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Daniel Alves: pé, corpo e cabeça no Barça

Messi e Daniel na Copa do Rei: bons amigos

Messi e Daniel na Copa do Rei: bons amigos

Menos de duas semanas depois de dizer que estava com “um pé, o corpo e a cabeça fora do Barcelona”, Daniel Alves acertou a permanência no clube por mais duas temporadas – com opção para uma terceira.

Entre a bronca do lateral brasileiro e o novo acordo, o Barcelona conquistou os títulos da Copa do Rei e da Liga dos Campeões da Europa.

Daniel Alves, que completou 32 anos há pouco mais de um mês, brilhou nas duas finais. E é o melhor amigo de Lionel Messi no Barça.

O ‘jornal global’ cai no bairrismo ao falar do Barça

Texto de El País, o jornalão espanhol editado em Madri, publicado também na edição digital brasileira, com especial destaque no bloco de chamadas sobre a decisão da Liga dos Campeões da Europa:

A estabilidade do Barcelona é precária mesmo depois de ganhar a Copa da Europa, a Liga e a Copa do Rei, e firmar o segundo triplete de sua história, depois do obtido em 2009. Há várias dúvidas abertas na instituição, no time e no banco do Camp Nou. A única certeza, em todo caso, é que a referência do Barça continuará sendo Messi.

Para ler o texto todo, clique aqui.

Na véspera de Barça 3 x 1 Juve, o jornalão espanhol já havia dado ao jogo um mal disfarçado tratamento de torcedor no texto Por que a Juventus não vai ser fácil para o Barcelona. Clique aqui para ler.

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É curioso constatar como o bairrismo, fenômeno arraigado na imprensa esportiva espanhola, também frequenta as páginas do mais importante e prestigiado jornal do país.

E isso porque  El País se proclama “o jornal global”.

Barça, o campeão que todos esperavam

Gol de Suárez 66Suárez faz 2 a 1 para o Barça aos 23 do segundo tempo e garante o título europeu

Não foi o Barcelona esfuziante dos últimos tempos e ficou até a impressão de que Messi não entrou inteiro no jogo, mas o caneco da Liga dos Campeões da Europa ficou com que mais o mereceu.

Juventus deu rápida e passageira demonstração de coragem no início do jogo, partindo para cima da defesa espanhola como se quisesse surpreender Messi e companhia, muito mais acostumados a determinar o andamento da bola do que a se trancar na defensiva.

Aos 4 minutos, porém, o volante Rakitic desfez as ilusões, mandando para as redes de Buffon a bola que lhe foi tocada por Iniesta, que recebera de Neymar e passara por Alba após o lançamento precioso e preciso de Messi.

Daí em diante, o Barça tratou de tocar a bola como nos tempos de Pep Guardiola, abdicando um pouco da contundência que lhe imprimiu Luis Enrique para aproveitar o talento e entrosamento de Messi, Neymar e Suárez.

No segundo tempo, quando a torcida do Barça já ensaiava um coro de ‘olé’, o espanhol Morata empatou o jogo aos 9 minutos e a Juve voltou a passar a sensação de que poderia reverter o placar.

De novo, era pura ilusão. Aos 23, aproveitando o rebote do goleiraço Buffon num chute forte de Messi, o uruguaio Suárez garantiu o título.

Os 2 a 1 eram pouco, talvez não pelo jogo deste sábado,  certamente por toda a obra do Barça ao longo da competição, e Neymar tratou de ampliar a vantagem dois minutos depois, mas a arbitragem anulou o gol invocando um toque de mão na bola que mais pareceu um toque da bola na mão do brasileiro.

Não adiantou. Já aos 51, Neymar decretou em 3 a 1 o placar da vitória e, assim, se tornou, em companhia de Messi e de Cristiano Ronaldo, um dos artilheiros desta Liga dos Campeões da Europa, cada um deles com 10 gols.

Será este o trio que veremos na festa da Bola de Ouro de 2015?

Mesmo que não vá à festa como um dos destaques da temporada, Neymar entrou definitivamente para a história, como o segundo jogador a conquistar os títulos da Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa fazendo gol nas finais e o primeiro na era moderna da competição europeia a marcar em todos os jogos das quartas, das semifinais e da final.

