Uma noite de sofrimento para Tata Martino

Tata Martino: confronto indesejado com antigos pupilos

Tata Martino: confronto indesejado com antigos pupilos

Pelo que se ouviu na entrevista coletiva, não será uma noite de alegria para o argentino Tata Martino:

– Não queria pegar o Paraguai. São muitas coisas em comum, muitos sentimentos, várias coisas juntas. Foi um processo longo, duas Copas Américas, um Mundial, uma relação antiga com vários jogadores. Muitos deles foram treinados por mim. Ajudei-os a crescer como jogadores e eles me ajudaram a crescer como treinador. Tiveram uma grande influência em tudo o que acontece na minha carreira.

São palavras sinceras do treinador que comandou a seleção paraguaia por quase cinco anos e a conduziu à sua melhor campanha em uma Copa do Mundo, chegando às quartas de final na África do Sul em 2010.

O problema é que hoje, no comando da seleção argentina, ele tem de enfrentar o Paraguai pela segunda vez nesta Copa América, agora valendo uma vaga na final, contra o Chile.

E do lado paraguaio, há quem não esteja tão sensibilizado assim com o drama vivido pelo argentino. O atacante Haedo Valdez, em entrevista ao site da Conmebol, dá a medida da disposição paraguaia para o confronto das 20h30 em Concepción:

– O Paraguai tem de jogar de igual para igual com a Argentina na semifinal e não se mostrar inferior, como ocorreu na fase de grupos. Contra o Brasil encaramos de outro jeito, jogamos de igual para igual.

Se jogar como jogou no primeiro tempo do 2 a 2 com os paraguaios em La Serena, pela  rodada de abertura do Grupo B, a Argentina estará garantida na final de sábado em Santiago. Se recair na bobeira que a dominou no segundo tempo, a equipe atual de Tata Martino continuará em Concepción para disputar com o Peru na sexta-feira o terceiro lugar desta Copa América.

A seleção argentina é muito, muito superior à paraguaia, principalmente no meio de campo e no ataque, mas curiosamente marcou apenas quatro gols nos quatro jogos disputados até agora na Copa América e não sai do 0 a 0 em jogos decisivos, como o desta noite, desde as semifinais da Copa do Mundo de 2014.

De lá para cá, empatou por 0 a 0 com a Holanda em 120 minutos de bola em movimento, perdeu por 1 a 0 para a Alemanha em outros 120 e, já na Copa América, empatou por 0 a 0 com a Colômbia o jogo das quartas de final.

Talvez Tata Martino devesse se preocupar mais com Messi, Agüero, Pastore, Di Maria, Lavezzi e Tévez do que com seus antigos pupilos paraguaios.

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