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O momento é de Ricardo Oliveira. E o futuro?

Ricardo Oliveira @249@                                     Ricardo Oliveira: artilheiro do Brasil volta à Seleção

Aos 35 anos, completados no dia 6 de maio, o santista Ricardo Oliveira está de volta à Seleção, chamado há pouco por Dunga para substituir Roberto Firmino, que tria se contundido nos poucos minutos que jogou no Liverpool 1 x 1 Norwich City da sexta rodada do Campeonato Inglês.

Se futebol é momento, como pregam tantos, Ricardo Oliveira é o homem certo para o Brasil que vai estrear nas Eliminatórias contra o Chile em Santiago e, em seguida, pegará a Venezuela em Fortaleza.

Artilheiro disparado do Campeonato Brasileiro, com 17 gols, em ótima forma física e técnica, nada deslumbrado, Ricardo Oliveira certamente contribuirá agora com a Seleção que já defendeu sob o comando de Carlos Alberto Parreira na Copa América de 2004 e na Copa das Confederações de 2005, tendo ficado de fora da Copa do Mundo de 2006 por ter se lesionado pouco antes da convocação.

Com a camisa do Santos, ele foi o artilheiro da Libertadores de 2003, do Paulistão deste ano e quase certamente será do Brasileirão, pois tem seis gols a mais do que o vice-artilheiro Jádson. Deve fechar a temporada repetindo o feito único de um jogador santista na história do futebol, um certo Pelé, artilheiro das três competições – em doses bem mais elevadas (11 vezes do Paulistão, quatro do Campeonato Brasileiro, então disputado como Taça Brasil, e uma da Libertadores).

Pelé é de outro mundo, a gente sabe. No mundo dos meramente mortais, Ricardo Oliveira está com a bola toda.

Só não pode ser encarregado da cobrança de pênaltis, fardo que ontem finalmente transferiu ao garoto Gabigol na vitória do Santos por 1 a 0 sobre o Figueirense pela Copa do Brasil.

Se pensarmos que o Brasil tem de se classificar para a Copa da Rússia e simultaneamente montar um time minimamente capaz de brigar pelo sexto título mundial, o goleador Ricardo Oliveira talvez já tenha passado do ponto. Afinal, terá 38 anos em 2018.

Chilenos se preocupam com time que vai enfrentar o Brasil

Sampaoli: primeiras convocações para o jogo contra o Brasil

Sampaoli: primeiras convocações para o jogo contra o Brasil

O temeroso respeito com que a nossa mídia vem tratando a seleção chilena, campeã da Copa América e primeira adversária do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, não é suficiente para tranquilizar os coleguinhas de lá.

Em seguida à convocação de 16 dos 23 jogadores escolhidos por Jorge Sampaoli para os jogos contra o Brasil, no dia 5 de outubro em Santiago, e o Peru, dia 13 em Lima, pipocaram na mídia chilena as primeiras preocupações, detalhadas na edição de hoje do jornal La Tercera:

♦ O goleiro Claudio Bravo, capitão da seleção, está voltando aos treinamentos no Barcelona depois da lesão muscular que sofreu no começo do mês.

♦ O lateral Mauricio Islas, contratado em agosto, participou até agora de apenas dois jogos do Olympique de Marselha.

♦ O meia/atacante Alexis Sánchez começou muito tarde a preparação para a temporada  e ainda não marcou nenhum golzinho pelo Arsenal em seis rodadas do Campeonato Inglês e uma da Liga dos Campeões da Europa.

♦ O volante Arturo Vidal, mais cara contratação do futebol alemão na temporada, vem sofrendo com as críticas frequentes de torcedores e antigos ídolos do Bayern.

♦O meia Jorge Valdivia foi parar no Al-Wahda, dos Emirados Árabes, e até agora jogou  90 minutos, um exagero para os padrões valdivianos.

Em meio a tantas preocupações, os chilenos lamentam também a ausência de Charles Aránguiz, o volante do Bayer Leverskusen  que ainda se recupera de uma cirurgia no tendão de Aquiles.

Em compensação, comemoram a boa fase do zagueiro Gary Medel, destaque da Internazionale, que lidera o Campeonato Italiano com 100% de aproveitamento e sofreu apenas um gol em cinco rodadas.

Pequenas alegrias à parte, lá e cá, a mídia vive de preocupações.

Como sonhar com o hexa sem Rafinha?

O sonho do hexa, que já não estava na cogitação da torcida brasileira para os próximos tempos, ficou mais distante: Rafinha pediu dispensa da Seleção e não vai mais disputar as Eliminatórias.

