Arquivo diário: 30 de agosto de 2015

Rubinho promete trabalho

De Rubens Barrichello, ontem, após ficar em 14º no grid de largada da etapa de Cascavel da Stock Car:

– Hoje, o máximo que pudemos fazer não foi suficiente para conseguirmos uma boa posição de largada. Vamos trabalhar muito duro para amanhã estarmos competitivos durante as duas corridas.

De Rubens Barrichello, neste domingo, após ficar em 23º lugar na primeira corrida e em e em décimo na segunda:

– Foi uma pena o problema no pneu, pois brigaríamos pelo pódio e seriam pontos importantes pensando no campeonato, mas vamos ter duas semanas para trabalharmos e voltarmos fortes em Campo Grande.

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Ronaldinho ouve as primeiras vaias da torcida tricolor

Ronaldinho Gaúcho ficou em campo até os 22 minutos do segundo tempo, quando foi substituído por Magno Alves, sem nada ter produzido de útil.

Saiu vaiado por boa parte da torcida do Fluminense.

Depois da derrota para o Atlético, já fora do G-4, o técnico Enderson Moreira tentou uma explicação:

– É o preço que se paga pelo período de inatividade. Estamos buscando o caminho, não é fácil. O futebol atual é muito competitivo.

Parece até que o Fluminense não sabia, ao contratá-lo, que Ronaldinho tinha jogado apenas cinco partidas completas pelo Querétaro desde o começo do ano e estava parado havia dois meses antes de treinar uma semana para estrear no dia 1º de agosto contra o Grêmio.

Santos decola, Cruzeiro afunda

E finalmente o Santos venceu pela primeira vez fora de casa neste Brasileirão.

No Mineirão, Cruzeiro 0 x 1 Santos, gol de Ricardo Oliveira, claro. Foi o 12º gol do artilheiro do campeonato.

Sem Gabriel, o Gabigol, e sem Geuvânio, o Santos não apresentou o rendimento das últimas rodadas, mas o pouco que fez bastou para encostar o Cruzeiro no Z-4, separado do Goiás apenas pelo número de vitórias.

O Goiás se manteve na zona de rebaixamento ao perder para o Atlético Paranaense por 3 a 0.

O Atlético Paranaense subiu para o sexto lugar, com 33 pontos, a um (e nove gols!) do G-4. O Santos foi para o nono lugar, com 30, a ponto a mais do que o Flamengo.

Corinthians e Atlético isolam-se na linha de frente

Rildo e Jadson festejam 3 a 1 sobre a Chapecoense

Rildo e Jadson: 3 a 1 sobre a Chapecoense mantém folga do Corinthians

É de novo em preto e branco que se desenha a briga pelo título brasileiro de 2015: visitantes ilustres e destemidos, o líder Corinthians venceu a Chapecoense por 3 a 1 e o vice-líder Atlético Mineiro venceu o Fluminense por 2 a 1.

O Grêmio, que tinha empatado  de manhã com o Coritiba por 0 a 0, fica um pouco mais distante da briga pelo caneco, com 38 pontos, quatro atrás do Atlético, quatro à frente do Palmeiras, que em casa derrotou o Joinville por 3 a 2, com dois gols do garoto Gabriel Jesus, e tomou a vaga do Fluminense no G-4.

No topo, também quatro pontos à frente do Atlético, o Corinthians, com 46. Desde que foi derrotado na oitava rodada pelo Santos, em 20 de junho, o time comandado por Tite não sabe o que é perder no Brasileirão.

Já são 13 jogos de invencibilidade – com três empates e dez vitórias, a de hoje, em Chapecó, com gols de Elias, Vágner Love e Jadson, cobrando pênalti em Rildo já aos 44 minutos do segundo tempo.

Jádson é o artilheiro do time no Brasileirão, com nove gols, apenas dois a menos do que o santista Ricardo Oliveira, que ainda vai jogar daqui a pouco, contra o Cruzeiro, no encerramento desta 21ª rodada.

A rodada, decepcionante para o Fluminense e desastrosa para o Vasco, fez a alegria de outro carioca: o Flamengo  venceu o Sport no Recife por 1 a 0, gol de Everton logo aos 4 minutos de jogo, e subiu para o nono lugar, a cinco pontos do G-4, embora ainda possa ser ultrapassado pelo Santos.

 Foi a primeira derrota em casa do Sport, que atuou com dez jogadores desde os 23 minutos do primeiro tempo, quando o lateral Samuel Xavier foi expulso após uma entrada violenta em Alan Patrick.

Agora, o único invicto em casa é o Grêmio, que vai passar a semana lamentando o empate com o Coritiba na matinê em sua Arena.

Manhã de frustrações gaúchas: Grêmio empata, Inter perde

Era tudo que não interessava ao Grêmio a esta altura do Brasileirão: em casa, diante de 43.549 pagantes, um 0 a 0 com o Coritiba.

