Não é fácil a vida de técnico no país do futebol.
Chega, arruma o time, ganha os canecos em jogo, perde as estrelas que fez brilhar e tem de rearrumar o desarrumado como se fosse simples continuar tocando a bola em frente sem um Éverton Ribeiro, um Ricardo Goulart, um Lucas Silva, um Dedé, ainda que provisoriamente, e companhia menos ilustre.
E o tempo para remontar a equipe com os substitutos dos que foram embora carregando consigo canecos e faixas de campeão?
É só aproveitar o intervalo entre um jogo e outro do Campeonato Mineiro, da Libertadores, do Campeonato Brasileiro e, daqui a pouco, da Copa do Brasil.
É pouco?
É o que têm Marcelo Oliveira e seus companheiros de profissão empregados nos grandes clubes do Brasil.
Que o Cruzeiro não é mais aquele já dissemos neste blog há quase dois meses, como você pode verificar clicando aqui.
Nem por isso o Cruzeiro em formação desmerece a atenção da torcida e, menos ainda, a dos adversários.
É um time que pode perfeitamente descontar hoje a derrota para o São Paulo por 1 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final e assim garantir, no Mineirão, a classificação para as quartas da Libertadores.
Se continuar na Libertadores, Marcelo Oliveira continuará no emprego. Se dançar no Mineirão, vai balançar na Toca da Raposa.
Não é justo, mas é a realidade do futebol brasileiro.
O são-paulino Milton Cruz, que recebe (recebe?) salário de interino e vem tendo aproveitamento superior ao de 99,9% dos efetivos, vive experiência parecida.
Vencendo, continuará no comando técnico do time. Perdendo no jogo das 19h30 a vaga nas quartas de final da Libertadores, muito provavelmente ganhará um novo chefe na continuação do Campeonato Brasileiro.
Não é fácil a vida de técnico no país do futebol.
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