Arquivo da tag: Palmeiras

O problema era o técnico ou é o time?

Depois que Marcelo Oliveira foi demitido na quarta rodada, o Cruzeiro fez dez jogos e conseguiu 16 pontos – 53,3% de aproveitamento.

Depois que Marcelo Oliveira assumiu o comando técnico na oitava rodada, o Palmeiras fez sete jogos e conseguiu 16 pontos – 76,2% de aproveitamento.

O Cruzeiro está em 12º lugar no Brasileirão, com 17 pontos, a quatro do Z-4.

O Palmeiras é o quinto colocado, com 25 pontos, a dois do G-4.

Substituto do técnico que montou o Cruzeiro bicampeão brasileiro, desmontado no começo da temporada pelos dirigentes, Vanderlei Luxemburgo está tentando remonta-lo, mas a tarefa não é fácil, como ele fez questão de relembrar após o 1 a 1 com o Avaí no Mineirão :

– Estamos tentando encontrar o melhor caminho dentro do Campeonato Brasileiro. Vamos sofrer em um campeonato difícil.

É o que dizia Marcelo.

Preço não é o problema

Quem paga mais caro para ver os jogos do seu time no Brasileirão de 2015 é o torcedor palmeirense. O custo médio do ingresso no Allianz Parque é de 63 reais.

Quem paga menos é o torcedor da Chapecoense – 14 reais, em média.

Pois o Palmeiras é o líder das bilheterias, com 31.745 ingressos vendidos por jogo.

E a Chapecoense está em antepenúltimo lugar no ranking de público no Brasileirão, com média de 6.831 ingressos vendidos nos jogos em casa.

Marcelo Oliveira vai dar jeito no Palmeiras?

Paulo Nobre recebe Marcelo Oliveira na Academia - Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Paulo Nobre recebe Marcelo Oliveira – Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

O Palmeiras acertou ao trazer Marcelo Oliveira, refazendo com o diretor Alexandre Mattos a dobradinha do Cruzeiro bicampeão brasileiro, mas será que Marcelo Oliveira acertou ao vir para o Palmeiras?

Logo depois de assinar o contrato em reunião com o presidente Paulo Nobre na Academia de Futebol da Barra Funda, antes mesmo de conhecer o Allianz Parque e de ser apresentado oficialmente à torcida nesta terça-feira, o novo treinador palmeirense anunciou suas pretensões em entrevista ao site do clube:

– Ser tricampeão nacional é um objetivo. Estou em um clube com tradição, com estrutura, com um bom elenco e camisa e isso é possível. Claro que é difícil, como foi no Cruzeiro, mas fica possível à medida que o trabalho se concretize e evolua.

É o que a torcida queria ouvir e é o que vai cobrar. Marcelo acredita que vai trabalhar com jogadores capazes de cumprir o ambicioso objetivo:

– O Palmeiras tem um elenco muito bem montado pelo Alexandre Mattos. São jogadores de qualidade semelhante e de características diferentes, o que facilita bastante. O meu antecessor deixou um trabalho bom, pois eu o conheço bem, e vamos dar sequência e criar novos objetivos. Temos de ser ambiciosos, construir uma equipe vibrante e proporcional à tradição do clube.

Marcelo Oliveira, mineiro competente e tranquilo que nos últimos cinco anos fez bom trabalho no Coritiba e escapou rapidinha de uma encrenca chamada Vasco antes de levar o Cruzeiro ao bi nacional, pode estar se metendo em mais uma fria, pois as coisas no Parque nem sempre são menos complicadas do que em São Januário, mas tem todas as condições de liderar um trabalho vitorioso no Palmeiras e se consolidar definitivamente como um dos melhores treinadores do futebol brasileiro.

É o que esperam não apenas os palmeirenses, mas todos aqueles que amam o futebol bem jogado, marca das equipes por ele comandadas.

Em família

Se o PVC estiver certo, e o PVC raramente erra pois conjuga como poucos a informação com a capacidade de análise, Oswaldo de Oliveira deve se despedir hoje do Palmeiras – mais apropriadamente, deve ser despedido.

