
Alario: gol muda o jogo e abre o caminho do título
Muita força, pouca inteligência e uma única pitada de criatividade, já aos 44 minutos, definem o primeiro tempo de River Plate 3 x 0 Tigres.
Cinco cartões amarelos já tinham sido distribuídos pelo uruguaio Dario Ubriaco na tentativa de coibir os golpes de luta livre quando se viu o primeiro lance de futebol: um drible espetacular do lateral Vangioni no mexicano Jürgen Damm e o cruzamento preciso para Alario fazer 1 a 0.
O jogo continuou muito pegado no segundo tempo, com direito a mais quatro cartões amarelos, mas pelo menos se viu um pouco de futebol, pois o Tigres teve de atacar e deu espaço ao River, que fez 2 a 0 aos 29 minutos num pênalti sofrido e cobrado por Sánchez.
Estava decidido que ainda não seria desta vez que o título de campeão da Libertadores sairia da América do Sul.
Depois de fazer na fase de grupos a pior campanha de todos os 16 classificados para as oitavas de final, o River passou bem pelas fases de mata-mata e, mesmo sem brilhar na decisão, mereceu o título.
Tanto mereceu que, quatro minutos após os 2 a 0, o zagueiro Funes Mori ainda marcou, de cabeça, o terceiro gol para enlouquecer de vez o Monumental de Nuñez.
Antes de viajar para a Argentina, o brasileiro Ricardo Ferretti, técnico de Tigres, havia minimizado as dificuldades de visitante: “Os estádios não jogam”.
Engano: o Monumental jogou. A festa da torcida na noite desta quarta-feira em Buenos Aires foi mais bonita do que o jogo.
E assim o futebol sul-americano será representado no Mundial de Clubes por seu legítimo campeão e não pelo vice, o que aconteceria se o River desembarcasse em dezembro no Japão tendo perdido para o mexicano Tigres o título da Libertadores.