Rafinha?

Não é o meia Rafael Alcântara do Nascimento, do Barcelona, mas o lateral Marcio Rafael Ferreira de Souza Cunha, paranaense de 30 anos ironicamente completados no dia 7 de setembro, jogador do Bayern de Munique

Rafinha acha que vai jogar na seleção alemã.

Futebol também se joga fora de campo. E como!!!

Notícias desta quinta-feira, 17 de setembro:

♦ Depois que jornais importantes de todo o mundo, incluindo o Estadão, informaram que Jérome Valcke está sendo investigado por participação num esquema de venda de ingressos da Copa do Mundo de 2014 que lhe teria rendido 2 millhões de euros, a Fifa divulgou um comunicado oficial anunciando “que seu Secretário Geral foi liberado de suas funções imediatamente até segundo aviso”.

♦ A Justiça suíça aprovou a extradição para os Estados Unidos do uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol e vice-presidente da Fifa.

♦ Marcos Polo Del Nero, presidente da CBF, fez questão de se sentar ao lado do técnico Dunga durante o anúncio dos 23 jogadores convocados para os jogos contra o Chile e a Venezuela pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, mas se recusou a informar se viajará com a Seleção a Santiago: “Em momento oportuno, falarei sobre esse assunto. Neste instante, não vamos falar disso.”

Ainda bem que Dunga não é mais aquele

Dunga 179@@O gaúcho Carlos Caetano Bledorn Verri foi um volante com recursos técnicos que muita gente não reconhece e é uma pessoa mais bem humorada no dia a dia do que muita gente acha. Nunca teve, porém, jogo de cintura – nem no campo nem na vida. Talvez por isso muitos confundam com dureza o que é apenas falta de malemolência.

De Dunga, como é conhecido o atual treinador da Seleção, não se esperem grandes surpresas, principalmente na escolha dos jogadores para uma competição oficial.

Era assim, mas parece que Dunga não é mais aquele. Que bom! Um certo jogo de cintura não faz mal a ninguém.

Dunga chamou Renato Augusto para a Seleção que vai enfrentar o Chile e a Venezuela nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Fez muito bem, pois o meia do Corinthians é um dos principais destaques do futebol brasileiro jogado em qualquer parte do vasto no mundo da bola.

O surpreendente, segundo o molde Dunga de ser e trabalhar, é que Renato Augusto tenha sido convocado diretamente para dois jogos oficiais de uma competição decisiva para o futuro do nosso futebol. Isso é coisa que Dunga não fazia. Tinha método em sua insistência: primeiro, o teste; mais tarde, a efetivação.

Com Renato Augusto e/ou Lucas Lima na Seleção, podemos acreditar que aquele meio de campo sem jogo de cintura e sem inspiração que nos levou ao fracasso na Copa do Mundo e na Copa América é coisa do tempo em que Dunga ainda era aquele e até lembrava um pouco o Felipão.

Agora que Dunga não é mais aquele, esperamos um time mais inspirado e criativo no mês que vem, contra o Chile no dia 5 e contra a Venezuela no dia 13.

Os 23 de Dunga

Goleiros

Jefferson – Botafogo

Marcelo Grohe – Grêmio

Alisson – Internacional

Zagueiros

David Luiz – Paris Saint Germain

Miranda – Inter de Milão

Marquinhos – Paris Saint Germain

Gil – Corinthians

Laterais

Fabinho – Monaco

Rafinha – Bayern de Munique

Filipe Luis – Atlético de Madrid

Marcelo – Real Madrid

Volantes e Meias

Luiz Gustavo – Wolfsburg

Fernandinho – Manchester City

Elias – Corinthians

Renato Augusto – Corinthians

Lucas Lima – Santos

Oscar – Chelsea

Willian – Chelsea

Philippe Coutinho – Liverpool

Atacantes 

Firmino – Liverpool

Hulk – Zenit

Lucas – Paris Saint Germain

Douglas Costa – Bayern de Munique

Dunga convoca Brasil de cara velha

Pode ser que ele mude alguns nomes desta lista para os amistosos com Costa Rica e Estados Unidos quando convocar o time para os jogos contra o Chile e a Venezuela pelas Eliminatórias, mas é evidente que Dunga está esboçando o time com que pretende garantir a vaga na Copa do Mundo de 2018.

Uma ótima novidade na lista divulgada há pouco na CBF é o santista Lucas Lima, meia com virtudes que faltam a outros jogadores testados até agora por Dunga.