Em seu lugar, provavelmente, entrará Marcelo Oliveira.

O seja: o problema não é de família.

Atualização

Como o PVC tinha informado e este blog reproduziu, Oswaldo de Oliveira foi realmente demitido.

E não gostou:

– O Palmeiras, sob meu comando, conseguiu alguns resultados mais positivos do que negativos, principalmente se compararmos com as últimas trajetórias do clube. Abruptamente, isso é interrompido, outros motivos parecem se sobrepor. Existe uma carga emocional muito grande aqui no Palmeiras, muita pressão que acaba desequilibrando as pessoas que dirigem.

Aguarda-se o substituto.

 

A evolução, segundo Oswaldo e Doriva

De Oswaldo de Oliveira após a derrota por 2 a 1 para o Figueirense:

– É um time evoluindo, se adaptando, com altos e baixos.

O Palmeiras é o 15ª colocado no Brasileirão, com seis pontos, uma vitória, três empates e duas derrotas, tendo marcado seis gols e sofrido seis.

De Doriva, pós a derrota por 2 a 0 para o Atlético Paranaense:

– Acredito que houve evolução, temos de continuar evoluindo para buscar a primeira vitória.

O Vasco é o penúltimo colocado, com três pontos, três empates, três derrotas, tendo marcado apenas um gol e sofrido nove.

Oswaldo precisa rasgar a fantasia

Oswaldo: sem Robben e Ribéry...

Oswaldo: sem Robben e Ribéry…

Se o Palmeiras tem algo para comemorar nesta temporada, é a comunhão entre a torcida e o clube.

Desde que ganhou casa nova, a torcida palmeirense recobrou o sentimento de grandeza dos tempos da Academia do regente Ademir da Guia e mais recentemente das sucessivas levas de grandes times em redor de ídolos como Edmundo, Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Evair, Rivaldo, Djalminha, Alex e Marcos, e lota o Allianz Parque na esperança de se reencontrar com as glórias perdidas.

Vã esperança, porém, pelo menos até agora. A comunhão entre torcida e clube não se reproduz entre torcida e time.

O time atual, ainda em formação, é muito inconstante e pouco confiável. Dá aos torcedores alegria em dose dupla, limando o Corinthians do Paulistão e depois o abatendo no Brasileirão, mas fraqueja ao decidir o título estadual com o Santos e faz um campanha medíocre na competição nacional, como bem retrata o empate em casa por 1 a 1 com um Internacional desfalcado de vários titulares.

A torcida novamente fez sua parte na noite da quinta-feira, 5 de junho: 36.199 pessoas pagaram mais de R$ 2.3 milhões na esperança de ver Robben e Ribéry estraçalhando o Inter meio reserva em ataques sucessivos pelas beirada do campo, como prometera o treinador Oswaldo de Oliveira, mas saíram frustradas com a inoperância ofensiva de Dudu e Kelvin.

Se a dupla Robben-Ribéry faz falta ao Bayern de Pep Guardiola, imagine-se ao Palmeiras de Oswaldo de Oliveira…

Oswaldo, que fez a bem humorada comparação ao anunciar a escalação para enfrentar o Inter, talvez não se dê conta de que está exacerbando os sonhos de grandeza dos palmeirenses e, não tão bem humorado depois do 1 a 1, jogou a frustração da torcida no colo dos analistas:

– Quando não conseguimos a vitória, sempre falta finalização, falta infiltração. Se tivesse terminado por 1 a 0, não faltaria nada. É por aí que se faz análise dos jogos…

O problema é que o Palmeiras não consegue vencer um jogo do Brasileirão no Allianz Parque desde o ano passado. Portanto, nunca venceu um jogo do Brasileirão no Allianz Parque.

Em 2014, fez dois jogos: ao inaugurar a nova casa, perdeu para o Sport por 2 a 0 na 35ª rodada; na rodada final do Brasileirão, empatou com o Atlético Paranaense por 1 a 1. Robben e Ribéry ainda nem tinham sido contratados.

