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Nem todos poderão ver a semifinal da Libertadores na TV

Você mora em São Paulo ou no Rio ou em Brasília ou no Recife ou em Curitiba, não torce pelo Santos nem pelo Sport nem pelo Vasco nem pelo América-RN nem pelo Coritiba nem pela Ponte Preta e gostaria de acompanhar na televisão aberta o jogo entre Tigres e Internacional, valendo vaga na final da Libertadores?

Dançou, caro telespectador.

No mesmo horário, a Globo vai exibir nessas cidades jogos da Copa do Brasil que valem vaga nas … oitavas de final!

Duelo de ídolos decide Tigres x Inter

Rafael Sóbis x Valdívia 227                  Rafael Sóbis x Valdívia: o herói colorado do bi contra o candidato ao tri

Gaúcho de Erechim, Rafael Augusto Sóbis do Nascimento, 30 anos, foi revelado pelo Cruzeiro do Rio Grande do Sul, passou rapidamente pelo Corinthians e acabou a formação nas divisões de base do Internacional. É quase cria da casa. Em 2004, entrou no elenco profissional e já no ano seguinte foi um dos destaques do Brasileirão, tendo marcado 19 gols.

Foi embora em 2006, para jogar no futebol espanhol com a camisa do Bétis, depois de brilhar na campanha que deu ao Inter seu primeiro título da Libertadores. Voltou em 2010 a tempo de participar da reta final da campanha do bi.

Pois este atacante técnico e raçudo pode desfazer nesta quarta-feira, 22, o sonho colorado de chegar ao tri da Libertadores na final de 5 de agosto, contra o River Plate, no Beira-Rio.

Rafael Sóbis é o principal jogador do Tigres, adversário derrotado pelo Inter por 2 a 1 em Porto Alegre, mas perfeitamente capaz de reverter a desvantagem logo mais em Monterrey.

Wanderson Ferreira de Oliveira, 20 anos, também quase cria da casa, é o antídoto colorado ao mal que o antigo ídolo possa lhe fazer em campos do México.

Matogrossense de Jaciara, nascido para o mundo da bola no Rondonópolis, foi ainda júnior para o Internacional e hoje, conhecido nacionalmente como Valdívia, é um dos principais jogadores do time que já perdeu o passo no Brasileirão de 2015, mas tem boa chance de conquistar, pela terceira vez neste milênio, o título de campeão da Libertadores.

Meia veloz, combativo, habilidoso, embora às vezes um pouco dispersivo, Valdívia está no elenco profissional há dois anos,  firmou-se entre os titulares sob o comando de Diego Aguirre, esbanja carisma na relação com a torcida e é o artilheiro do Inter na Libertadores, tendo marcado cinco gols nos sete jogos que disputou.

Passa por seus pés o caminho do tri.

River decide Libertadores contra Inter ou Tigres

O River Plate confirmou em Assunção o favoritismo na briga pela vaga na final da Libertadores, empatou por 1 a 1 com o Guaraní num jogo até bem movimentado e agora espera que se defina amanhã, dia 22, o outro finalista.

O Internacional estará na decisão se pelo menos empatar com o Tigres em Monterrey. Não é fácil, mas não é impossível. O time mexicano já empatou dois dos cinco jogos que disputou em casa nesta Libertadores.

O problema do Inter é a própria inconstância, às vezes até durante o jogo, como se viu na vitória por 2 a 1 sobre o Tigres em Porto Alegre.

O River, é claro, torce pelo Tigres no jogo desta quarta, pois estará automaticamente garantido no Mundial de Clubes como representante da Conmebol se o Inter não chegar à final da Libertadores.

River terá apoio de 10 mil argentinos em Assunção

Vamos conhecer hoje o primeiro finalista da Libertadores, provavelmente o River Plate, que venceu em casa o primeiro jogo contra o Guaraní  por 2 a 0 e, portanto, pode até perder por um gol de diferença em Assunção.

A vantagem é significativa, pois o time paraguaio baseia seu jogo na forte marcação e nos contra-ataques, e o River é uma equipe realista que não se vai arriscar além da conta. O treinador Marcelo Gallardo dá o tom à partida das 21 horas:

– O Guaraní em Assunção fez dois no Corinthians. Não podemos acreditar que tudo foi definido em Buenos Aires. Temos de jogar com inteligência.

Se o técnico está cauteloso, a torcida está animada. Esperam-se 10 mil argentinos no Defensores Del Chaco.

Inter bobeia e leva para o México vantagem muito pequena

D'Alessandro: gol aos 4 minutos

D’Alessandro: gol logo aos 4 minutos

O desenho do jogo foi todo favorável ao Internacional: um gol logo aos 4 minutos, marcado por D’Alessandro, outro aos 9, de Valdívia, indicavam que a classificação para a final da Libertadores poderia se decidir na noite destaquarta, 15, no Beira-Rio.

