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Coritiba 1 x 0 Santos redefine o G-4 e o Z-4

Com o time quase todo reserva, o Santos foi derrotado pelo Coritiba por 1 a 0 no Couto Pereira e deixou de tirar proveito da ajuda que mais cedo lhe deu o Corinthians, ao golear o São Paulo por 6 a 1.

Se tivesse vencido, estaria no G-4, com 58 pontos, dois à frente do São Paulo e do Internacional, que venceu o Grêmio por 1 a 0 e voltou à briga pela vaga na Libertadores de 2016.

Estacionado nos 55 pontos, o Santos está agora praticamente obrigado a conquistar a Copa do Brasil nas finais contra o Palmeiras, que começam nesta quarta-feira na Vila Belmiro, para chegar à Libertadores.

Pelo Brasileirão, já estão garantidos o Corinthians, o Atlético Mineiro e o Grêmio. A briga pela quarta vaga, segundo as previsões do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, ficou assim:

♦ São Paulo – 52.2% de chances

♦ Internacional – 34.1% de chances

♦ Santos – 12.1% de chances

A vitória do Coritiba tirou-o do Z-4, de onde não sai mais o Joinville, derrotado pelo Vasco por 2 a 1.

Depois desta 36ª rodada, em que o Figueirense empatou com a Chapecoense por 0 a 0, o Goiás empatou com o Atlético Mineiro por 2 a 2 e o Avaí perdeu para o Fluminense por 3 a 1, cinco times lutam para fugir do rebaixamento, mas só três escaparão.

A taxa de risco de cada um, segundo os matemáticos mineiros :

♦ Goiás – 96.7%

♦ Vasco – 87.4%

♦ Avaí – 80.3%

♦ Coritiba – 20.4%

♦ Figueirense   15.2

O Infobola dá números ligeiramente diferentes:

♦ Goiás – 95%

♦ Vasco – 87%

♦ Avaí – 70%

♦ Coritiba – 24%

♦ Figueirense – 24%

Uma mancha na campanha do Atlético Mineiro

A incapacidade de reagir minimamente às vicissitudes nas rodadas recentes e decisivas manchou a campanha do Atlético Mineiro neste Brasileirão, poderia lhe custar o vice-campeonato se o Internacional não tivesse vencido o Gre-Nal há pouquinho por 1 a 0 e ainda pode determinar a saída de Levir Culpi, que pressentiu a mancha, por motivos outros e equivocados, bem antes dos últimos vexames, como este de hoje, o empate por 2 a 2 com o Goiás no Independência.

Nas últimas dez rodadas, a campanha do vice-líder se compara à do Vasco, que demorou a sair da lanterna e ainda corre sério risco de cair para a Segundona. Foram apenas 17 pontos ganhos. O Corinthians ganhou 26.

Se forem mesmo vice-campeões brasileiros, os atleticanos deveriam dividir com os colorados o prêmio de R$ 6,3 milhões que a CBF lhes pagará – ou, pelo menos, os R$ 2 milhões a mais do que receberá o terceiro colocado.

Como se fosse uma decisão

No Itaquerão, após Corinthians 6 x 1 São Paulo, Ralf recebe a taça de campeão brasileiro

Após Corinthians 6 x 1 São Paulo, Ralf recebe a taça de campeão brasileiro

Enganou-se quem acreditou, como este blogueiro, que a ausência do trio Gil-Elias-Renato Augusto e o clima de festa no Itaquerão favoreceriam o São Paulo em sua luta para continuar no G-4.

O Corinthians, ainda mais reserva do que se prenunciava, não perdoa. Joga sempre como se fosse decisão. Tite não permite poupança de energia em campo. E, sem perder a vibração, o Corinthians decide as paradas com a frieza de campeão.

Não tem Elias, Jadson nem Renato Augusto?

Bruno Henrique vai lá e faz Corinthians 1 x 0 São Paulo.

Malcom e Vagner Love não estão em campo?

Romero faz 2 a 0.

O primeiro tempo está acabando, Gil também não veio?

Pouco importa: Edu Dracena faz 3 a 0.

Vamos ao segundo tempo.

Danilo, o polivalente camisa 12, no exercício mais uma vez da titularidade, como diria Tite nos velhos tempos, se dá ao luxo de fazer uma assistência, de letra, para o talismã Lucca marcar o seu: 4 a 0.

E como o talismã estava esperando a bola cruzada por Romero, o tricolor Hudson achou melhor cortar o caminho e tocá-la logo para as redes de Denis: 5 a 0.

Será que o São Paulo não vai esboçar nenhuma reação? Não diziam por aí que Paulo Henrique Ganso e até Alexandre Pato eram os responsáveis pela apatia que tantas vezes o São Paulo de Milton Cruz, Juan Carlos Osorio e Doriva mostrou em campo? Nenhum deles está em Itaquera.

E o São Paulo reagiu muito de leve, com um gol de Carlinhos um pouco depois da metade do segundo tempo. Diminuiu o vexame: 5 a 1.

Teremos mais?

Sim, claro. O Corinthians não sossega. Pênalti de Reinaldo em Romero. Cristian bate e faz 6 a 1.

