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Inter decepciona em Bogotá

Qualquer que tenha sido o preço cobrado pelo ingresso, foi caro.

Durante uma hora, rolou em El Campín um joguinho sem graça, burocrático, de muito toquinho e pouca efetividade, nada de inspiração, zero de criatividade.

Na última meia hora, os colombianos forçaram um pouquinho o ritmo e criaram algumas chances um tanto atabalhoadas de gol, todas em continuidade a cobranças de falta ou escanteio.

Em contra-ataques, o Inter teve duas boas oportunidades, mas uma caiu nos pés de Lisandro López e a outra, um toque por cobertura de Nilmar, foi salva pelo goleiro Andres Castellanos.

Resultado: 1 a 0 para o Santa Fe, gol de Mosquera já nos descontos, aproveitando de cabeça o escanteio cobrado por Omar Pérez.

Castigo, não de todo imerecido, para o Internacional, que precisa voltar ao exercício do futebol daqui a uma semana, se quiser garantir no Beira-Rio a vaga nas semifinais da Libertadores.

Os colorados devem torcer para que Diego Aguirre volte a escalar o time com 11 jogadores, pois em Bogotá o Inter escalou dez e Lisandro López.

Ou seja: jogou com dez.

Aliás, não jogou.

Inter vai às alturas em busca de um golzinho

D'Alessandro treiina em El Campín - Foto: Alexandre Lops/Internacional

D’Alessandro treiina em El Campín – Foto: Alexandre Lops/Internacional

Desde que um gol do visitante passou a valer mais do que o do anfitrião, decidir em casa a vaga num mata-mata é uma vantagem muito relativa.

Quando o anfitrião do primeiro jogo entra em campo com uma vantagem objetiva, como são os 2.640 metros de altitude em Bogotá, as coisas ficam ainda mais complicadas para o time que mandará o jogo da volta.

É com estes problemas na cabeça que o Inter de D’Alessandro porá os pés em El Campín às 22 horas (de Brasília) desta quarta-feira para enfrentar o Santa Fe de Omar Pérez no primeiro confronto por uma vaga nas semifinais da Libertadores.

Evitar que os colombianos marquem em casa dará ao Inter uma boa vantagem aqui, mas melhor ainda será marcar um golzinho lá, mesmo que eles também façam o seu. É a lógica do regulamento: perder por 2 a 1 é melhor do que por 1 a 0.

O ideal para os colorados  é fazer um jogo de contra-ataque, aproveitando as brechas que o Santa Fé costuma deixar na defesa quando se manda à frente, mas terão os colorados fôlego suficiente nas alturas de El Campín para o troco em velocidade?

A altitude é sempre um problema para as equipes brasileiras. Não se esqueça, porém, que o Atlético Mineiro venceu o Santa Fe em Bogotá na primeira fase desta Libertadores.

O Inter pode perfeitamente repetir a façanha, até porque o adversário teve um compromisso difícil e frustrante no domingo, quando foi eliminado pelo Millonarios do Campeonato Colombiano.

O que o Inter não pode é perder a consciência de que um empate em Bogotá será o suficiente para tornar concreta a relativa vantagem de decidir a vaga no Beira-Rio. Com um golzinho, então…

O protagonista e o assistente

Robinho e Geuvânio 175Robinho dá a palavra a Geuvânio, após Santos 1 x 0 Cruzeiro: “Hoje, o protagonista é ele”

Ele também já foi menino da Vila e não é ainda um velhinho, mas um trintão que se dá muito bem com a meninada e sabe que é dela que a bola gosta mais. Não é à toa que, nos últimos tempos, Robinho trocou o drible pelo passe, a arrancada pelo lançamento.

Virou garçom o moleque que, em outras eras, se servia tão bem da assistência que lhe davam os mais velhos. Pois hoje, na Vila, a assistência foi dele para que o garoto Geuvânio, 23 anos, marcasse o golaço da vitória santista por 1 a 0 sobre o bicampeão Cruzeiro.

Muito se pode falar sobre o jogo, em que o Santos foi sempre superior, mas o que realmente interessa é o golaço do garoto, muito parecido com aquele que o veterano  D’Alessandro marcou no Internacional 3 x 1 Atlético Mineiro da quarta-feira pela Libertadores.

O colorado trabalhou mais a jogada antes da finalização venenosa. Ao receber a bola de Robinho, no finalzinho do primeiro tempo, o santista simplificou a jogada, pois pressa combina com juventude, e, ao chutar a gol, abusou do veneno com tal convicção que nem se deu ao trabalho de acompanhar com os olhos a trajetória da bola.

