Arquivo diário: 25 de outubro de 2015

Atlético vence Ponte antes de receber o Corinthians

Como os atleticanos acreditam em seu time enquanto houver uma mínima chance de ir em frente, está salva a bilheteria do Atlético Mineiro x Corinthians do próximo domingo.

A vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta mantém o Atlético a oito pontos do líder do Brasileirão. Os três gols saíram no segundo tempo:  Luan, aos 6 minutos, e Giovanni Augusto, aos 11, para o Atlético; Renato Chaves, nos acréscimos, para a Ponte.

É difícil que uma nova vitória atleticana no domingo, absolutamente natural, provoque uma reviravolta na corrida pelo título, mas o Independência vai lotar. E o atleticano Dátolo, que voltou ao time, não perde a esperança, como garantiu ao final dos 2 a 1 de hoje:

– Aqui é Galo. Nada é impossível.

No último jogo deste domingo, Atlético e Ponte evitaram que a 32ª se encerrasse com uma vexaminosa média de menos de um gol por jogo. Contados os três, foram apenas 12 gols nos dez jogos do fim de semana – média de 1,2 por jogo.

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O Corinthians bota o Atlético para correr

Vágner Love: gol da vitória sobre o Flamengo

Vágner Love: gol da vitória sobre o Flamengo de Guerrero

Lá vai o Atlético Mineiro correr em vão contra Ponte Preta no Independência pois o Corinthians de Vágner Love, mesmo sem jogar bem, derrotou o Flamengo de Paolo Guerrero no Itaquerão por 1 a 0 e chegou a 70 pontos.

Parece que Vágner Love se reencontrou com o gol. Foi ele que garantiu o 1 a 0 aos 47 minutos do primeiro tempo.

Se vencer daqui a pouco, o vice-líder se manterá a oito pontos do Corinthians, distância que não lhe dá muita esperança de ainda brigar pelo título brasileiro, mas pelo menos salvará a bilheteria do jogo entre ambos, domingo que vem, lá no Independência.

Ficou mais animada a briga pela última vaga no G-4 do Brasileirão: Santos, em quarto lugar, São Paulo, em quinto após vencer o Coritiba por 2 a 1, e Internacional, em sexto, todos com 50 pontos, ainda podem ter a companhia da Ponte, que se igualará a eles na pontuação se vencer o Atlético agora às 19h30.

Com 56 pontos, depois de empatar com o Vasco no Rio por 0 a 0, o Grêmio se mantém folgadamente em terceiro e, como ainda pegará o Atlético Mineiro em Porto Alegre na 37ª rodada, até pode sonhar com o vice-campeonato, principalmente se a Ponte aprontar hoje em Belô.

Hamilton garante o tri em Austin

Lewis Hamilton: novo tricampeão da F- 1 - Foto: Studio Colombo/Pirelli

Lewis Hamilton: novo tricampeão da F-1 – Foto: Studio Colombo/Pirelli

Não há temporal que pare Lewis Hamilton, novo tricampeão da Fórmula 1 ao vencer o Grande Prêmio dos Estados Unidos, encerrado há pouco em Austin.

O piloto inglês da Mercedes, três provas antes do final da temporada, se junta a Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna no clube dos tricampeões da mais importante categoria do automobilismo mundial.

Desde 2000, quando o heptacampeão Michael Schumacher conquistou o tri, Hamilton é o sexto piloto a conquistar o título da Fórmula 1.

Schumacher foi também campeão em 2001, 2002, 2003 e 2004; Fernando Alonso, em 2005 e 2006; Kimi Räikkönen, em 2007; o próprio Hamilton, em 2008 e 2014; Jenson Button, em 2009;  Sebastian Vettel, em 2010, 2011, 2012 e 2013.

De quem correm os brasileiros?

Pode ser que a edição de 2015 mude alguma coisa, mas uma pesquisa realizada pela SPTuris em 2014 revelou que 33,4% do público presente à Virada Esportiva aproveitou para bater uma bolinha, o que não chega a ser novidade no país do futebol, e outros 33,5% aproveitaram para correr ou caminhar.

São as modalidades esportivas que mais atraem os paulistanos entre as 130 que fazem parte do cardápio da Virada.

O fascínio dos brasileiros pela corrida lembra uma história que velhos amigos de Caetano Veloso gostam de contar.

Depois de uma noite em companhia de uma animada moçoila, o baiano foi acordado com um convite:

– Vamos correr, Caê…

E só lhe ocorreu perguntar:

– De quem?

Vasco sofre aqui, Alex Teixeira multiplica gols por lá

Invicto há oito rodadas, o Vasco de Jorginho e seu auxiliar Zinho pode voltar a respirar sem a ajuda de aparelhos no Brasileirão se vencer o Grêmio às 17 horas no Maracanã e for ajudado por tropeços do Goiás, que recebe o Cruzeiro; do Coritiba, que recebe o São Paulo; e do Avaí, que visita a Chapecoense.