E não era só o placar. O volume de jogo do Inter no ataque e o encolhimento do Tigres na defesa sugeriam uma vitória tranquila, talvez por goleada.

Falsa impressão. Feito o reconhecimento do terreno, apesar do prejuízo acumulado em tão poucos minutos, o Tigres foi se acertando e, num de seus primeiros ataques, conseguiu o gol de Ayala.

E mais teria conseguido nos minutos seguintes se não fosse o goleiro Alisson fazer dois milagres.

O jogo ficou difícil, mas o zagueiro Ayala tratou de facilitar a vida do Inter ao receber um segundo cartão amarelo logo aos 12 minutos do segundo tempo.

Nem com 11 contra 10 em campo, porém, os colorados tiveram competência para ampliar a vantagem.

A decisão da vaga na final ficou para a próxima quarta-feira, dia 22, no México. O Internacional precisa apenas de um empate. Ao Tigres, basta vencer por 1 a 0.

O Inter vai ter de mostrar em Monterrey muito mais do que mostrou nos 2 a 1 em Porto Alegre para ir à final contra o River Plate – ou você acredita que o Guaraní descontará em Assunção a derrota por 2 a 0 que sofreu na terça em Buenos Aires?

É dia de decisão para o Internacional no Beira-Rio

Diego Aguirre de longe 157Será o jogo mais importante do Internacional desde o começo da temporada, menos apenas do que o da semana que vem lá no México.

Desde 27 de maio, quando se garantiu nas semifinais da Libertadores com a vitória por 2 a 0 sobre o Santa Fe , o Inter tem a cabeça no jogo das 22 horas desta quarta-feira, no Beira-Rio, contra o Tigres.

De lá para cá, quase sempre desfalcado de muitos titulares, o Inter acumulou decepções no Campeonato Brasileiro. Foram dez  jogos, com três vitórias, três empates e quatro derrotas – um aproveitamento de apenas 40% dos 30 pontos disputados, índice decepcionante para um time que entrou na competição como candidato ao título.

Hoje colocado em 12º lugar no Brasileirão, a dez pontos do G-4 e a 13 do líder, o Internacional não tem alternativa: ou se dá bem na Libertadores ou terá jogado fora toda a temporada de 2015.

Se a comparação servir de estímulo, Diego Aguirre poderá lembrar à sua rapaziada que o River Plate também sofreu uma queda de rendimento no Campeonato Argentino, mas ontem se redimiu com sua torcida ao vencer em casa o Guaraní por 2 a 0 e encaminhar a classificação para a final da Libertadores.

É o que o Inter tem de fazer hoje contra o Tigres de Rafael Sóbis. Não basta vencer. É preciso garantir alguma folga para o jogo de volta, quarta que vem, em Monterrey.

O desempenho recente não é animador, mas a volta de Juan, Aránguiz, Valdívia, Sasha e Nilmar, finalmente livres das lesões que os afastaram dos campos, dará a Diego Aguirre condições de remontar o time que fechou a primeira fase como líder de seu grupo, eliminou o Atlético Mineiro nas oitavas e o Santa Fe nas quartas.

Suspenso, Aguirre não estará na área técnica do Beira-Rio para empurrar Alisson, William, Ernando, Juan, Geferson, Rodrigo Dourado, Aránguiz, D’Alessandro, Valdívia, Nilmar e Lisandro López rumo à vitória. Vai torcer por eles.

River reabre Libertadores cheio de velhinhos

O River Plate, que tirou o Boca Juniors e o Cruzeiro da Libertadores, joga hoje, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, uma cartada decisiva para chegar à final. O adversário é o paraguaio Guaraní, que eliminou o Corinthians e o Racing e tem sido a grande surpresa da competição.

Não falta quem aposte em uma nova surpresa paraguaia nestas semifinais. O River volta à Libertadores sem Teo Gutiérrez, que negocia a transferência para o Sporting de Portugal, e ‘reforçado’ por trio muito, muito experiente: o atacante Javier Saviola e os meias Pablo Aimar e Lucho González.

Saviola tem 33 anos e, em seus melhores dias, jogou no Barça e no Real. Estava no Verona.

Aimar, 35 anos, já defendeu Valencia e Benfica, mas estava sem jogar havia mais de um ano, desde que foi dispensado pelo Johor Darul Tunku, clube da Malásia.

Lucho González, 34 anos, jogou no Porto e no Olympique de Marselha, e estava no  Al-Rayyan, do Qatar, antes de retornar ao River.

Serão mais de 100 anos de experiência à disposição do treinador Marcelo Gallardo, embora o mais provável é que somente Saviola comece jogando, hoje, contra o Guaraní.

Uma lição do futebol colombiano ao brasileiro

Quinta-feira, 28 de maio:

  • Contratado pelo São Paulo, o treinador Juan Carlos Osorio se despede do Atlético Nacional após conquistar seis títulos em três anos e apenas cinco dias depois de ser eliminado do Campeonato Colombiano. Cinco mil torcedores vão ao Estádio Atanasio Girardot para festejá-lo na despedida.