Ele sabia onde ela ia pousar. Também sabia o experiente Fábio, que nem se deu ao trabalhode se mover em direção à bola. Simplesmente ficou olhando o caminho por ela percorrido até cair docemente em suas redes.

Alguém tinha de ver, do começo ao fim, o golaço de Geuvânio.

Foi o que definiu o jogo, tanto que, no final, Robinho encurtou as entrevistas para dar a palavra ao garoto:

– Hoje o protagonista é ele.

Inter mata o Galo no Beira-Rio

No Beira-Rio, o visitante Atlético costurou, costurou, costurou, o anfitrião Internacional pintou e bordou.

Dois golaços, ainda no primeiro tempo, definiram o jogo e a vaga nas quartas de final da Libertadores para o Inter. Merecidamente.

Não que o Galo tenha desistido ou mesmo desacreditado na possibilidade de reagir aos gols de Valdívia e D’Alessandro. Aos 13 minutos do segundo tempo, Lucas Pratto, sempre ele, diminuiu para 2 a 1.

E o Atlético Mineiro continuou tentando, tentando até que, aos 34, Lisandro López fechou a conta em 3 a 1.

Foi a noite dos gringos no Beira-Rio. Apesar do nome, Valdívia é exceção.

Nada mais justo do que o Internacional do uruguaio Diego Aguirre continuar representando o futebol brasileiro na Libertadores.

Difícil serão os próximos dias do Atlético Mineiro. Além da tristeza pela derrota, a torcida do Galo ainda vai ter de suportar a alegria dos cruzeirenses, também eles classificados para a próxima fase da Libertadores.

Inter, favorito, solta rojões antes da hora

Muito provavelmente o Atlético Mineiro terá Guilherme, garantia de criatividade no meio de campo, mas corre risco de encarar o Internacional no Beira-Rio sem o lateral Marcos Rocha, um dos destaques do time de Levir Culpi.

Diego Aguirre não contará com Nilmar, mas defenderá em casa a vantagem nada desprezível de ter empatado por 2 a 2 o jogo da semana passada em Minas.

O peso do gol na casa do adversário permite ao Inter jogar por um novo empate, às 22 horas, para se garantir nas quartas de final da Libertadores – desde que por 0 a 0 ou 1 a 1.

Nem por isso o time deve se aquietar. “Não acho que nossa vantagem seja tão grande”, diz o técnico uruguaio, dando a entender que pode repetir em casa o padrão ofensivo que por muito pouco não deu a vitória ao Inter no Independência.

Não apenas por ter a vantagem e por jogar em casa, mas principalmente por vir se mostrado nos últimos dias o mais ajustado entre os melhores times brasileiros, o Inter é o favorito neste confronto que definirá o adversário do colombiano Santa Fe na próxima fase da Libertadores.

Bem que a porção mais mal educada de sua torcida poderia ter guardado para comemorar a classificação os rojões que foi soltar durante a madrugada diante do hotel em que está hospedada a delegação do Atlético Mineiro.

Nenhum campeão estadual vence no Brasileirão

A rodada de abertura do foi frustante para os seis campeões estaduais que disputam o Brasileirão:

  • O Vasco, campeão carioca, não saiu do 0 a 0 com o Goiás, campeão goiano.
  • O Santos, campeão paulista, empatou por 1 a 1 com o Avaí.
  • O Internacional, campeão gaúcho, perdeu por 3 a 0 para o Atlético Paranaense.
  • O Atlético, campeão mineiro, empatou por 2 a 2 com o Palmeiras.
  • O Joinville, campeão catarinense ainda não homologado no tapetão, perdeu por 1 a 0 para o Fluminense.

Milton Cruz não poderia querer mais

Pato faz gol tricolorPato é destaque na vitória tricolor: iniciou a jogada do primeiro gol e marcou o segundo

Foi uma primeira rodada de alegrias no Brasileirão para a dupla paulista que brigará no meio de semana por duas vagas nas quartas de final da Libertadores.

No Morumbi, com poucos titulares, o São Paulo derrotou o Flamengo por 2 a 1 e, assim, redobrou o ânimo para o confronto com o Cruzeiro pelas oitavas de final da competição continental, quarta-feira, no Mineirão. Além de ter vencido o primeiro jogo, em casa, a equipe de Milton Cruz desembarcará em Belo Horizonte com a alma leve depois da boa estreia no Campeonato Brasileiro.

