Arquivo diário: 9 de novembro de 2015

Sai Doriva, entra quem?

Faltam apenas quatro rodadas, mas como tudo é possível em nosso futebol, Doriva ainda pode emplacar o quarto emprego neste Brasileirão.

Ele já não trabalha no São Paulo, que começou o campeonato com Milton Cruz, trocou-o por Juan Carlos Osorio, que foi treinar a seleção do México e deu o lugar a Doriva, que comandou o time em sete jogos – com duas vitórias, um empate e quatro derrotas.

Segundo a assessoria de Doriva, ele foi chamado pelo diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira e informado de que estava sendo demitido por é necessário “criar um fato novo no São Paulo”.

Quem vai substituir Doriva, que começou o campeonato no Vasco e passou pela Ponte Preta antes de se empregar e desempregar no Morumbi?

Milton Cruz, é claro. Como sempre.

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“Estamos falando de um jogador único”

“Descomunal”, “imparable”, “el mayor espectáculo del mundo”, “Neymaravilla”, “una obra de arte”, “un gol de colecionista”, “magia brasileña”.

É a imprensa espanhola falando de Neymar e do golaço que fechou a vitória do Barcelona por 3 a 0 sobre o Villarreal.

Houve até quem o chamasse, em manchete, de “Neymardinho”, alusão um tanto forçada a Ronaldinho Gaúcho, um antigo craque brasileiro que também brilhou em campos da Espanha com a camisa do Barça.

O treinador Luis Enrique sintetiza:

– Estamos falando de um jogador único, especial.

Naming rights? Nem o filho do Andrés sabe

Andrés Sanchez:

Andrés Sanchez: “O torcedor pode ficar tranquilo”

Trecho de uma boa entrevista, mais pelas perguntas bem feitas do que pela sucessão de respostas mal educadas, do corintiano Andrés Sanchez ao repórter Diego Garcia, do ESPN.com.br:

No dia 6 de fevereiro de 2012, você falou na sabatina da Folha de S.Paulo que tinham sete empresas negociando naming rights com a arena e…
…Hoje conversamos só com duas.

Só que você também disse que 30 ou 40 dias depois que o Mário Gobbi assumisse a presidência isso seria divulgado. Ele assumiu em 11 de fevereiro de 2012.
Atrasou três anos. 

Por quê?
É difícil.

Como estão hoje as conversas com essas duas hoje?
Nem meu filho sabe.

Pode fechar em breve?
Nem meu filho sabe.

É segredo?
Se nem meu filho sabe…

Quanto você pede hoje nos naming rights?
Não sei.

ESPN – Pede a mesma coisa de antes?
Não sei. Eu nunca falei valor.

Quanto você esperava antes?
Nunca falei valor.

Especulava-se R$ 400 milhões.
Especulava-se. Pode ser 200, pode ser 800. Ninguém sabe.

Mais ou menos que 400?
Não sei.

Você espera fechar por qual valor?
Um valor que satisfaça o Corinthians.

Esse valor é igual ao que te satisfaria em 2012?
Não sei. Um valor que satisfaça o Corinthians. E vai ser fechado, o torcedor pode ficar tranquilo. Apesar de a imprensa não acreditar, a gente vai fechar.

Nem o filho do Andrés sabe quando.

Em busca da salvação, Vasco quer jogar em São Januário

Para os corintianos, tudo é festa e o ideal seria jogar  no Maracanã ou no Engenhão, mas, pensando na própria sobrevivência,  o Vasco quer receber o campeão brasileiro em São Januário. O jogo do dia 19 é crucial na luta para escapar ao reixamento,  sonho  que o técnico Jorginho toca com confiança e, ainda muito difícil, se tornou possível depois dos últimos resultados, especialmente os 2 a 0 deste domingo sobre o Palmeiras.

Os baixos da tabela de classificação e a ordem dos próximos adversários (verde = em casa; vermelho = fora) mostram a situação dos seis candidatos ao rebaixamento. É difícil ao Vasco, tendo escapado da lanterna ao vencer no Allianz Parque, escapar também do rebaixamento para a Segundona:

15º – Figueirense – 36 pontos – Ponte Preta, Chapecoense, São Paulo, Fluminense

16º – Avaí – 35 pontos – Joinville, Fluminense, Ponte Preta, Corinthians

17º – Goiás – 34 pontos – Coritiba, Atlético Mineiro, Chapecoense, São Paulo

18º – Coritiba – 34 pontos – Goiás, Santos, Palmeiras, Vasco

19º – Vasco – 33 pontos – Corinthians, Joinville, Santos, Coritiba

20º – Joinville – 31 pontos – Avaí, Vasco, Cruzeiro, Grêmio

Nenê:

Nenê: “Seria melhor se o Corinthians já tivesse conquistado o título”

Nenê, destaque da campanha de recuperação do Vasco depois do início desastroso no campeonato, tem razão ao analisar o jogo contra Corinthians:

– É claro que seria melhor para nós se o Corinthians já tivesse conquistado o título, mas seria difícil de qualquer forma. Agora, será mais complicado.

Jorginho, no entanto, é movido pela fé:

– Não faz diferença.  O Corinthians sempre é uma equipe perigosíssima. O que faz diferença é que vamos jogar na nossa casa. O mais importante é que voltamos a jogar bem, voltamos a fazer gol com a bola rolando e vamos voltar para nossa casa. Temos que lotar São Januário e eles têm de se sentir incomodados.

Céticos pela própria natureza, os matemáticos escancaram em números as dificuldades vascaínas, mesmo registrando uma enorme diferença nas expectativas pessimistas em relação à semana anterior.

Confira a taxa de risco dos seis times que brigam para escapar do rebaixamento, segundo os cálculos atualizados dos principais sites de previsão matemática que analisam o Campeonato Brasileiro (e, se quiser relembrar os números da semana passada, releia a nota O Vasco está quase lá. De novo.):

Chance de gol 

Joinville – 93.3 %

Vasco – 91.1 %

Coritiba – 72.3 %

Goiás – 53.3 %

Avaí – 64.4 %

Figueirense – 25.6 %

Departamento de Matemática da UFMG 

Joinville – 94.1

Vasco – 85.3

Coritiba – 65.4%

Avaí – 63.6%

Goiás – 59.5%

Figueirense – 32%

Infobola

Joinville – 94%

Vasco  – 84%

Coritiba – 69%

Goiás – 60%

Avaí – 54%

Figueirense – 39%

As contas não abalam a confiança de Zinho, assistente técnico de Jorginho:

– Respeito muito os matemáticos, mas, nos últimos anos, nem sempre as contas estão batendo.