É o segundo empate consecutivo depois de três vitórias que colocaram o time de Roger Machado na briga pelo título.

Agora com 38 pontos, o Grêmio tem de torcer para o Atlético Mineiro não sair dos 39 no jogo do Maracanã com o Fluminense, que assim chegaria aos 36, e para a Chapecoense derrotar o Corinthians na Arena Condá.

No primeiro turno, o Grêmio havia perdido em Curitiba por 2 a 0. Os cinco pontos perdidos para o Coritiba são a exata diferença que, antes dos jogos das 16 horas, separam o Grêmio do líder Corinthians.

O Grêmio tem mais problemas pela frente. Marcelo Grohe, convocado para os amistosos da Seleção nos EUA; Luan, chamado para a seleção olímpica que jogará na França; Erazo, convocado pelo Equador; Maicon, contundido;  Douglas, punido com o terceiro cartão amarelo no jogo de hoje, não enfrentarão o Figueirense, quinta-feira, em Florianópolis.

A manhã do domingo foi de frustrações para as equipes gaúchas: na Ressacada, o Avaí enfiou 3 a 0 no Internacional, e saiu da zona de rebaixamento, pelo menos até a noite deste domingo. O sonho colorado de chegar ao G-4, que já não era fácil, ficou bem mais complicado.

Gabriel Jesus contra o complexo de vira-latas

Gabriel Jesus: revelação do Palmeiras

Gabriel Jesus, 18 anos: revelação do Palmeiras enfrenta hoje o Joinville

Dizem por aí que o futebol brasileiro acabou. Não revela mais ninguém. É Neymar e nada mais.

Os palmeirenses não concordam e invocam o santo nome de Gabriel Jesus.

Poderiam invocar igualmente o tricolor Nelson Rodrigues, que escreveu em 1958, pensando na desacreditada Seleção Brasileira que ganharia a Copa do Mundo:

A pura, a santa verdade é a seguinte: qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de invenção. Em suma:  temos dons em excesso. E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as nossas qualidades. Quero aludir ao que eu poderia chamar de “complexo de vira-latas”. Estou a imaginar o espanto do leitor: “O que vem a ser isso?”

Eu explico. 

Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os maiores” é uma cínica inverdade.

Os acometidos pelo mal diagnosticado há mais de meio século pelo profeta Nelson Rodrigues não precisam de tratamento. Podem se curar com uma visita ao Allianz Parque às 16 horas deste domingo ou até mesmo em casa, diante de um aparelho de tevê, com os olhos postados no futebol sinuoso, tanto quanto incisivo, do garoto de 18 anos com nome de anjo e divindade.

Há muito tempo, a torcida do Palmeiras pede Gabriel Jesus no time. Em vão. No máximo, o implacável goleador das divisões de base ganhava uns poucos minutos em campo no final de alguns jogos já decididos. A história mudou com a chegada de Marcelo Oliveira, como revela Cosme Rímoli em seu blog  no R7.com:

Os empresários do garoto, Fabio Caran e Cristiano Simões, não se conformavam em ver Maikon Leite, Rafael Marques, Cristaldo e Leandro Pereira no ataque. Quando Alecsandro e Lucas Barrios foram contratados, chegaram à conclusão de que era melhor negociá-lo. Mas um homem evitou o desperdício.

 Marcelo Oliveira chamou Gabriel Jesus para uma longa conversa. O técnico trabalhou por anos na base do Atlético Mineiro. E sabe valorizar jovens talentos. Apesar de não estar no DNA do Palmeiras apostar nos seus garotos, o treinador deixou claro que, com ele, iria jogar. Desde que continuasse treinando tão bem, com tanta dedicação. Pouco importaria o dinheiro gasto por Paulo Nobre para buscar outros atacantes rodados.

E tudo indica que Gabriel Jesus entrou no time titular para não mais sair. Depois de estraçalhar o Cruzeiro nos 3 a 2 que garantiram o Palmeiras nas quartas de final da Copa do Brasil, com dois gols e uma assistência, enfrenta hoje o Joinville no jogo que pode até valer vaga no G-4 do Brasileirão.

Com certeza, vale a pena conferir.

Se você acredita que o futebol brasileiro continuará revelando craques por muitas e muitas temporadas, vai curtir. Se você acha que o futebol brasileiro já era, talvez comece a se curar do complexo de vira-latas.

Pato fica ou vai?

Depois dos 3 a 0 sobre a Ponte que realocaram, ainda que provisoriamente, o São Paulo no G-4 do Brasileirão, Pato falou superficialmente da possibiidade de ir para o Tottenham ou até mesmo para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita:

– A tendência é ficar, mas não sei o que vai acontecer. Meu desejo é ficar, mas não depende só de mim.