Arquivo mensal: outubro 2015

Hamilton garante o tri em Austin

Lewis Hamilton: novo tricampeão da F- 1 - Foto: Studio Colombo/Pirelli

Lewis Hamilton: novo tricampeão da F-1 – Foto: Studio Colombo/Pirelli

Não há temporal que pare Lewis Hamilton, novo tricampeão da Fórmula 1 ao vencer o Grande Prêmio dos Estados Unidos, encerrado há pouco em Austin.

O piloto inglês da Mercedes, três provas antes do final da temporada, se junta a Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna no clube dos tricampeões da mais importante categoria do automobilismo mundial.

Desde 2000, quando o heptacampeão Michael Schumacher conquistou o tri, Hamilton é o sexto piloto a conquistar o título da Fórmula 1.

Schumacher foi também campeão em 2001, 2002, 2003 e 2004; Fernando Alonso, em 2005 e 2006; Kimi Räikkönen, em 2007; o próprio Hamilton, em 2008 e 2014; Jenson Button, em 2009;  Sebastian Vettel, em 2010, 2011, 2012 e 2013.

De quem correm os brasileiros?

Pode ser que a edição de 2015 mude alguma coisa, mas uma pesquisa realizada pela SPTuris em 2014 revelou que 33,4% do público presente à Virada Esportiva aproveitou para bater uma bolinha, o que não chega a ser novidade no país do futebol, e outros 33,5% aproveitaram para correr ou caminhar.

São as modalidades esportivas que mais atraem os paulistanos entre as 130 que fazem parte do cardápio da Virada.

O fascínio dos brasileiros pela corrida lembra uma história que velhos amigos de Caetano Veloso gostam de contar.

Depois de uma noite em companhia de uma animada moçoila, o baiano foi acordado com um convite:

– Vamos correr, Caê…

E só lhe ocorreu perguntar:

– De quem?

Vasco sofre aqui, Alex Teixeira multiplica gols por lá

Invicto há oito rodadas, o Vasco de Jorginho e seu auxiliar Zinho pode voltar a respirar sem a ajuda de aparelhos no Brasileirão se vencer o Grêmio às 17 horas no Maracanã e for ajudado por tropeços do Goiás, que recebe o Cruzeiro; do Coritiba, que recebe o São Paulo; e do Avaí, que visita a Chapecoense.

Não é tarefa fácil.

Terceiro colocado, o Grêmio precisa da vitória para se manter a uma distância segura do quarto e não perder de vista o vice-líder Atlético Mineiro. Fora de casa, o time de Roger Machado já empatou com o líder Corinthians e derrotou o Atlético, mas, em compensação, perdeu no Maracanã os jogos contra a dupla Fla-Flu.

A tarefa vascaína fica mais complicada quando se confere o baixo poder de fogo do seu ataque. O time fez 13 gols nos oito jogos sem derrota, mas nenhum atacante marcou nas cinco rodadas mais recentes.

Os gols do Vasco são de meias e zagueiros. Rafael Silva, autor dos dois no empate com o Cruzeiro em 16 de setembro, foi o último atacante vascaíno a marcar gol neste Brasileirão. O centroavante Leandrão passa em branco há seis rodadas.

Ironicamente, um atacante nascido e criado nas divisões de base do Vasco disputa gol a gol com o polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique, e o gabonense Pierre do Borussia Dortmund, a Chuteira de Ouro de 2015.  Somente dois brasileiros conquistaram até hoje o prêmio ao mais destacado artilheiro do futebol europeu – Ronaldo, o Fenômeno, e Jardel.

Pois o ex-vascaíno Alex Teixeira, do Shakhtar Donetsk, com 16 gols em 2015, está brigando com Lewandowski e Aubameyang, que chegaram ao 13º  neste fim de semana e levam vantagem pois cada gol na liga alemã tem maior peso (2)  do que na liga ucraniana (1.5).

Como nem todas as lembranças são boas, no ano em que foi embora, 2009, Alex Teixeira disputou e foi campeão da Segundona pelo Vasco. Tinha 19 anos.

