O Brasil foi o senhor das ações, e não poderia ser diferente diante de um adversário insignificante como a Costa Rica, manteve a bola sob seu domínio por quase todo o tempo de jogo, movimentou-se com certa desenvoltura de uma área à outra, mas ficou devendo em vibração e em criatividade ofensiva.
Para encarar a Costa Rica, foi o bastante, mas ficou a impressão de que o tempo é curto para que a Seleção se mostre realmente capaz de encarar o Chile de igual para igual, o que já é um heresia histórica, no jogo de 5 de outubro que abrirá em Santiago a caminhada rumo à Copa do Mundo da Rússia.
O Chile é um time organizado, mas atrevido, que adora jogar com a bola e procura incessantemente roubá-la quando ela circula entre os pés adversários. O Chile de Jorge Sampaoli não dá esta folga que a Costa Rica do estreante Oscar Ramírez deu em Nova Jersey a Lucas Lima, Willian, Douglas Costa e Hulk.
E, sobretudo, o Chile não perdoa as defesas que lhe dão os espaços generosos que o Brasil muitas vezes cedeu aos costarriquenhos entre os volantes e os zagueiros.
O Brasil talvez tivesse forçado um pouquinho mais o ritmo se Hulk, com muito mais força do que habilidade, não fizesse 1 a 0 logo aos 9 minutos de jogo. É o que se espera que faça na terça-feira, dia 8, contra os Estados Unidos, em Foxborough, para que a gente se anime para as Eliminatórias.
O Brasil de hoje ficou devendo. Lucas Lima merecia um estreia mais vibrante, embora se deva dar o devido desconto ao enorme contingente europeu da Seleção que está saindo da pré-temporada e, portanto, ainda não entrou verdadeiramente em ritmo de jogo. O Brasil treinou em Nova Jersey.