Outro bom sinal é a convocação do zagueiro Gabriel Paulista, do Arsenal, que ainda vai fazer 25 anos e rejuvenesce uma lista que inclui trintões em demasia quando se pensa na próxima Copa e não apenas na caminhada até a Rússia: o goleiro Jeferson, o zagueiro Miranda, os laterais Daniel Alves e Luís Felipe, os volantes Fernandinho e Elias, e o meia Kaká.

E ainda se pode lembrar que, em 2018, já terão 30 ou mais anos o goleiro Marcelo Grohe, o zagueiro David Luiz, os volantes Luiz Gustavo e Ramires, o meia Willian e o atacante Hulk.

Reuniões de Sampaioli intrigam dirigentes chilenos

Sampaoli: multa de US$ 12 milhões se deixar o Chile

Sampaoli: rescisão vale US$ 12 milhões

Os dirigentes da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile estão intrigados com as reuniões de Jorge Sampaoli com o mexicano Guillermo Cantu, no fim de semana, e com o brasileiro Vittorio Piffero, ontem, mas apostam que o treinador não aceitará as propostas para comandar a seleção mexicana ou o Internacional.

Entre outras razões, o contrato do técnico da seleção chilena vai até 2018 e prevê uma multa de US$ 12 milhões em caso de rescisão.

O que intriga os dirigentes chilenos é a insistência de Sampaoli em semear dúvidas sobre sua permanência à frente da seleção a tão pouco tempo do início das Eliminatórias da Copa de 2018.

Putin & Blatter: diálogo de cavalheiros

Blatter & Putin 317x                                  Vladimir Putin e Joseph Blatter: elogio com elogio se paga

Depois de receber Joseph Blatter no sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 em São Petersburgo no final da semana passada, Vladimir Putin defendeu uma ideia surpreendente nestes tempos em que a Fifa é cercada de denúncias por todos os lados:

– Acredito que pessoas como o senhor Blatter, que lideram grandes federações esportivas internacionais, merecem atenção e gratidão especiais por parte das organizações públicas. Se alguém merece o Prêmio Nobel, são estas pessoas.

Nesta sexta-feira, 31 de julho, a gentil proposta do presidente russo recebeu cavalheiresca retribuição na coluna que Blatter assina em The FIFA Weekly (leia na edição em espanhol  ou em inglês, sempre na página 23):

– Quando se vê a coerência, a produtividade e a eficácia com que trabalha o Comitê Organizador russo a três anos do início da Copa do Mundo, não há risco de erro; na Rússia só se aceita o melhor.

Dureza à vista nas Eliminatórias

Não ficou nada confortável para a Seleção Brasileira o calendário das Eliminatórias nos últimos meses de 2015: estreia contra o Chile lá, respiro diante da Venezuela aqui, dureza contra a Argentina lá, recompensa diante do Peru aqui.

Terminado o sorteio em São Petersburgo, Dunga parecia mais conformado do que animado:

– As Eliminatórias nunca foram fáceis.

Nem tão difíceis.

E vai começar o grande espetáculo

A grande festa de lançamento da Copa do Mundo de 2018 acontecerá neste sábado, 25 de julho, em São Petersburgo, mas a bola já está rolando desde março na Ásia e em parte das Américas para peneirar um pouco as dezenas de seleções que entraram no baile sabendo que sairiam do salão antes que a orquestra começasse a tocar.

No total, 206 seleções disputam o título mundial de 2018. Mal comparando: a ONU tem 193 Países-membros.

Disputam é modo de dizer, pois só 31 chegarão à Rússia para brigar de verdade, entre 14 de junho e 15 de julho, pela Copa do Mundo.

A 32ª vaga está reservada à anfitriã, claro.

Hoje, serão sorteados os grupos e a ordem dos jogos das Eliminatórias que realmente valem nos seis continentes governados pela Fifa.

Cada confederação continental tem direito a um determinado número de vagas na fase final. Na Rússia, estarão 14 seleções da Europa, cinco da África, quatro ou cinco da Conmebol, quatro ou cinco da Ásia, três ou quatro da Concacaf e uma ou nenhuma da Oceania.

Até que se definam as seleções da fase final, aquela que é universalmente tratada como a Copa do Mundo, terão sido disputadas 851 partidas eliminatórias durante dois anos e oito meses.

Se acontecer mais uma vez o que vem acontecendo desde a Copa de 1990, sete seleções se juntarão à Rússia em junho de 2018: Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos e Itália.

Em tempos de tanta descrença em nosso futebol, é o que muita gente quer.