Arquivo diário: 13 de maio de 2015

Cruzeiro espera adversário argentino: ou Boca ou River

Foi grande o sofrimento no Mineirão, torcedor cruzeirense?

Prepare-se para mais: amanhã, Boca e River definem na Bambonera o adversário do Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores.

Qualquer que seja o adversário argentino, a ida das quartas para as semifinais será uma parada duríssima para este Cruzeiro aguerrido, veloz, mas ainda pouco criativo e nada contundente.

Hoje pelas oitavas, Cruzeiro e São Paulo fizeram um jogo pegado, de muita correria e poucas chances de gol, todas criadas pelo Cruzeiro.

O São Paulo foi a Belo Horizonte para empatar. Depois de levar o gol, marcado por Leandro Damião aos 9 minutos do segundo tempo, cuidou de não perder a chance de levar a decisão da vaga para os pênaltis.

E levou. Em vão. Deu Cruzeiro, após seis cobranças de cada time, por 6 a 4.

Depois dos dois 1 a 0 em 180 minutos de bola corrida, o tricolor Paulo Henrique Ganso já tinha o discurso ensaiado para se conformar com a desclassificação nos pênaltis:

– Faz parte do futebol…

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Juve de Buffon fará final européia com Barça de Messi

Buffon 135Buffon, depois de brilhar contra o Real: “Não vamos fazer turismo em Berlim”

De certa maneira, o italiano Carlo Ancelotti chegou ao Santiago Bernabeu seguro de que o seu Real Madrid estaria em Berlim no dia 6 de junho, tanto que tinha declarado na entrevista coletiva que a Uefa organizou antes do jogo decisivo pelas semifinais da Liga dos Campeões da Europa:

– Estamos tão perto de disputar a segunda final consecutiva e de fazer história na competição!

E as coisas começaram bem para o Real, que procurava jogo enquanto a Juventus apenas negaceava, tentando desde muito cedo que o tempo passasse rapidamente como se os 2 a 1 de Turim fossem suficientes para leva-la à final.

Aos 23 minutos, cobrando um pênalti marcado com extremo rigor pelo sueco Jonas Eriksson, Cristiano Ronaldo fez 1 a 0.

A Juve tentou entrar no jogo, foi algumas vezes ao ataque, mas não fez mal nenhum a Casillas e, embora em ritmo menos intenso, o Real foi obrigando o eterno Gianluigi Buffon às boas defesas que o acabaram transformando no grande nome da Juve.

Por uma dessas maldades em que o futebol é pródigo, o garoto Morata, criado das divisões de base do Real, decretou a classificação da Juve ao marcar o gol de empate aos 11 minutos do segundo tempo.

Aproveitando uma jornada muito discreta de Tévez e a falta de ritmo de Pogba, o Real retomou o domínio da partida, insistiu no ataque, tentou o gol por todos os caminhos e de todas as formas, mas parou sempre em Buffon.

A italianíssima Juventus de Massimiliano Allegri tem um encontrado marcado com o Barcelona de Luis Henrique – e, sobretudo, de Messi, Neymar e Suárez – no dia 6 de junho.

Buffon já tratou de avisar:

– Não vamos fazer turismo em Berlim.

É disso que o corintiano gosta

Apreensão corintiana 135Torcida corintiana promete lotar Itaquerão:  sofrimento é motor das grandes conquistas

É bem complicada a missão que cabe à rapaziada comandada por Tite no jogo das 22 horas desta quarta-feira, 13 de maio, no Itaquerão: vencer por três gols de diferença o organizado e aguerrido, embora tecnicamente medíocre time do Guaraní e, assim, continuar sonhando com o título da Libertadores.

Mais difícil fica a tarefa de Guerrero e companhia quando se olha a escalação e não se encontra o nome de Márcio Passos de Albuquerque, bem mais conhecido como Emerson Sheik ou simplesmente Emerson ou Sheik, cidadão que dá bom andamento à bola pelo lado esquerdo do ataque corintiano, mas, a menos de quatro meses de fazer 37 anos, nem sempre mostra juízo dentro de campo.