Veja mais algumas imagens marcantes da final em Berlim

Liga dos Campeões 2015

   O jovem Pogba consola o veterano Pirlo + Os brasileiros Daniel Alves e Adriano exageram na comemoração + Messi é marcado com a severidade de sempre + Neymar se ajoeha para chorar + Piqué saboreia a glória de campeão

Por que vamos todos ver Juve x Barça hoje à tarde

Liga dos Campeões bola 66

O Barcelona entrará em campo hoje, no Estádio Olímpico de Berlim, com seis jogadores que disputaram a final de 2011 da Liga dos Campeões da Europa: Daniel Alves, Piqué, Iniesta, Mascherano, Busquets e Messi.

Entre os reservas, estarão Xavi e Pedro, que também jogaram aquela final.  E Adriano, que não saiu do banco em 2011, lá estará novamente.

Os outros cinco titulares são o goleiro Ter Stegen, de 23 anos, tirado do Borussia Mönchengladbach no ano passado; o lateral Alba, 26 anos, formado nas divisões de base do próprio Barça e trazido de volta em 2012 após um período no Valencia; o volante  Rakitić, 27 anos,  contratado ao Sevilla em 2014; os atacantes Neymar, cuja história a gente bem conhece, e Suárez, 28 anos, contratado ao Liverpool também no ano passado.

Por mais que a gente repita, e em parte seja verdade, o Barcelona não é somente Messi. É um time no sentido verdadeiro da palavra, provavelmente o que melhor alia em todo o mundo da bola o espírito coletivo à criatividade individual de suas fulgurantes estrelas.

Com menos brilho individual, a Juventus é igualmente um time, de sólida conformação coletiva, montado pacientemente ao longo dos últimos anos.

Buffon, o número 1, veste a camisa da Juve desde 2001. O volante Marchisio, prata da casa, vestiu a camisa de titular pela primeira vez em 2006, antes de passar uma temporada emprestado ao Empoli para retornar em 2008. O zagueiro Bonucci estreou em 2010 e seu parceiro Barzagli, em 2011, quando também entraram no time o lateral Lichtsteiner, o volante Pirlo e o meia Vidal. O meia Pogba chegou em 2012, o atacante Tévez em 2013. E, em 2014, o time se completou com a contratação do lateral Evra e do atacante Morata.

Agora, pegue a escalação do seu time aqui no Brasil e confira há quanto tempo os 11 estão juntos.

Ou relembre como o Cruzeiro desfez no começo de 2015 o time que Marcelo Oliveira pacientemente montou em 2013 e 2014. Se você é corintiano, preste atenção no desmonte que está em curso no circuito Parque São Jorge-Itaquera.

Essa é uma das principais razões por que o futebol brasileiro está tão mal e, cada vez mais, os brasileiros se interessam pelo Barcelona, pela Juventus… pelo futebol jogado em campos europeus.

De permanente por aqui só a cartolagem – enquanto o FBI não entra em campo, claro.

Amanhã, a Copa de todos os mundos

Suárez, craque uruguaio do Barça, leva para Berlim a cuia de mate/Foto: Miguel Ruiz-FCB

Suárez, uruguaio do Barça, leva para Berlim a cuia de mate/Foto: Miguel Ruiz-FCB

Ao começar Juve x Barça em Berlim na noite deste sábado, a partir das 15:45 no Brasil, estarão nas tribunas estrelas e ‘autoridades’ do futebol de todos os continentes, menos aquelas que estão fugindo das polícias, mas é no gramado do Estádio Olímpico que se verá o verdadeiro mundo da bola.

Nada menos do que 11 países estão representados nos elencos dos dois finalistas da Liga dos Campeões da Europa.

A Juventus, com 22 jogadores inscritos na Liga dos Campeões, tem 12 italianos, três franceses (um deles nascido no Senegal), dois espanhóis, dois argentinos, um chileno, um suíço e um brasileiro.

O Barcelona, que inscreveu 26 jogadores na competição, tem 14 espanhois, quatro brasileiros, dois argentinos, um belga, um uruguaio, um croata, um alemão, um chileno e um francês.

Em campo, quando o árbitro turco Cüneyt Çakir mandar a bola rolar, cinco italianos, um suíço, um senegalês de nacionalidade francesa, um francês, um espanhol, um chileno e um argentino estarão vestindo a camisa da Juventus para enfrentar quatro espanhóis, dois argentinos, dois brasileiros, um uruguaio, um alemão e um croata nascido na Suíça vestidos com a camisa do Barcelona.

É a copa de todos os mundos.