Acabou? Não. O São Paulo também tem um pênalti a seu favor. Alan Kardec cobra, Cássio defende.

Algum titular do Corinthians tinha de mostrar serviço.

Acabou a festa. É hora de o capitão Ralf receber a taça.

Um Gre-Nal como não se vê há mais de um século

Argel Fucks ainda trabalhava no Figueirense, mas sete dos 11 colorados que ele deve mandar a campo para enfrentar o Grêmio às 17 horas no Beira-Rio estão entre as vítimas do massacre de 9 de agosto: Alisson; William, Ernando, Rodrigo Dourado, Anderson, Vitinho e Lisandro López.

Foi pela 17ª rodada deste Brasileirão, diante de 46.010 torcedores, na Arena Grêmio. O Inter ainda procurava um substituto para Diego Aguirre, o Grêmio tinha trocado Luiz Felipe Scolari por Roger Machado 13 rodadas antes.

Mal o jogo começou, o gremista Douglas perdeu um pênalti. Mal sinal? Não para os gremistas.

Dali em diante, o Grêmio massacrou o Inter, enfiando-lhe 5 a 0, sua mais escancarada vitória num Gre-Nal desde 1912, quando tinha vencido por 6 a 0. Foi um dos três maiores vexames colorados na história do Campeonato Brasileiro, igual às derrotas 5 a 0 para a Chapecoense em 2014 e para o São Caetano em 2003.

Além do comandante Roger Machado, oito dos algozes gremistas daquele 9 de agosto vão se reencontrar com as vítimas daqui a pouco. São Marcelo Grohe, Rafael Galhardo, Pedro Geromel, Erazo, Marcelo Oliveira, Giuliano, Douglas e Luan.

O jogo vale para os colorados a última chance de continuar sonhando com uma vaga na Libertadores em 2016. Para o Grêmio, a permanência no terceiro lugar do Brasileirão,  a três pontos, no máximo, do Atlético Mineiro, uma semana antes de recepciona-lo em Porto Alegre em confronto direto pela vice-liderança.

Na verdade, o Gre-Nal deste domingo se basta como revanche daquele 9 de agosto.

Festa no Itaquerão: do Corinthians ou do São Paulo?

Corinthians recebe São Paulo para  equilibrar as contas domésticas

Corinthians recebe São Paulo para zerar as contas domésticas

O dia é de festa corintiana, com certeza de recorde de público no Itaquerão, mas a maior alegria pode ser dos são-paulinos, que estão na luta com os santistas, ponto a ponto, pela última vaga disponível no G-4.

O jogo das 17 horas em nada altera a posição do campeão, mas é a chance de eliminar um raro déficit em sua quase irretocável campanha – os pífios 42,8% de aproveitamento no confronto direto com os outros times paulistas, com apenas duas vitórias em sete jogos, mais três empates e duas derrotas.

O Corinthians perdeu em casa para o Palmeiras e empatou no Allianz Parque; perdeu para o Santos na Vila Belmiro e venceu em Itaquera; venceu em casa a Ponte Preta e empatou no Moisés Lucarelli; empatou com o São Paulo no Morumbi.

Se derrotar o São Paulo na festa em que receberá o caneco e as faixas de campeão, o Corinthians terá feito 12 pontos em oito jogos contra os rivais paulistas. Serão 50% dos pontos disputados.

Não é muito para um time que tem 73,3% de aproveitamento no campeonato, mas pelo menos conseguiria zerar a conta doméstica e calar a boca dos vizinhos.

O problema é que os corintianos só querem saber de festa a esta altura do Brasileirão e não contarão com Gil, Elias e Renato Augusto, um favorecimento enorme às pretensões do São Paulo de se manter em quarto lugar, pelo menos um ponto à frente do Santos, que vai ao Paraná enfrentar o desesperado Coritiba.

Palmeiras não pode reclamar da torcida

Não são poucos os palmeirenses decepcionados com a campanha do time no Brasileirão. Depois do empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, o Palmeiras dormiu em nono lugar, mas hoje vai para a cama em décimo, ultrapassado pela Ponte ou pelo Flamengo, dependendo do resultado do jogo das 18 horas entre os dois no Mané Garrincha.

A torcida esperava muito mais, boa parte até sonhava com o título brasileiro, mas nem os resultados frustrantes do returno a afastaram do time.

O Palmeiras não pode reclamar de seus torcedores, como se viu ontem à noite, mais uma vez, no Allianz Parque.

Foi o menor público do Palmeiras como mandante em todo o campeonato, apenas 19.395 pagantes. Apenas? Em jogo que não valia nada, bate em mais de 2 mil a média de pagantes do Brasileirão.

Bravíssimo este Barça de Neymar, Suárez e Iniesta

Fim de festa no Santiago Bernabeu: 4 a 0 para o Barcelona

Fim de festa no Santiago Bernabeu, a casa do Real: 4 a 0 para o Barcelona

Era só que o faltava. Iniesta resolveu jogar. Jogar o que sabe. E ele sabe muito. Se já bastava a dupla Neymar & Suárez para fazer mágicas e gols pelo Barcelona desde que o solista Messi se contundiu, o maestro da companhia voltou a jogar em altíssimo nível. Assim, é difícil resistir a este Barça.