Melhor seria deixar Guerrero em sossego

Guerrero contra o CorinthiansGuerrero, ameaçado por torcedores do corintianos: e se ele resolver estrear hoje no Fla?

Estava o peruano Paolo Guerrero posto em sossego no Ninho do Urubu, acostumado a perder um jogo depois do outro, tanto que foram cinco derrotas nas últimas seis rodadas do Brasileirão, e desacostumado a marcar gols, que antes saíam com facilidade, quando uma ou duas torcidas uniformizadas do Corinthians começaram a espalhar a informação de que vão recebê-lo com hostilidades no jogo deste domingo no Itaquerão.

Fustigar o ídolo de outras e recentes temporadas alvinegras é tudo que os corintianos não deveriam fazer a esta altura do Brasileirão.

Melhor teria sido deixá-lo adormecido, tão profundamente adormecido ele estava que os corintianos mais sábios apenas se divertiam com a fase de muitas derrotas e apenas três gols no Brasileirão desde que se transferiu para o Flamengo, como se via, em variadas versões, nas redes sociais:

Guerrero prometeu que não jogaria por outro time no Brasil e cumpriu a promessa. Não está jogando no Flamengo.

O diabo é ele resolver estrear hoje com a camisa rubro-negra em pleno Itaquerão, onde o Corinthians fará um jogo fundamental em suas pretensões de desembarcar em Belo Horizonte no próximo domingo, para a parada contra o Atlético Mineiro, levando na bagagem pelo menos os oito pontos de vantagem que, antes dos jogos desta tarde, ainda separam o líder do vice-líder do Brasileirão.

Sábio conhecedor dos caminhos e descaminhos da bola, mestre Armando Nogueira ensinou há muitos e muitos anos: “Deus castiga quem o craque fustiga”.

Pode-se até considerar que Guerrero não seja verdadeiramente craque, mas com certeza é um grande goleador que não deveria ser fustigado nem antes nem durante um jogo tão importante.

E se o barulho dos torcedores, amplificado pela mídia durante a semana, acordar o goleador que estava adormecido depois de ter marcado gol em seus três primeiros jogos pelo Fla (leia a nota Nasce mais um ídolo rubro-negro, de 18 de julho)?

Roberto de Andrade, o presidente que não conseguiu segurar Guerrero no Corinthians, demonstra como é tênue a linha que separa a cartolagem das torcidas ditas organizadas:

– Se fosse me colocar no lugar do torcedor e me sentar na arquibancada, vaiaria também.

Tite, o técnico que queria manter o goleador no Corinthians, é de outra cepa:

– Guerrero tem toda uma história muito linda no Corinthians e merece todo o meu respeito. Tem uma história a ser respeitada e eu o respeito Se eu fosse torcedor, não vaiaria. Eu apoiaria todos os jogadores do Corinthians.

Tite mira o gol:

– Eu estou focado, muito focado, na preparação da equipe para o jogo.

É de foco que o Corinthians precisa. Desviá-lo para o ressentimento com o ídolo que se foi é bom para o Flamengo – e, mais ainda, para o Atlético Mineiro!

Noite trágica para o Palmeiras

André: gol, de pênalti, liquida Palmeiras

André: gol, de pênalti, liquida Palmeiras

Já era tarde quando Marcelo Oliveira resolveu por em campo Zé Roberto e Dudu e, mais tarde ainda, quando apelou para o garoto Gabriel Jesus na esperança de um milagre que revertesse no Pacaembu os 2 a 0 que André, em cobrança de pênalti, estabelecera poucos minutos antes.

Estava claro que, finalmente, o Sport conseguiria sua primeira vitória fora de casa no Campeonato Brasileiro.

O Palmeiras é um time instável, cheio de altos e baixos ao longo do Brasileirão,  quase sempre inseguro quando larga em desvantagem no placar. O gol de Marlone, aos 15 minutos do primeiro tempo, definiria todo o jogo desta noite, embora tenha sido do Palmeiras o maior volume de jogo e maior número de finalizações.