Um goleiro quase eterno luta por título inédito

Buffon: mais uma final em Berlim

Buffon: de novo, em Berlim

Na última vez que Juventus e Barcelona se enfrentaram numa Liga dos Campeões da Europa, em 2003, o técnico Luis Enrique ainda era jogador. Foi o capitão do Barça na derrota em casa por 2 a 1 que deu à Juve a classificação para as semifinais.

E quem era o goleiro daquela Juventus? Gianluigi Buffon, que completou 37 anos em janeiro e jamais conquistou o título europeu de clubes.

É o título que falta ao multicampeão goleiraço italiano, que vai tentar conquistá-lo no sábado ao revisitar o Estádio Olímpico de Berlim em que se sagrou campeão mundial pela Azurra em 2006.

Acima de Messi, outro argentino: Di Stéfano

Se Messi fizer gol no Barcelona x Juventus do sábado, dia 6, entrará para a história como o primeiro jogador a deixar a marca de goleador em três finais da Liga dos Campeões da Europa.

Não é pouco, mas ainda ficará devendo a seu compatriota Di Stéfano, que marcou gols pelo Real Madrid nas finais de 1956, 1957, 1958, 1959 e 1960.

Eram outros tempos e, claro, outro o formato da Liga dos Campeões.

O bailarino que desmonta o tic-tac dos espanhóis

Neymar ensaia carretilha diante de Bustinza

Neymar ensaia carretilha diante de Bustinza, do Athletic Bilbao

Imagine Garrincha jogando em campos espanhóis, parando diante de laterais e zagueiros com a bola aos pés para fingir que ia sair em disparada, deixando-os correr atrás da alucinação enquanto ele, parado, os esperava de volta para, então, entortá-los com um drible desmoralizante e arrancar rumo ao gol ou à linha de fundo para o cruzamento perfeito que um companheiro finalizaria em gol.

– Não me parece nada elegante e nada esportivo – diria um Juan daqueles tempos.

– Se eu fosse jogador do time deles, teria reagido igual ou pior, mas no Brasil isso é normal – diria o treinador de sua equipe, desculpando pontapés e safanões disparados contra ele pelos adversários.

Sim, o drible, o chapéu, a carretilha, o gol de letra, a firula são normais no Brasil, berço da mais vitoriosa e invejada escola do futebol em todo o vasto mundo da bola, menos nesta Espanha que cultiva o tic-tac como se fosse a verdade única de um esporte que é o que é porque une, como nenhum outro, espírito coletivo e criatividade individual.

É verdade que o tiqui-taca, consagrado pelo Barcelona de Pep Guardiola e assumido em feição menos objetiva pela seleção de Vicente del Bosque, deu ao futebol espanhol os títulos europeus e mundiais de clubes de 2009 e 2011 e fez da Espanha a campeã do mundo em 2010.

Convém lembrar, porém: o Barça tinha e tem Messi, a seleção faturou o caneco na África do Sul com uma derrota e seis vitórias, quatro delas por 1 a 0, marcando apenas oito golzinhos em sete jogos, recorde negativo na história das Copas.

Nem todos curtem o estilo excessivamente baseado no toque de bola, mas pouco inventivo e avaro em gols. O alemão Franz Beckenbauer, um dos maiores craques do futebol em todos os tempos, campeão do mundo como jogador  em 1974 e como técnico em 1990, presidente de honra do Bayern, parece sintetizar a opinião dos críticos quando debochou da contratação de Guardiola pelo clube:

– Provavelmente, terminaremos jogando como o Barcelona e ninguém vai querer nos ver.

O Barcelona mudou muito, hoje é bem mais esfuziante, privilegia o espetáculo, goleia, goleia, goleia e brilha nos pés de Messi, Suárez e Neymar.

Os espanhóis não perdoam, porém, que o jovem craque brasileiro abuse do talento no confronto direto com seus marcadores. Até Luis Enrique, o treinador atual do Barça, reagiu criticamente à carretilha com que Neymar ensaiou um chapéu em Bustinza no final dos 3 a 1 de ontem sobre o Athletic Bilbao e apoiou a reação histérica dos adversários:

– Se eu fosse jogador do Athletic teria reagido igual ou pior ao que fez o Neymar, mas no Brasil isso é normal.

Ainda bem que o moleque de 23 anos não está nem aí para tanta ranzinzice:

– É o meu jeito de jogar. Não vou mudar o meu futebol porque alguém ficou estressado. Foi um drible como qualquer outro.

