Arquivo diário: 21 de maio de 2015

Segundo a Globo, o Cruzeiro só interessa aos mineiros

Duas vezes campeão da Libertadores, em 1976 e em 1997, quatro vezes campeão da Copa do Brasil, três vezes campeão brasileiro neste milênio, o Cruzeiro faz hoje um  jogo cheio de atrativos contra o River Plate em Buenos Aires, valendo vaga nas semifinais da mais importante competição de clubes das Américas, mas a Globo vai mostra-lo somente em Minas Gerais.

Parece que o atual campeão brasileiro é um time paroquial. O resto do Brasil não quer ver seu campeão em campo?

Ironicamente, nos bastidores, executivos importantes da Rede Globo agem incessantemente em defesa dos torneios eliminatórios, como se o mata-mata fosse a salvação do futebol brasileiro e não uma muleta para salvar no Ibope os pontinhos que andam perdendo em audiência.

Eles querem acabar com os pontos corridos até no Brasileirão, mas não estão nem aí para um jogo tão importante das fases de mata-mata da Libertadores!

É verdade que a Globo se transformou na maior fonte de receita dos grandes clubes brasileiros, mas o futebol pode faturar muito mais se profissionalizar a negociação dos direitos de transmissão de suas competições.

É hora de abrir o leque e formatar exigências.

Não se fala tanto, hoje em dia, em aprender com o futebol europeu? Eis uma boa matéria para as primeiras lições…

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Cruzeiro joga em busca da solidez perdida

Leandro Damião: "Não podemos ficar recuados"

Leandro Damião: “Não podemos nos afobar”

Ao remontar o Cruzeiro em 2015, o técnico Marcelo Oliveira não foi ajudado pela sorte: depois de perder meio time para o mercado, ficou também sem Dedé, no estaleiro desde o fim do ano passado. O zagueiro poderia finalmente se firmar diante de sua desconfiada torcida e dar equilíbrio à defesa que ainda não foi vazada em casa nos jogos da Libertadores, mas nem sempre tem correspondido fora.

E é da defesa que o bicampeão brasileiro mais precisará no jogo desta noite, contra o River Plate. Se não levar gol em Buenos Aires, o Cruzeiro mandará em vantagem o jogo de volta, no Mineirão, daqui a uma semana. É verdade que a dupla Bruno Rodrigo e Manoel tem se saído bem melhor do que Léo e Paulo André, mas ainda não passa a devida confiança ao resto do time.

Em compensação, o goleiro Fábio está pegando tudo. Não se pode, porém, deixar apenas em suas mãos a responsabilidade por um bom resultado neste primeiro jogo entre argentinos e brasileiros na briga por uma das quatro vagas nas semifinais da Libertadores.

Como prega e exige o próprio Marcelo, a tarefa de defender é de todos. O Cruzeiro tem de voltar a se locomover mais agrupado em campo.

É o modelo que deu certo nas duas últimas temporadas, é uma exigência universal do futebol de nossos dias e é a receita para não deixar os zagueiros no confronto direto com os atacantes adversários e não isolar Leandro Damião na linha de frente.

Na verdade, é o que falta a este Cruzeiro para retomar a solidez mostrada pelos times de 2013 e 2015, mesmo que ainda seja cedo para compará-los em qualidade técnica. E é o que permitirá ao Cruzeiro Também procurar o ataque no Monumental de Nuñez, como bem lembrou Leandro Damião, já em Buenos Aires:

– Não devemos pensar só em defender. Quando tivermos a posse de bola, todo mundo também tem de atacar. O River Plate é um time muito tradicional na Libertadores. Temos de tentar jogar como fizemos contra o São Paulo, mas não podemos nos afobar. É preciso lembrar sempre que a vaga é decidida em dois jogos.

No futebol de alta rotividade, Enderson é o cara

Enderson em 2015: Flu, após Santos e Atlético

Enderson em 2015: Flu, após Santos e Atlético

Enderson Moreira, que comandou o Fluminense em 13 jogos de 2011, é o substituto de Ricardo Drubscky, demitido após oito jogos nesta temporada.

É o terceiro emprego de Enderson nestes primeiros cinco meses de 2015.

Começou o ano no Santos, mas foi demitido em março. Foi para o Atlético Paranaense e ficou apenas 34 dias, coincidentemente demitido após comandar o time em oito jogos.

O contrato do treinador com o Flu vale até dezembro.

Uma eternidade, né?