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A Seleção precisa mostrar mais na Copa América

Brasil 2 x 0 México 76Brasil 2 x 0 México, no Allianz Parque: gols de Philippe Coutinho e Diego Tardelli

Deu pro gasto, mas o garoto Fred ficou devendo. Com Neymar, seria até covardia bater neste México fraquinho, fraquinho.

Foi uma oportunidade para Dunga conferir como se comporta o seu time sem o craque do Barça.

Viu-se no gramado bem ruinzinho do Allianz Parque um time um tanto burocrático, quase acomodado, até os 27 minutos, quando Philippe Coutinho abusou da categoria para fazer 1 a 0.

Nove minutos depois, na conclusão de uma bela jogada iniciada por Willian e burilada por Elias, Diego Tardelli fez 2 a 0.

O segundo tempo foi mais difícil de suportar, tal a lerdeza dos dois times em campo. Nada mais natural do que os 2 a 0 do primeiro fossem tenham sido o placar do jogo.

Não chegou a ser um teste para a Seleção que vai disputar a Copa América, mas foi um razoável treino diante de 34.659 pagantes, confirmação do que falou Dunga na véspera desta primeira apresentação no Brasil após o vexame nos dois últimos jogos da Copa do Mundo de 2014:

– O que aconteceu na Copa do Mundo ficará marcado para sempre. Não tem como mudar. Mas lembro que o Brasil ficou 24 anos sem ser campeão mundial,  e nem por isso a amor pela Seleção Brasileira diminuiu. O torcedor brasileiro jamais vai abandonar a Seleção.

Dunga tem razão, mas a Seleção também não pode abandonar o torcedor. Precisa mostrar mais.

Fred, surpresa de Dunga, quer surpreender a torcida

Fred: na vaga de Neymar

Fred: na vaga de Neymar

O meia Fred, de 22 anos, é a grande novidade da Seleção que enfrentará o México no primeiro amistoso de preparação para a Copa América.

Mineiro de Belo Horizonte, o canhoto Frederico Rodrigues Santos começou nas divisões de base do Atlético como lateral, mas aos 16 anos já estava no Internacional, tendo estreado entre os titulares, com 19, no Gauchão de 2012.

O garoto Fred passou pelas seleções brasileiras de base e joga desde 2013 no Shakhtar Donetsk. Foi convocado pela primeira vez para a Seleção no fim do ano passado na vaga aberta pela contusão do volante Rômulo  e vai para a Copa América na vaga do volante Luiz Gustavo, também cortado por lesão.

Neste domingo, no Allianz Parque, entra no time na vaga de Neymar, que só amanhã se apresentará à Seleção. Já sabe, portanto, que o jogo contra o México é experiência passageira, pois a Seleção atual tem escalação mais do que conhecida: Neymar e mais dez.

Fred é uma aposta de Dunga para a seleção olímpica que vai tentar a inédita conquista do ouro na Rio-16. É um jogador que alia força e habilidade e chuta bem, principalmente de canhota.

Hoje, no meio de campo, à frente de Fernandinho e Elias e ao lado de Willian, deve dar mais liberdade a Philippe Coutinho para que ele trabalhe no ataque com Diego Tardelli.

Não deixa de ser uma surpresa sua escalação entre os titulares, mas, quem sabe, Fred nos surpreenda logo mais contra os mexicanos.

Um sábado inesquecível

Foi um sábado que deixará pelo menos dois registros importantes na história do esporte brasileiro, relativos ambos a eventos em campo e quadro da Europa:

  • Ao conquistar no Estádio Olímpico de Berlim o título de campeão europeu pelo Barcelona, Neymar não apenas realizou um sonho de criança, mas também consolidou a imagem de supercraque, capaz de se superar a cada temporada, batendo sucessivamente recordes pessoais. Aos 23 anos, com os títulos da Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa, artilheiro das duas competições, tendo feito gol nas finais de ambas, é o primeiro jogador a também marcar em todos os jogos das quartas, das semifinais e da final na era moderna da competição europeia.
  • Ao vencer, em parceria com o croata Ivan Dodig, os norte-americanos Bob e Mike Bryan por dois sets a 1 (parciais de 6/7, 7/6 e 7/5), Marcelo Melo se transformou no primeiro tenista brasileiro a conquistar o título de duplas do Torneio de Roland Garros, a quadra predileta do nosso Guga em seus bons tempos. Foi a primeira vez que Marcelo Melo, de 31 anos, ganhou um Grand Slam em sua longa carreira.