Terça-feira, 2 de junho:

  • A sede do Cruzeiro é pichada com ameaças – “acabou a paz” – e ofensas a dirigentes e ao técnico Marcelo Oliveira, tratado como ‘parasita’. O Cruzeiro tem resultados ruins na temporada: não chegou à final do Campeonato Mineiro, foi eliminado nas quartas de final da Libertadores e está em 19º lugar no Brasileirão. Que culpa tem o treinador? Nenhuma. Marcelo montou o time que é o atual bicampeão brasileiro e, desfeito pela diretoria, está sendo remontado em 2015.

Marcelo Oliveira deveria receber em Belo Horizonte as homenagens que Juan Carlos Osorio recebeu em Medellin.

Não é apenas dentro de campo e nos gabinetes da cartolagem que vai mal o futebol brasileiro.

Atualização

O Cruzeiro demitiu Marcelo Oliveira na tarde desta terça.

E assim se manifestou o clube no comunicado oficial da demissão: “Os números do ex-treinador Marcelo Oliveira são espetaculares.”

Sem comentários!

Leia mais sobre Marcelo Oliveira no Cruzeiro:

Cruzeiro x São Paulo: entre a dança e o balanço

Libertadores: o bestial Marcelo pode virar uma besta

 

Libertadores: éramos cinco, somos um

Gabriel Xavier agarra Gonzalo Martínez , é expulso e sai  aplaudido

Gabriel Xavier agarra Gonzalo Martínez , é expulso e sai aplaudido

Éramos cinco quando começou a Libertadores. Depois de alguns sustos na fase de grupos, os cinco chegaram às oitavas.

Como a tabela determinava dois cruzamentos locais, somente três dos cinco poderiam chegar às quartas: o Cruzeiro tirou o São Paulo, o Internacional tirou o Atlético Mineiro, o Corinthians tropeçou na própria incompetência e foi tirado pelo paraguaio Guaraní.

Nas quartas, então, éramos dois: Cruzeiro e Inter.

O Inter foi à Colômbia, perdeu para o Independiente Santa Fe, mas virou a parada no Beira-Rio nesta quarta-feira e está nas semifinais.

O Cruzeiro foi à Argentina, venceu o River Plate e voltou para Belo Horizonte precisando apenas de um empate. Parecia que seríamos dois nas semifinais. Parecia. O Cruzeiro acaba de ser trucidado pelo River no Mineirão.

Placar: 3 a 0 para o River.

E, no palco em que a Alemanha enfiou 7 a 1 no Brasil, o Cruzeiro não caiu de quatro por que, a três minutos do final, o garoto Gabriel Xavier agarrou o argentino Gonzalo Martínez por trás para evitar que ele invadisse sozinho a área do goleiro Fábio.

Levou o cartão vermelho e saiu aplaudido pela torcida.

O Inter dos velhinhos está nas semifinais

Rafael Moura: aos 42 do segundo tempo, o gol da classificação

Rafael Moura: aos 42 do segundo tempo, o gol da classificação

Um gol aos 2 minutos e jogo, outro a três de se completarem os 90 regulamentares, e assim o Beira-Rio tomado por 44.665 torcedores festejou a classificação do Internacional para as semifinais da Libertadores.

O Independiente Santa Fe, que havia vencido na Colômbia por 1 a 0, não teve tempo para curtir a vantagem, mas nem por isso se acanhou nos domínios colorados. Levou algum sufoco nos primeiros minutos, é verdade, mas conseguiu reagir aos poucos e jogou de igual para igual toda a segunda metade do primeiro tempo .

Para isso, contou com alguma sorte. Por volta dos 15 minutos, Eduardo Sasha se contundiu e foi substituído por Valdívia, mais afoito e menos compenetrado, o que desorganizou um pouco o Inter. O Santa Fe aproveitou para se impor em campo.

No segundo tempo, o Inter voltou melhor, com renovada disposição para chegar ao segundo gol, e os colombianos passaram a marcar com extrema dureza, muitas vezes até com deslealdade, que acabou lhes custando uma dupla e fatal punição: a expulsão de Mosquera aos 22, e de Anchico, aos 37.

Aos 38, de longe, pois também fora expulso do campo de jogo, Diego Aguirre mandou Rafael Moura substituir o lateral Geferson e, quatro minutos depois, foi premiado com o gol que garantiu o Inter nas semifinais. D’Alessandro, um dos destaques do jogo, bateu o escanteio, Rafael Moura cabeceou para as redes.

O outro grande destaque do Inter foi o zagueiro Juan, não só pelo gol que abriu o placar e o caminho para a classificação, mas também pela onipresença na defesa.

Foi a noite dos velhinhos do Inter.