Esqueça-se, no entanto, o jogador eficiente e insano e lembre-se outra espécie de insanidade que move a massa corintiana, tão acostumada ao sofrimento como motor das grandes conquistas que, ontem, deu no Itaquerão mais uma mostra de que não acredita em missão impossível. Assim parece a tarefa desta noite aos milhares que ontem foram ver o treino e hoje estarão jogando com o time: difícil, sim; dificílima, talvez; impossível, jamais.

Quem sobreviver terá visto.

Tamanha demonstração de fé já ganhou as bênçãos dos céus, que ontem se fecharam por quase 12 horas ao voo do avião fretado pelo Guaraní para decolar de Assunção a tempo de permitir que o time treinasse às 18h30 em Itaquera.

O avião decolou tarde da noite e aterrissou em São Paulo já na madrugada, às 3h30. Os paraguaios esqueceram o treino, claro, e foram dormir.

Esperam os fiéis corintianos que não estejam acordados no jogo de logo mais.

Inter, favorito, solta rojões antes da hora

Muito provavelmente o Atlético Mineiro terá Guilherme, garantia de criatividade no meio de campo, mas corre risco de encarar o Internacional no Beira-Rio sem o lateral Marcos Rocha, um dos destaques do time de Levir Culpi.

Diego Aguirre não contará com Nilmar, mas defenderá em casa a vantagem nada desprezível de ter empatado por 2 a 2 o jogo da semana passada em Minas.

O peso do gol na casa do adversário permite ao Inter jogar por um novo empate, às 22 horas, para se garantir nas quartas de final da Libertadores – desde que por 0 a 0 ou 1 a 1.

Nem por isso o time deve se aquietar. “Não acho que nossa vantagem seja tão grande”, diz o técnico uruguaio, dando a entender que pode repetir em casa o padrão ofensivo que por muito pouco não deu a vitória ao Inter no Independência.

Não apenas por ter a vantagem e por jogar em casa, mas principalmente por vir se mostrado nos últimos dias o mais ajustado entre os melhores times brasileiros, o Inter é o favorito neste confronto que definirá o adversário do colombiano Santa Fe na próxima fase da Libertadores.

Bem que a porção mais mal educada de sua torcida poderia ter guardado para comemorar a classificação os rojões que foi soltar durante a madrugada diante do hotel em que está hospedada a delegação do Atlético Mineiro.

Cruzeiro x São Paulo: entre a dança e o balanço

Marcelo x MiltonNão é fácil a vida de técnico no país do futebol.

Chega, arruma o time, ganha os canecos em jogo, perde as estrelas que fez brilhar e tem de rearrumar o desarrumado como se fosse simples continuar tocando a bola em frente sem um Éverton Ribeiro, um Ricardo Goulart, um Lucas Silva, um Dedé, ainda que provisoriamente, e companhia menos ilustre.

E o tempo para remontar a equipe com os substitutos dos que foram embora carregando consigo canecos e faixas de campeão?

É só aproveitar o intervalo entre um jogo e outro do Campeonato Mineiro, da Libertadores, do Campeonato Brasileiro e, daqui a pouco, da Copa do Brasil.

É pouco?

É o que têm Marcelo Oliveira e seus companheiros de profissão empregados nos grandes clubes do Brasil.

Que o Cruzeiro não é mais aquele já dissemos neste blog há quase dois meses, como você pode verificar clicando aqui.

Nem por isso o Cruzeiro em formação desmerece a atenção da torcida e, menos ainda, a dos adversários.

É um time que pode perfeitamente descontar hoje a derrota para o São Paulo por 1 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final e assim garantir, no Mineirão, a classificação para as quartas da Libertadores.

Se continuar na Libertadores, Marcelo Oliveira continuará no emprego. Se dançar no Mineirão, vai balançar na Toca da Raposa.

Não é justo, mas é a realidade do futebol brasileiro.

O são-paulino Milton Cruz, que recebe (recebe?) salário de interino e vem tendo aproveitamento superior ao de 99,9% dos efetivos, vive experiência parecida.

Vencendo, continuará no comando técnico do time. Perdendo no jogo das 19h30 a vaga nas quartas de final da Libertadores, muito provavelmente ganhará um novo chefe na continuação do Campeonato Brasileiro.

Não é fácil a vida de técnico no país do futebol.