Não é tarefa fácil.

Terceiro colocado, o Grêmio precisa da vitória para se manter a uma distância segura do quarto e não perder de vista o vice-líder Atlético Mineiro. Fora de casa, o time de Roger Machado já empatou com o líder Corinthians e derrotou o Atlético, mas, em compensação, perdeu no Maracanã os jogos contra a dupla Fla-Flu.

A tarefa vascaína fica mais complicada quando se confere o baixo poder de fogo do seu ataque. O time fez 13 gols nos oito jogos sem derrota, mas nenhum atacante marcou nas cinco rodadas mais recentes.

Os gols do Vasco são de meias e zagueiros. Rafael Silva, autor dos dois no empate com o Cruzeiro em 16 de setembro, foi o último atacante vascaíno a marcar gol neste Brasileirão. O centroavante Leandrão passa em branco há seis rodadas.

Ironicamente, um atacante nascido e criado nas divisões de base do Vasco disputa gol a gol com o polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique, e o gabonense Pierre do Borussia Dortmund, a Chuteira de Ouro de 2015.  Somente dois brasileiros conquistaram até hoje o prêmio ao mais destacado artilheiro do futebol europeu – Ronaldo, o Fenômeno, e Jardel.

Pois o ex-vascaíno Alex Teixeira, do Shakhtar Donetsk, com 16 gols em 2015, está brigando com Lewandowski e Aubameyang, que chegaram ao 13º  neste fim de semana e levam vantagem pois cada gol na liga alemã tem maior peso (2)  do que na liga ucraniana (1.5).

Como nem todas as lembranças são boas, no ano em que foi embora, 2009, Alex Teixeira disputou e foi campeão da Segundona pelo Vasco. Tinha 19 anos.

Melhor seria deixar Guerrero em sossego

Guerrero contra o CorinthiansGuerrero, ameaçado por torcedores do corintianos: e se ele resolver estrear hoje no Fla?

Estava o peruano Paolo Guerrero posto em sossego no Ninho do Urubu, acostumado a perder um jogo depois do outro, tanto que foram cinco derrotas nas últimas seis rodadas do Brasileirão, e desacostumado a marcar gols, que antes saíam com facilidade, quando uma ou duas torcidas uniformizadas do Corinthians começaram a espalhar a informação de que vão recebê-lo com hostilidades no jogo deste domingo no Itaquerão.

Fustigar o ídolo de outras e recentes temporadas alvinegras é tudo que os corintianos não deveriam fazer a esta altura do Brasileirão.

Melhor teria sido deixá-lo adormecido, tão profundamente adormecido ele estava que os corintianos mais sábios apenas se divertiam com a fase de muitas derrotas e apenas três gols no Brasileirão desde que se transferiu para o Flamengo, como se via, em variadas versões, nas redes sociais:

Guerrero prometeu que não jogaria por outro time no Brasil e cumpriu a promessa. Não está jogando no Flamengo.

O diabo é ele resolver estrear hoje com a camisa rubro-negra em pleno Itaquerão, onde o Corinthians fará um jogo fundamental em suas pretensões de desembarcar em Belo Horizonte no próximo domingo, para a parada contra o Atlético Mineiro, levando na bagagem pelo menos os oito pontos de vantagem que, antes dos jogos desta tarde, ainda separam o líder do vice-líder do Brasileirão.

Sábio conhecedor dos caminhos e descaminhos da bola, mestre Armando Nogueira ensinou há muitos e muitos anos: “Deus castiga quem o craque fustiga”.

Pode-se até considerar que Guerrero não seja verdadeiramente craque, mas com certeza é um grande goleador que não deveria ser fustigado nem antes nem durante um jogo tão importante.

E se o barulho dos torcedores, amplificado pela mídia durante a semana, acordar o goleador que estava adormecido depois de ter marcado gol em seus três primeiros jogos pelo Fla (leia a nota Nasce mais um ídolo rubro-negro, de 18 de julho)?

Roberto de Andrade, o presidente que não conseguiu segurar Guerrero no Corinthians, demonstra como é tênue a linha que separa a cartolagem das torcidas ditas organizadas:

– Se fosse me colocar no lugar do torcedor e me sentar na arquibancada, vaiaria também.

Tite, o técnico que queria manter o goleador no Corinthians, é de outra cepa:

– Guerrero tem toda uma história muito linda no Corinthians e merece todo o meu respeito. Tem uma história a ser respeitada e eu o respeito Se eu fosse torcedor, não vaiaria. Eu apoiaria todos os jogadores do Corinthians.

Tite mira o gol:

– Eu estou focado, muito focado, na preparação da equipe para o jogo.

É de foco que o Corinthians precisa. Desviá-lo para o ressentimento com o ídolo que se foi é bom para o Flamengo – e, mais ainda, para o Atlético Mineiro!