Como se o campo do Santiago Bernabeu fosse apenas um anexo do Camp Nou, o Real Madrid de Cristiano Ronaldo assistiu a um concerto perfeito deste irresistível Barça de Iniesta, Neymar e Suárez que vai se fazendo de novo campeão espanhol.

Suárez brilhou mais uma vez, com dois gols e uma assistência. Neymar voltou a estraçalhar, marcou um gol, fez a assistência para outro, provocou a expulsão de Isco,  enloqueceu a defesa do Real.

Aos 11 minutos do segundo tempo, quando Messi voltou assumir o posto de solista da companhia, o placar falava por si só: 3 a 0, um gol de cada um dos coadjuvantes estrelados que se tinham feito protagonistas durante sua ausência.

O placar não dizia tudo, porém. O Barcelona merecia mais.

Tanto merecia que, aos 29, Suárez fez mais um, o quarto do Barça, após receber de Alba a bola que lhe fora docemente presenteada por Lionel Messi.

Fim de festa. E que festa fez em Madri o líder do Campeonato Espanhol, agora seis pontos à frente de seu grande rival!

É verdade que o Real poderia ter marcado pelo menos um golzinho, mas o chileno Bravo fez duas ou três grandes defesas dificílimas e garantiu os 4 a 0.

Bravíssimo – deveria gritar a plateia.

Espanhóis reverenciam Neymar

A torcida brasileira certamente ainda está frustrada com o pífio desempenho de Neymar no 1 a 1 com a Argentina e nos 3 a 0 sobre o Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, mas os espanhóis estão enfeitiçados pelo nosso craque, como escancara hoje o jornal Marca num texto  de múltiplos elogios:

– O brasileiro é possivelmente o jogador em melhor forma no futebol mundial. Somente Lewandowski, no Bayern, tem sido tão decisivo com seus gols.

– Nenhum outro jogador exibe uma regularidade tão acachapante.

Neymar, em ótima parceria com Luis Suárez, tem marcado gols, feito assistências, provocado pênaltis…

– Se continuar na forma atual, logo poderá estará disputando (com Cristiano Ronaldo e Lionel Messi)  o cetro de melhor jogador do mundo.

Depois de tanta reverência, o jornal mostra preocupação com o rendimento de Neymar no Real x Barça de logo mais:

– A única dúvida que existe para a partida desta tarde é o possível cansaço que ele pode sentir depois da viagem e dos jogos pela Seleção Brasileira.

Jogo de baixo interesse em Sampa: Palmeiras x Cruzeiro

Não deixa de ser curioso conferir o reencontro do Cruzeiro, reanimado nos últimos tempos por Mano Menezes, com o homem que o levou ao bicampeonato brasileiro nas duas últimas temporadas, deixou-o em baixa neste Brasileirão e hoje comanda o oscilante Palmeiras.

Pouco mais tem a oferecer ao torcedor o jogo deste sábado entre o Palmeiras de Marcelo Oliveira, que há quatro rodadas não experimenta o gostinho de uma vitória, e o Cruzeiro de Mano, que há 11 não sabe o que é perder.

Oitavo colocado no Brasileirão, com 51 pontos, cinco aquém do Z-4, o visitante tem chances apenas matemáticas de ainda conquistar uma vaga na Libertadores de 2016 – 3%, segundo o Infobola.

Com 49 pontos, em décimo lugar, o anfitrião já se desligou do campeonato e só pensa na Copa do Brasil, que lhe pode abrir as portas da próxima Libertadores.

O Cruzeiro desembarcará com força máxima às 19h30 no Allianz Parque. O Palmeiras, preservando-se para o primeiro jogo das finais da Copa do Brasil contra o Santos, será quase todo reserva.

Há programas mais interessantes na noite deste sábado em Sampa. O blogueiro vai ver 007 contra Spectre.

Jogo de altíssimo risco em Madri: Real x Barça

O Real Madrid x Barcelona deste sábado (às 15h15, no horário brasileiro) é o maior evento do fim de semana em todo o vasto mundo da bola, pode marcar a volta de Lionel Messi aos campos, tem Cristiano Ronaldo e Bale de um lado e Neymar e Suárez do outro, vale a liderança do Campeonato Espanhol.

Poderia ser um jogo tranquilo, apesar da rivalidade histórica, reforçada nos últimos tempos pelo apoio ostensivo da torcida do Barça à luta pela independência da Catalunha.

É um jogo de altíssimo risco, no entanto, avaliam as autoridades madrilenas depois das ações terroristas patrocinadas pelo Estado Islâmico em Paris na semana passada.

Cerca de 2.500 homens estão mobilizados para garantir – ou tentar garantir – a segurança no Santiago Bernabeu. Metade do contingente é de policiais; a outra metade, de seguranças privados do Real.

E a gente por aqui achava que perigoso seria o Vasco x Corinthians da quinta-feira em São Januário…