Sobre Neymar, estes espanhóis ranzinzas deveriam ler o brasileiro Sérgio Rodrigues, autor de O Drible, que escreveu certa vez:

– Neymar é a mais rara das aves na fauna do futebol: um bailarino-artilheiro, um malabarista que esbanja invenção sem jamais perder de vista que, se a arte é bem-vinda no futebol, só costuma virar obra-prima quando a rede balança.

Assim se conta a história da Copa do Rei

Messi Barça 305Foi bonita a festa no Camp Nou: Lionel Messi reinou soberanamente mais uma vez

Mais uma obra-prima de Messi, mais um gol de Neymar, mais um título do Barcelona, que acaba de bater o Athletic Bilbao no Camp Nou por 3 a 1 e conquistar o título da Copa do Rei.

Falta agora ao campeão espanhol o título da Liga dos Campões da Europa para fechar a temporada com a tríplice coroa.

Essa é uma conversa para o próximo sábado, 6 de junho, que envolve um adversário muito mais qualificado, que também quer chegar à tríplice coroa no encerramento da temporada europeia em Berlim, depois de conquistar os títulos do Campeonato Italiano e da Copa da Itália.

Em Barcelona, de onde pode ter se despedido o nosso Daniel Alves com direito a um penteado para sempre inesquecível, despediu-se mais uma vez o o inesquecível capitão Xavi, novamente homenageado pela torcida como um dos seus maiores craques em todos os tempos.

Foi bonita a festa que também consagrou o nosso Neymar como um dos artilheiros da Copa dos Reis e caprichoso encrenqueiro com a bola nos pés, cultor de firulas como o misto de carretilha e chapéu que procurava encurtar o caminho para o gol, mas apenas tirou do sério o lateral Bustinza e por pouco não transformou o espetáculo em batalha campal.

Durante muitas décadas, faltou talento ao futebol espanhol. Hoje lhe falta senso de humor. A criatividade alheia é tratada por alguns jogadores como ofensa pessoal. Os muito toscos que nos perdoem, mas a firula é fundamental – desde que tenha como objetivo a definição da jogada, claro.

O Barça ganhou neste sábado o menos importante dos três títulos que cobiça desde o começo da temporada, mas ninguém vai esquecer este jogo por muito tempo – e, acima de tudo, pelo primeiro dos dois gols assinados por Lionel Messi, aquele em que ele driblou meio mundo, no campo e nas arquibancadas, antes mandar a bola com jeito e com força no cantinho do goleiro Herrerín.

Assim se conta a história da Copa do Rei Lionel Messi 1º.  E único.

Aquele La Coruña é apenas um pôster na parede

Djalminha: quando o Deportivo era campeão

Djalminha: quando o Deportivo era campeão

Parece que, dos titulares, o Barça vai escalar apenas os fominhas Messi e Neymar no jogo de logo mais contra o Deportivo La Coruña pela última rodada do Campeonato Espanhol.

Afinal, tudo é festa em Barcelona.

Campeão espanhol desde a penúltima rodada, o time de Luis Enrique está se guardando para a decisão do título europeu no dia 6 de junho, embora ainda tenha pela frente um jogo apronto de luxo, no próximo sábado, contra o Athletic Bilbao, valendo o caneco da Copa do Rei.

O Deportivo La Coruña, no entanto, jogará no Camp Nou para escapar ao rebaixamento. E precisa da vitória para não ficar na dependência de outros resultados. Bem que Luís Enrique poderia ser mais camarada e escalar os outros nove, mas poupar Messi e Neymar.

O jogo tem certo encanto para os brasileiros, não apenas aqueles que acompanham o Barça de hoje, mas também os que torceram pelo Deportivo La Coruña nas temporadas em que lá brilharam Mauro Silva, Bebeto, Rivaldo e, campeões espanhóis em 2000, o zagueiro Donato e o cracaço Djalminha.

Hoje, aqueles bons times são apenas pôsteres na parede de uns poucos saudosistas.

Atualização

Messi não perdoa: fez dois e chegou aos 43 gols em 38 jogos do Campeonato Espanhol.

Na despedida do capitão Xavi Hernández, diante de 93.743 torcedores no Camp Nou, Barcelona 2 x 2 Deportivo La Coruña.

Ufa! O Deportivo escapou da degola e continua na elite em 2016.