Sai hoje em Temuco, no Estádio Germán Becker, o condenado à morte nas semifinais da Copa América. Ou alguém tem alguma dúvida de que Bolívia ou Peru, o que sobreviver ao confronto pelas quartas de final, será fulminado pelo Chile na próxima parada?
A Bolívia, impiedosamente goleada pelos chilenos por 5 a 0 ao se despedir da fase de grupos, não quer nem pensar no que a aguarda nas semifinais se passar hoje pelo Peru. É um time em renovação e dependente de veteranos como Marcelo Moreno, que fez uma boa temporada em 2014 com a camisa do Cruzeiro e já jogou também no Grêmio e no Flamengo. A última vez que os bolivianos passaram das quartas de final foi em 1997, lá mesmo, na altitude de La Paz.
Moreno resume as limitações bolivianas com um fio de esperança:
– Seria um sonho passar para as semifinais.
O Peru, terceiro colocado em 2011, tem boas chances de emplacar mais uma semifinal, como espera Ricardo Gareca, um dos cinco treinadores argentinos que continuam na competição:
– Havíamos traçado a meta de passar pela primeira fase e conseguimos. Nosso objetivo agora é passar pela Bolívia. Estamos corrigindo nossos erros de um jogo para outro e, quem sabe, possamos fazer ainda mais. Afinal, enfrentamos seleções que nos impuseram dificuldades e não nos saímos mal.
Evidentemente, ele se refere ao Brasil e à Colômbia, adversários da primeira fase. O Peru, diferentemente da Bolívia, baseia seu futebol na experiência de trintões como Lobaton, que não jogará hoje, Vargas, Farfán e Paolo Guerrero, o homem dos gols decisivos que deixou saudades no Corinthians e, depois da Copa América, vestirá a camisa do Flamengo.
Artilheiro da Copa América de 2011, com cinco gols, Guerrero ainda não marcou nenhum nos campos do Chile, o que não parece incomodar o treinador:
– Ele não está preocupado com isso. Paolo está bem e muito comprometido com o time.