E se deve mesmo falar em São Paulo de Milton Cruz, que assumiu o comando técnico há sete jogos e chegou à sexta vitória neste domingo, mostrando a sabedoria de guardar os titulares Ganso e Pato para o segundo tempo. A dupla teve papel importante nos 2 a 1, principalmente Pato, que iniciou a jogada do primeiro gol e marcou o segundo.

Em Cuiabá, terreno neutro com mais corintianos do que cruzeirenses na torcida, o time de Tite mostrou que não desaprendeu o caminho das vitórias e bateu o bicampeão brasileiro por 1 a 0, um enorme alento para a difícil tarefa de reverter na quarta-feira a desvantagem de dois gols diante do Guaraní no jogo que vale a sobrevida na Libertadores.

É verdade que o Cruzeiro, como o Corinthians, escalou o time quase todo reserva, guardando os titulares para o tira-teima com o São Paulo, mas os maus resultados sucessivos no Campeonato Mineiro, na Libertadores e nesta primeira rodada do Brasileirão certamente vão aumentar a pressão sobre os jogadores.

A rodada inicial do Campeonato Brasileiro também não foi boa para o Internacional. Diego Aguirre levou um time inteiramente reserva a Curitiba e acabou derrotado pelo Atlético Paranaense por 3 a 0, mas o resultado não deve influir no rendimento dos titulares que na quarta-feira, em casa, precisarão apenas de um empate por 0 a 0 ou 1 a 1 com o Atlético Mineiro para chegar às quartas de final da Libertadores.

Brasileirão começa cheio de reservas

O Atlético Mineiro deu-se bem com seus reservas na estreia: empatou por 2 a 2 com o Palmeiras no Allianz Parque – e estava vencendo até o quinto minuto dos acréscimos.

Em dose menor, Corinthians e Cruzeiro, que se enfrentam em Cuiabá, e mais o São Paulo, que recebe o Flamengo no Morumbi, e o Internacional, que vai a Curitiba pegar o Atlético Paranaense, vão repetir a receita nos jogos das 16 horas deste domingo, dia 10, poupando muitos de seus titulares.

Estão todos preocupados com os jogos decisivos das oitavas de final da Libertadores no meio de semana.

O Campeonato Brasileiro fica para depois. Por enquanto, vai sendo levado com a devida reserva.

É uma pena. São todos candidatos ao título, mas os pontos eventualmente perdidos nas primeiras rodadas podem fazer falta na reta final.

O calendário que abre 19 datas para os campeonatos estaduais espreme os grandes nas competições mais importantes, como o Brasileirão e a Libertadores.

Brasileirão: uma festa muito exclusiva

De todas as 40 equipes que disputaram o Campeonato Brasileiro de 2003, quando foram adotados os pontos corridos, até 2014, apenas seis estiveram em todas as edições: São Paulo, Cruzeiro, Internacional, Santos, Fluminense e Flamengo.

Das seis, somente o Internacional não foi campeão nenhuma vez.  Em compensação, tanto o São Paulo, time de melhor aproveitamento, quanto o Cruzeiro conquistaram três vezes o título nessas 14 edições do Brasileirão.

Dos campeões, o Corinthians, que ganhou o título em 2005 e em 2011, é o único que já caiu para a Segundona – em 2008.

A edição de 2015, que está começando hoje, tem um estreante na era dos pontos corridos: o Joinville.

O levantamento é do pesquisador Júlio César Cardoso, economista catarinense que tem o bom gosto de torcer pelo Vasco e toca competentemente o site Futdados. Para ler todas as informações sobre a campanha dos 40 times, clique aqui.

Benebol.com recomenda um bom guia do Brasileirão

O GloboEsporte.com está publicando um guia muito interessante do Campeonato Brasileiro, com um ranking que avalia as chances das 20 equipes na competição, levando em conta seis fatores, cada um com um peso determinado pelos editores: elenco, finanças, foco, retrospecto, momento e casa.

Abre a lista de candidatos ao título o quarteto: Internacional, Palmeiras, Corinthians e Cruzeiro. E a lista se fecha com os candidatos ao rebaixamento: Goiás, Sport, Atlético Paranaense e Avaí.

Para conhecer as chances de cada um e a situação do seu time, clique aqui e desembarque no guia do GloboEsporte.com. Vale a pena fazer a viagem até lá.