Em 2015, já com os jovens Dudu e Kelvin no elenco e antes do 1 a 1 da quinta-feira com o Internacional, havia empatado com o Atlético Mineiro por 1 a 1 na primeira rodada e perdido para o Goiás por 1 a 0 na terceira.

Este blog ousa, então, repetir o conselho que deu no título de uma nota publicada no dia 9 de maio, após o jogo da primeira rodada: Palmeiras precisa trocar fantasia por mais trabalho.

Brasileirão derruba os profetas

Zé Roberto e Valdivia festejam vitoria palmeirense

Zé Roberto e Valdivia festejam vitoria palmeirense

Se o Campeonato Brasileiro terminasse hoje, seria a falência dos videntes, profetas e palpiteiros.

Ainda faltam o Fla-Flu e Figueirense x Cruzeiro, mas os resultados não influirão no G-4, que assim está desenhado: em primeiro, com nove pontos, o Atlético Paranaense; pela ordem, seguem-se Sport, Ponte Preta e Goiás, todos com oito.

No Z-4 é que a ordem pode ser mexida depois dos jogos da noite.

O Brasileirão vai fechar a quarta rodada mais ou menos embolado, com uma diferença de oito pontos entre o líder Atlético Paranaense e o lanterninha Joinville, mas já põe em risco a renovação que Tite vem sendo forçado a fazer no Corinthians, que perdeu em casa para o Palmeiras de Zé Roberto e Valdivia por 2 a 0. Outros grandes também começam a ser pressionados a reagir imediatamente se não quiserem ficar para trás na briga pelo título e até pelas vagas na Libertadores de 2016.

Os jogos da manhã e da tarde melhoraram estatisticamente o desempenho dos visitantes, que, depois de duas vitórias no sábado, conquistaram mais uma neste domingo, que registrou outros três empates – Santos 2 x 2 Sport, Internacional 0 x 0 São Paulo e Goiás 1 x 1 Grêmio.

O Inter ainda está com a cabeça na Libertadores, que só voltará após a Copa América, mas o Atlético Mineiro voltou com força ao Brasileirão e trucidou o Vasco no Independência fazendo 3 a 0 logo no primeiro tempo para se resguardar no segundo.

Seria demais querer que o fraquinho Vasco limpasse a barra dos visitantes no Independência.

Ceretta perdoou cachorro da PM, mas quer pegar Dudu

Ceretta: manso com a PM, valente com Dudu

Ceretta: manso com a PM, valente com Dudu

O próprio Guilherme Ceretta de Lima confirmou ao repórter Marco Aurélio Cunha, da TV Globo, que entrou na justiça comum com um processo por danos morais contra o palmeirense Dudu, que, revoltado com sua arbitragem, o empurrou e xingou no final dos 2 a 1 que deram ao Santos o título paulista de 2015.

Dudu foi punido com 180 dias de suspensão pelo TJD. É o bastante.

O processo agora movido por Ceretta é mero oportunismo, que não lhe ocorreu quando, trabalhando como quarto árbitro no Ponte Preta 3 x 3 Paraná da Série B do Campeonato Brasileiro de 2009, foi mordido no gramado Moisés Lucarelli por um cachorro da PM. Será que a mordida não lhe causou mais danos do que o empurrão?

Cachorros da PM, como se sabe, são treinados para identificar malfeitos.

Valdivia pode fazer história contra o Corinthians

Valdivia: pronto para 90 minutos contra o Corinthians

Valdivia: pronto para 90 minutos contra o Corinthians

Qualquer que seja o resultado, o Corinthians x Palmeiras do domingo, 31, ficará na história se Oswaldo de Oliveira não mudar de ideia até lá: pode ser a terceira vez consecutiva que o chileno Valdivia atuará durante os 90 minutos, algo que ainda não aconteceu nesta temporada.

Até agora, Valdivia não tem dado muita sorte: perdeu para o Goiás por 1 a 0, pelo Campeonato Brasileiro, e empatou com o ASA por 0 a 0, pela Copa do Brasil. Os dois jogos foram disputados no Allianz Parque. Domingo, será no Itaquerão.