Também em campos do Brasil, o 6 de junho não foi um sábado qualquer:

  • No Morumbi, Rogério Ceni saudou a estreia do treinador Juan Carlos Osorio com mais um gol, ajudando o São Paulo a vencer o Grêmio por 2 a 0, e já é o décimo artilheiro da história tricolor, com 129 gols no total.
  • Em Santa Catarina, o Corinthians voltou a sentir o gosto da vitória, batendo o Joinville por 1 a 0, e a se aproximar do pelotão de frente no Brasileirão.
  • No Estádio Independência, finalmente o Cruzeiro quebrou um tabu de 11 jogos sem vencer seu grande rival e bateu o Atlético por 3 a 1. Parece ter se afastado definitivamente da zona de rebaixamento.
  • No Maracanã, o Flamengo conseguiu a primeira vitória neste Brasileirão: 1 a 0 na Chapecoense.
  • Na Vila Belmiro, o Santos mostrou mais uma vez que não é fácil a vida sem Robinho e empatou por 2 a 2 com a Ponte Preta, que continua no G4.
  • Na Arena da Baixada, nada de novo: o Vasco perdeu como sempre, agora por 2 a 0, e o Atlético Paranaense continua firme na liderança do Brasileirão, com 15 pontos, dois a mais do que o São Paulo, que pode perder o segundo ugar neste domingo se o Sport vencer o Fluminense no Rio.

Como já cantou o poetinha Vinicius de Moraes, com a sabedoria de bom botafoguense, “há um renovar-se de esperanças porque hoje é sábado”. Menos para os vascaínos, registre-se.

Barça, o campeão que todos esperavam

Gol de Suárez 66Suárez faz 2 a 1 para o Barça aos 23 do segundo tempo e garante o título europeu

Não foi o Barcelona esfuziante dos últimos tempos e ficou até a impressão de que Messi não entrou inteiro no jogo, mas o caneco da Liga dos Campeões da Europa ficou com que mais o mereceu.

Juventus deu rápida e passageira demonstração de coragem no início do jogo, partindo para cima da defesa espanhola como se quisesse surpreender Messi e companhia, muito mais acostumados a determinar o andamento da bola do que a se trancar na defensiva.

Aos 4 minutos, porém, o volante Rakitic desfez as ilusões, mandando para as redes de Buffon a bola que lhe foi tocada por Iniesta, que recebera de Neymar e passara por Alba após o lançamento precioso e preciso de Messi.

Daí em diante, o Barça tratou de tocar a bola como nos tempos de Pep Guardiola, abdicando um pouco da contundência que lhe imprimiu Luis Enrique para aproveitar o talento e entrosamento de Messi, Neymar e Suárez.

No segundo tempo, quando a torcida do Barça já ensaiava um coro de ‘olé’, o espanhol Morata empatou o jogo aos 9 minutos e a Juve voltou a passar a sensação de que poderia reverter o placar.

De novo, era pura ilusão. Aos 23, aproveitando o rebote do goleiraço Buffon num chute forte de Messi, o uruguaio Suárez garantiu o título.

Os 2 a 1 eram pouco, talvez não pelo jogo deste sábado,  certamente por toda a obra do Barça ao longo da competição, e Neymar tratou de ampliar a vantagem dois minutos depois, mas a arbitragem anulou o gol invocando um toque de mão na bola que mais pareceu um toque da bola na mão do brasileiro.

Não adiantou. Já aos 51, Neymar decretou em 3 a 1 o placar da vitória e, assim, se tornou, em companhia de Messi e de Cristiano Ronaldo, um dos artilheiros desta Liga dos Campeões da Europa, cada um deles com 10 gols.

Será este o trio que veremos na festa da Bola de Ouro de 2015?

Mesmo que não vá à festa como um dos destaques da temporada, Neymar entrou definitivamente para a história, como o segundo jogador a conquistar os títulos da Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa fazendo gol nas finais e o primeiro na era moderna da competição europeia a marcar em todos os jogos das quartas, das semifinais e da final.

Veja mais algumas imagens marcantes da final em Berlim

Liga dos Campeões 2015

   O jovem Pogba consola o veterano Pirlo + Os brasileiros Daniel Alves e Adriano exageram na comemoração + Messi é marcado com a severidade de sempre + Neymar se ajoeha para chorar + Piqué saboreia a glória de campeão

De: Rubinho Para: Neymar Assunto: Ameaça

Com a autoridade de reserva do reserva do goleiro Buffon, o brasileiro Rubinho manda um recado a Neymar sobre “as consequências que um drible como a carretilha poderia gerar” no Juventus x Barcelona que decidirá a Liga dos Campeões da Europa:

– Eu acho que ele receberia uma advertência. Um aviso, ele iria certamente receber. O Neymar é livre para fazer o que ele quiser, tudo é lícito, mas depois não pode falar nada se sofrer uma falta, porque o futebol assim. Acho normal que um zagueiro ache ruim.

