Quem poderia imaginar que, a esta altura do Brasileirão, o time da Chapecoense seria considerado por gente séria, como o matemático Tristão Garcia em seu blog Infobola, um dos nove candidatos ao título?
Pois é, as chances matemáticas são mínimas, 1% apenas, mas o nono lugar na principal competição do País ao final da 16ª rodada, à frente de equipes como o Internacional, o Flamengo, o Cruzeiro, o Santos e o Vasco, já é muito mais do que sonhava a Chapecoense ao estrear em 2015 com a ambição de também se garantir na Primeira Divisão em 2016.
Em Chapecó, a menos populosa de todas as 12 cidades representadas no Brasileirão, com cerca de 200 mil habitantes, o time do treinador Vinícius Eutrópio dificilmente é batido: nos oito jogos disputados até agora, venceu seis, perdeu apenas para o São Paulo e empatou com o Sport. O aproveitamento é de 79%.
Fora de casa, a Chapecoense ainda se assusta com a força do adversário. Perdeu seis vezes, venceu somente o Cruzeiro em Belo Horizonte e, neste final de semana, empatou com o Internacional em Porto Alegre.
Se melhorar minimamente o rendimento como visitante, a Chapecoense não chegará a ameaçar o Atlético Mineiro, que hoje tem 41% de chances de ficar com o caneco segundo os cálculos de Tristão Garcia, nem o Corinthians, com 31%, mas pode chegar aos 3% de São Paulo e Sport, um feito e tanto para um time que sonhava apenas em continuar no Brasileirão.
E se a Chapecoense for campeã? O Benebol mudará a redação para Marte, se conseguir, claro, uma vaga no projeto Mars One, que já tem 202.586 candidatos a embarcar na primeira expedição ao planeta.
As chances são pequenas, mas nunca se sabe…