Se, tocado pelo título, você navegou até aqui pensando em outro tipo de sacanagem, contenha-se: estamos falando de gestão. Ou melhor, da falta de gestores responsáveis em nosso futebol.
Cristóvão Borges, que agora vai comandar o Atlético Paranaense, é o oitavo treinador que troca de camisa durante o Brasileirão, que ainda está a nove rodadas do final.
Trocar de técnico é a diversão preferencial dos cartolas, mesmo que o contratado de hoje seja o demitido de ontem, como fatalmente voltará a ser amanhã.
Dispensado do Cruzeiro após a quarta rodada, o bicampeão brasileiro Marcelo Oliveira foi pouco depois para o Palmeiras, substituindo Oswaldo de Oliveira, mandado embora na sexta.
Bem mais tarde, já na 20ª rodada, Oswaldo de Oliveira assumiu no Flamengo o posto de Cristóvão, que tinha substituído Vanderlei Luxemburgo, demitido na terceira.
Luxemburgo fora, então, para o lugar de Marcelo no Cruzeiro. E de lá também acabou sendo mandado embora na 20ª rodada.
Bem antes, ainda na oitava rodada, Doriva pediu demissão do Vasco. E voltou a trabalhar oito rodadas depois, na Ponte Preta, substituindo Guto Ferreira, que, na 26ª, assumiu a Chapecoense em lugar de Vinícius Eutrópio.
Na 19ª rodada, Argel Fucks, depois de se demitir do Figueirense, substituiu Diego Aguirre no Internacional.
Fechando o troca-troca entre técnicos da Série A, o Fluminense tirou Eduardo Baptista do Sport uma rodada depois de Enderson Moreira ser derrotado justamente pelo rival.
Nesta lista, não entrou René Simões, que estreou no Figueirense na 20ª rodada e foi mandado embora após cinco jogos sem vencer.
É que Renê vinha da Segundona, tendo comandado o Botafogo até a 13ª rodada, deixando-o na liderança. Foi demitido após a eliminação na terceira fase da Copa do Brasil diante do … Figueirense. Pois é.
Pingback: O terceiro emprego de Doriva neste Brasileirão | benebol.com