A ameaça, não muito velada, foi registrada pela repórter Claudia Garcia, no Globoesporte.com.

Da família Moedim, tenho mais admiração por Zé Elias, que batia, mas não ameaçava, e sabia jogar bola.

O bailarino que desmonta o tic-tac dos espanhóis

Neymar ensaia carretilha diante de Bustinza

Neymar ensaia carretilha diante de Bustinza, do Athletic Bilbao

Imagine Garrincha jogando em campos espanhóis, parando diante de laterais e zagueiros com a bola aos pés para fingir que ia sair em disparada, deixando-os correr atrás da alucinação enquanto ele, parado, os esperava de volta para, então, entortá-los com um drible desmoralizante e arrancar rumo ao gol ou à linha de fundo para o cruzamento perfeito que um companheiro finalizaria em gol.

– Não me parece nada elegante e nada esportivo – diria um Juan daqueles tempos.

– Se eu fosse jogador do time deles, teria reagido igual ou pior, mas no Brasil isso é normal – diria o treinador de sua equipe, desculpando pontapés e safanões disparados contra ele pelos adversários.

Sim, o drible, o chapéu, a carretilha, o gol de letra, a firula são normais no Brasil, berço da mais vitoriosa e invejada escola do futebol em todo o vasto mundo da bola, menos nesta Espanha que cultiva o tic-tac como se fosse a verdade única de um esporte que é o que é porque une, como nenhum outro, espírito coletivo e criatividade individual.

É verdade que o tiqui-taca, consagrado pelo Barcelona de Pep Guardiola e assumido em feição menos objetiva pela seleção de Vicente del Bosque, deu ao futebol espanhol os títulos europeus e mundiais de clubes de 2009 e 2011 e fez da Espanha a campeã do mundo em 2010.

Convém lembrar, porém: o Barça tinha e tem Messi, a seleção faturou o caneco na África do Sul com uma derrota e seis vitórias, quatro delas por 1 a 0, marcando apenas oito golzinhos em sete jogos, recorde negativo na história das Copas.

Nem todos curtem o estilo excessivamente baseado no toque de bola, mas pouco inventivo e avaro em gols. O alemão Franz Beckenbauer, um dos maiores craques do futebol em todos os tempos, campeão do mundo como jogador  em 1974 e como técnico em 1990, presidente de honra do Bayern, parece sintetizar a opinião dos críticos quando debochou da contratação de Guardiola pelo clube:

– Provavelmente, terminaremos jogando como o Barcelona e ninguém vai querer nos ver.

O Barcelona mudou muito, hoje é bem mais esfuziante, privilegia o espetáculo, goleia, goleia, goleia e brilha nos pés de Messi, Suárez e Neymar.

Os espanhóis não perdoam, porém, que o jovem craque brasileiro abuse do talento no confronto direto com seus marcadores. Até Luis Enrique, o treinador atual do Barça, reagiu criticamente à carretilha com que Neymar ensaiou um chapéu em Bustinza no final dos 3 a 1 de ontem sobre o Athletic Bilbao e apoiou a reação histérica dos adversários:

– Se eu fosse jogador do Athletic teria reagido igual ou pior ao que fez o Neymar, mas no Brasil isso é normal.

Ainda bem que o moleque de 23 anos não está nem aí para tanta ranzinzice:

– É o meu jeito de jogar. Não vou mudar o meu futebol porque alguém ficou estressado. Foi um drible como qualquer outro.

Sobre Neymar, estes espanhóis ranzinzas deveriam ler o brasileiro Sérgio Rodrigues, autor de O Drible, que escreveu certa vez:

– Neymar é a mais rara das aves na fauna do futebol: um bailarino-artilheiro, um malabarista que esbanja invenção sem jamais perder de vista que, se a arte é bem-vinda no futebol, só costuma virar obra-prima quando a rede balança.

Assim se conta a história da Copa do Rei

Messi Barça 305Foi bonita a festa no Camp Nou: Lionel Messi reinou soberanamente mais uma vez

Mais uma obra-prima de Messi, mais um gol de Neymar, mais um título do Barcelona, que acaba de bater o Athletic Bilbao no Camp Nou por 3 a 1 e conquistar o título da Copa do Rei.

Falta agora ao campeão espanhol o título da Liga dos Campões da Europa para fechar a temporada com a tríplice coroa.

Essa é uma conversa para o próximo sábado, 6 de junho, que envolve um adversário muito mais qualificado, que também quer chegar à tríplice coroa no encerramento da temporada europeia em Berlim, depois de conquistar os títulos do Campeonato Italiano e da Copa da Itália.

