Entrevista de Ricardo Marques Ribeiro, árbitro de Vasco 1 x 1 Chapecoense, a Felippe Rocha, do jornal LANCE! :
– Houve um chute do jogador da Chapecoense, cruzado na área, e o jogador do Vasco número 3, o senhor Rodrigo, leva o braço, próximo ao corpo, para trás, fazendo movimento de não querer tocar na bola. Mas enrijece o braço numa intenção de bloquear a bola, embora o movimento seja para trás. Como enrijece e bloqueia a bola, o pênalti tem que ser marcado. Por que não leva cartão amarelo? Porque não tinha a direção do gol. Então, a penalidade existe.
Regra 12 do futebol, que pode ser consultada no site da CBF:
Também será concedido um tiro livre direto para a equipe adversária se um jogador cometer uma das seguintes três infrações:
♦
♦
♦ tocar na bola com as mãos intencionalmente (exceto o goleiro dentro de sua própria área penal)
Se o árbitro diz que o zagueiro leva o braço para trás “fazendo movimento de não querer tocar na bola” e a regra diz que só há infração se o jogador “tocar na bola com as mãos intencionalmente”, é óbvio que o pênalti não existiu, o senhor Ricardo Marques Ribeiro não conhece a regra e, por ter havido erro de direito, o jogo pode ser anulado.
Registre-se igualmente que o pênalti a favor da Ponte Preta no 1 a 0 sobre o Palmeiras, marcado pelo árbitro Raphael Claus, também não existiu: o palmeirense Victor Ramos tenta, claramente, desviar o braço da bola chutada por Felipe Azevedo.
Balanço parcial da 30ª rodada: a arbitragem tirou dois pontos do Vasco e pelo menos um do Palmeiras, e deu dois à Ponte e um à Chapecoense.
Nenhum jogador foi tão decisivo quanto a dupla Ricardo e Raphael na 30ª rodada do Brasileirão.
(As fotos da dupla são de seus prontuários no site da CBF)