diante, o Atlético pode ir se preparando para quando 2016 chegar e o Palmeiras terá oportunidade de fazer um treino de bom nível para os dois jogos contra o Santos pelo título da Copa do Brasil.

Caicedo faz história nas Eliminatórias

Caicedo: artilheiro das Eliminatórias, um gol por jogo

Caicedo:  um gol em cada jogo

Artilheiro das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2018, com quatro gols em quatro rodadas, um em cada jogo, o equatoriano Felipe Caicedo igualou, nos 3 a 1 de ontem sobre a Venezuela, um feito histórico do chileno Jorge Aravena.

Foi seu quinto gol consecutivo em jogos das Eliminatórias. Justamente contra o Chile, pela última rodada das Eliminatórias de 2014, Caicedo havia marcado o gol equatoriano na derrota por 2 a 1.

O goleador, que faz bem menos gols quando veste a camisa do Espanyol, é um dos principais responsáveis pela ótima campanha do Equador nestas Eliminatórias – com aproveitamento de 100%, iniciado na surpreendente vitória sobre a Argentina em Buenos Aires logo na rodada de abertura.

Fifa mantém e pode ampliar suspensão de Blatter e Platini

Joseph Blatter e Michel Platini receberam nesta quarta-feira comunicado do Comitê de Apelação da Fifa informando que foram negados seus recursos contra a decisão do Comitê de Ética que os suspendeu por 90 dias de qualquer atividade relacionada ao futebol.

A suspensão de ambos ainda pode ser prorrogada por mais 45 dias.