Em Barcelona, de onde pode ter se despedido o nosso Daniel Alves com direito a um penteado para sempre inesquecível, despediu-se mais uma vez o o inesquecível capitão Xavi, novamente homenageado pela torcida como um dos seus maiores craques em todos os tempos.

Foi bonita a festa que também consagrou o nosso Neymar como um dos artilheiros da Copa dos Reis e caprichoso encrenqueiro com a bola nos pés, cultor de firulas como o misto de carretilha e chapéu que procurava encurtar o caminho para o gol, mas apenas tirou do sério o lateral Bustinza e por pouco não transformou o espetáculo em batalha campal.

Durante muitas décadas, faltou talento ao futebol espanhol. Hoje lhe falta senso de humor. A criatividade alheia é tratada por alguns jogadores como ofensa pessoal. Os muito toscos que nos perdoem, mas a firula é fundamental – desde que tenha como objetivo a definição da jogada, claro.

O Barça ganhou neste sábado o menos importante dos três títulos que cobiça desde o começo da temporada, mas ninguém vai esquecer este jogo por muito tempo – e, acima de tudo, pelo primeiro dos dois gols assinados por Lionel Messi, aquele em que ele driblou meio mundo, no campo e nas arquibancadas, antes mandar a bola com jeito e com força no cantinho do goleiro Herrerín.

Assim se conta a história da Copa do Rei Lionel Messi 1º.  E único.

Aquele La Coruña é apenas um pôster na parede

Djalminha: quando o Deportivo era campeão

Djalminha: quando o Deportivo era campeão

Parece que, dos titulares, o Barça vai escalar apenas os fominhas Messi e Neymar no jogo de logo mais contra o Deportivo La Coruña pela última rodada do Campeonato Espanhol.

Afinal, tudo é festa em Barcelona.

Campeão espanhol desde a penúltima rodada, o time de Luis Enrique está se guardando para a decisão do título europeu no dia 6 de junho, embora ainda tenha pela frente um jogo apronto de luxo, no próximo sábado, contra o Athletic Bilbao, valendo o caneco da Copa do Rei.

O Deportivo La Coruña, no entanto, jogará no Camp Nou para escapar ao rebaixamento. E precisa da vitória para não ficar na dependência de outros resultados. Bem que Luís Enrique poderia ser mais camarada e escalar os outros nove, mas poupar Messi e Neymar.

O jogo tem certo encanto para os brasileiros, não apenas aqueles que acompanham o Barça de hoje, mas também os que torceram pelo Deportivo La Coruña nas temporadas em que lá brilharam Mauro Silva, Bebeto, Rivaldo e, campeões espanhóis em 2000, o zagueiro Donato e o cracaço Djalminha.

Hoje, aqueles bons times são apenas pôsteres na parede de uns poucos saudosistas.

Atualização

Messi não perdoa: fez dois e chegou aos 43 gols em 38 jogos do Campeonato Espanhol.

Na despedida do capitão Xavi Hernández, diante de 93.743 torcedores no Camp Nou, Barcelona 2 x 2 Deportivo La Coruña.

Ufa! O Deportivo escapou da degola e continua na elite em 2016.

Seleção de Dunga coleciona títulos na Europa

A Seleção convocada por Dunga para disputar a Copa América desembarcará no Chile com três campeões franceses: o PSG de David Luiz, Thiago Silva e Marquinhos venceu há pouco o Montpellier por 2 a 1 e, com uma rodada de antecedência, conquistou o terceiro título nacional consecutivo.

O trio francês terá a companhia em campos chilenos de Filipe Luís e Willian, campeões ingleses pelo Chelsea, e pode ganhar amanhã o reforço do capitão Neymar, que será campeão espanhol se o Barcelona bater o Atlético em Madri.

Seleção da Uefa tem Marcelo e Neymar

Neymar, novamente, e Marcelo estão na seleção da semana publicada pelo site da Uefa  com a pretensão, bem contestável, de indicar os melhores dos dois jogos que definiram Barcelona e Juventus como finalistas da Liga dos Campeões da Europa.

Sem Messi e sem Suárez, a seleção dos ‘especialistas’ da Uefa: Gianluigi Buffon (Juventus), Patrice Evra (Juventus), Leonardo Bonucci (Juventus), Giorgio Chiellini (Juventus), Marcelo (Real Madrid), Thiago Alcántara (Bayern), Paul Pogba (Juventus), Bastian Schweinsteiger (Bayern), Álvaro Morata (Juventus), Robert Lewandowski (Bayern) e Neymar (FC Barcelona).