Quando entraram, na volta do intervalo, Zé Roberto e Dudu deram novo ânimo na torcida, mas não conseguiram convencer o time de que a reação era possível.

O gol de André, aos 13 minutos, liquidou qualquer pretensão palmeirense de uma reviravolta. O Sport às vezes tem dificuldade para chegar ao gol, mas é um time que sabe muito bem defender a vantagem no placar.

Decidida a parada no Pacaembu, o Palmeiras estaciona nos 48 pontos,  cai para o sétimo lugar, ultrapassado neste sábado por Inter e Sport, e vai torcer no domingo para não ficar também atrás de São Paulo e Ponte.

E, para evitar preocupações futuras, também torcerá para que o Flamengo não faça três pontos no Itaquerão e chegue aos 47. Ou seja: os palmeirenses terão de torcer pelo Corinthians.

O sábado foi uma tragédia.

Santos complica a vida no Brasileirão

Vanderlei: defesas salvadoras no 0 a 0 em Florianópolis

Vanderlei: defesas salvadoras no 0 a 0 em Florianópolis

É impressionante, tanto quanto renitente, a incompetência do Santos para fazer valer sua força ofensiva fora de casa.

Foi o que se viu mais uma vez no começo da noite em Florianópolis. Pelo que não jogou no primeiro tempo e pelo pouco que mostrou no segundo, o Santos até pode comemorar o 0 a 0 com o Figueirense.

E deve agradecê-lo em boa parte ao goleiro Vanderlei, que fez duas ou três defesas salvadoras ao longo dos 90 minutos de algum suor e pouca inspiração dos dois times.

Foi o sétimo empate do Santos como visitante em 16 jogos neste Brasileirão, com apenas uma vitória e nove derrotas. Está explicado por que corre sério risco de cair fora do G-4 ainda nesta noite. Basta que o Palmeiras vença o Sport.

Mesmo que se mantenha em quarto lugar, agora com 50 pontos, o Santos complicou muito a sua vida no campeonato.

Em Porto Alegre, o Inter venceu o Joinville por 1 a 0 e também chegou aos 50 pontos, igualmente com 14 vitórias, atrás apenas no saldo de gols. A diferença é grande: o Santos tem 15 de saldo, o Inter tem um de déficit.

Além do Palmeiras, que pode ultrapassá-lo daqui a pouco, o Santos pode ser alcançado na pontuação por mais dois perseguidores, ambos ainda com 47 pontos, no domingo – o São Paulo, que pegará o Coritiba no Couto Pereira, e a Ponte Preta, que enfrentará o vice-líder Atlético Mineiro no Independência.

Para o Santos, pior ainda do que o resultado no Orlando Scarpelli talvez seja a demonstração clara de que Lucas Lima começar a dar sinais de que lhe está pesando fisicamente a maratona de jogos pelo time e pela Seleção e de que o garoto Geuvânio voltou totalmente fora de ritmo.

São fatores que podem pesar até nos jogos finais da Copa do Brasil.

Robben brilha na volta aos campos

Robben: goleada, na volta - Foto: twitter.com/FCBayern

Robben: de volta na goleada – Foto: twitter.com/FCBayern

Arjen Robben, o cracaço holandês que estava fora dos campos desde 3 de setembro, baleado no joelho, voltou em grande estilo a atuar pelo Bayern neste sábado, multiplicando-se em campo, como sempre, antes e depois de marcar o primeiro gol nos 4 a 0 sobre o Colonia em Munique.

Ovacionado por 75 mil torcedores ao ser substituído aos 20 minutos do segundo tempo na Allianz Arena, Robben voltou aos campos num sábado que vai entrar para história: foi a décima vitória consecutiva do líder Bayern, feito inédito no Campeonato Alemão.

O sábado tem Santos x Palmeiras

Não é um contra o outro: o Santos visitará o Figueirense no Orlando Scarpelli às 18h30, o Palmeiras será o anfitrião do Sport às 21 no Pacaembu.

Lá e cá, porém, estará em jogo a posição de um e outro na linha de frente do Brasileirão: o Santos, com 49 pontos, fecha o G-4; o Palmeiras, com 48, quer a vaga.

