Lucas Lima e Neymar: treino da Seleção em Nova Jersey – Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Antes da Copa América, Muricy Ramalho já dizia:
– O melhor camisa 10 é o Lucas Lima. Respeito o Dunga, mas ele tinha de estar na Seleção. É um jogador moderno, joga em direção ao gol toda hora. Vai na diagonal, entra na área, pensa o jogo, faz gol, vem no meio-campo. A quilometragem dele é altíssima. É o melhor número 10 do Brasil hoje.
Dunga é um técnico cauteloso, até mesmo conservador em muitos aspectos, mas não é burro nem sequer teimoso. Na primeira convocação após a pífia atuação brasileira em campos no Chile, incluiu o nome do meia que não se deixou tentar pelas ofertas do futebol europeu no meio do ano e preferiu continuar regendo em campo o bom time do Santos.
Dunga fez mais nestes dias de treinamento da Seleção nos Estados Unidos: escalou Lucas Lima no time titular e procurou lhe transmitir confiança, prometendo respeito às suas características. É o que vamos ver no amistoso com a Costa Rica, em Nova Jersey:
– Ele vai jogar como joga no Santos. Ele vai ter liberdade para fazer o que faz no seu clube, tem que estar mais perto possível do que ele faz lá, com a responsabilidade que todos têm na Seleção.
O jogo das 17 horas deste sábado, 5 de setembro, pode ser um novo marco na história da Seleção. Lucas Lima tem tudo para acrescentar clarividência ao nosso meio de campo, até agora marcado por muita movimentação e combatividade e pouca inspiração criativa entre as duas intermediárias.
Se jogar como joga no Santos, Lucas Lima ajudará a reinventar o futebol da Seleção. A novidade foi percebida nos treinos pelo volante Luiz Gustavo?
– Ele tem a característica do último passe para deixar os atacantes em condições fazer o gol. Eu e o Fernandinho, com um jogador de tanta qualidade na nossa frente, temos simplesmente dar respaldo a ele.
É uma pena que, à frente dele, Lucas Lima não possa também contar com o incomparável Neymar. Por enquanto.