Embora tenha 15 pontos de vantagem sobre o adversário desta noite na tabela de classificação, o Santos dificilmente terá vida fácil em Florianópolis, até porque não contará com Gabigol, suspenso, e Thiago Maia, contundido.

É verdade que, a apenas um ponto da zona de rebaixamento, o Figueirense não terá seu maior destaque no campeonato, o jovem atacante Clayton, também suspenso. Em seu último jogo em casa, a equipe do técnico Hudson Coutinho bateu o Flamengo por 3 a 0, mas Clayton estava lá – e fez dois gols.

Obrigado a vencer, pois tem também o São Paulo, o Inter e a Ponte em seu encalço, o time de Dorival Júnior levou na bagagem o maior problema para se garantir por conta própria no G-4 – o retrospecto de apenas uma vitória nos 15 jogos que já disputou fora de casa no Brasileirão.

Inversamente, é a maior vantagem que o Palmeiras terá no confronto com o Sport um pouco mais tarde.

Agora sob o comando de Paulo Roberto Falcão, o time pernambucano ainda tem remotas chances de chegar ao G-4, mas é o único que não ganhou um jogo sequer como visitante em todo este Brasileirão. Em compensação, adora uma coluna do meio: empatou nove dos 15 jogos fora de casa.

E um empate no Pacaembu pode custar até três posições ao Palmeiras no final da 32ª rodada.

Para dificultar a vida dos palmeirenses, especula-se que Marcelo Oliveira, forçado pela contusão de titulares importantes como Gabriel, Arouca e Robinho e disposto a preservar forças para o tira teima com o Fluminense pela vaga na final da Copa do Brasil, escalará contra o Sport o seguinte time: Fernando Prass, João Pedro, Jackson, Leandro Almeida, João Paulo, Thiago Santos, Matheus Sales, Mouche, Allione,  Rafael Marques e Cristaldo.

O Sport pode conseguir no Pacaembu sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão. O Santos lhe será agradecido.

Você pode caminhar com o doutor Cooper

Kenneth Cooper: aos 84 anos, caminhada na USP

Kenneth Cooper: caminhada na USP

Os paulistanos poderão fazer  neste domingo, a partir das 8h30, uma caminhada de três quilômetros no Centro de Práticas Esportivas da USP em companhia de uma celebridade mundial: o médico Kenneth Cooper, que criou nos  anos 1960  um método de avaliação do desempenho de atletas em apenas 12 minutos de corrida.

Aos 84 anos, o doutor Kenneth Cooper vai participar da caminhada #Vemprocooper, promovida pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, com acesso gratuito a todos os interessados, principalmente os idosos.

Os promotores recomendam o uso de trajes leves, tênis, boné ou chapéu, e protetor solar.

Copa América vai festejar os 100 anos nos EUA

Atenção, atenção: a alta cartolagem da Conmebol e da Concacaf reuniu-se nesta sexta-feira em Miami e confirmou a realização da edição de 100 anos da Copa América no ano que vem nos Estados Unidos.

Em comunicado conjunto, as confederações informam que a competição terá “uma estrutura totalmente nova para cuidar das operações e das finanças do torneio”.

Tradução: o pessoal que já foi pego pelo FBI está fora.

Os tempos são outros, prometem Conmebol e Concacaf: “Uma melhor estrutura de controle vai proporcionar uma maior prestação de contas e transparência do evento”.

E mais: “Todas as partes envolvidas na Copa América Centenário concordaram em formar um novo Comitê Executivo, composto por dois representantes da Conmebol, dois representantes da Concacaf  e um representante de futebol da U.S. Soccer, para gerenciar operações e finanças do torneio no dia a dia.”

Antes mesmo da reunião em Miami, as confederações já tinham prometido que, “conjuntamente com o operador local do torneio, vão identificar novos sócios para vender os direitos comerciais utilizando um processo novo e transparente”.

Novos processos e transparência são promessas para o futuro. Por enquanto, nem o FBI sabe quem vai operar localmente o torneio. Talvez desconfie.