Arquivo mensal: junho 2015

Imagem do dia: conjunto afinado

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Além da bola, o que é mesmo que une (ou separa) esta rapaziada convocada pelo regente Dunga para tocar em conjunto a banda brasileira na Copa América?

Willian, Elias, Daniel Alves, Robinho, Thiago Silva e Philippe Coutinho não são os únicos que raramente se separam dos fones de ouvido nas andanças da Seleção.

Fotos: Rafael Ribeiro/CBF

Já imaginou o Brasil em oitavo lugar na Copa América?

Saiba você, navegante nas águas deste blog, que a internet brasileira é mais lenta do que a de Uruguai, Chile, México, Argentina, Colômbia, Peru e Equador.

No ranking da Fifa, estaríamos não em quinto lugar – como estamos no futebol, para vergonha de todos nós – e, sim, em 89°, como no mundo da bola está a seleção da Bolívia.

No mundo em que circulam bits e bytes, mais lentos do que nós em nossa América Sul, só o Paraguai, a Venezuela e a Bolívia.

Os dados são do último levantamento State of the Internet, feito agora em 2015, pela Akamai Technologies, empresa norte-americana especializada em serviços de nuvem e redes de entrega de conteúdo.

E a gente ainda fala mal do futebol brasileiro… com razão, evidentemente!

Argentina x Colômbia: as estrelas estão devendo

Messi x James Rodríguez: duelo por vaga nas semifinais da Copa América

Messi x James Rodríguez: duelo por vaga nas semifinais da Copa América

O 101º jogo de Lionel Messi com a camisa da Argentina marcará o seu reencontro, agora como adversário, com José Pekerman, o homem que lhe deu a primeira chance de vesti-la, já se vai uma década, num amistoso com a Hungria em Budapeste.

Foi uma estreia meteórica em 17 de agosto de 2005: menos de um minuto depois de entrar em campo, já quase na metade do segundo tempo, o garoto de 18 anos foi expulso do jogo que a Argentina venceu por 2 a 1.

Messi acabara de se sagrar campeão mundial Sub-20, tendo sido o artilheiro e o craque da competição, mas, dez anos depois, continua devendo aos argentinos um título com a seleção principal – jejum que atormenta nuestros hermanos desde 4 de julho de 1993, quando conquistaram a Copa América no Equador.

Às 20h30 desta sexta-feira, no Estádio Sausalito, em Viña del Mar, Messi tem a obrigação de liderar a favorita Argentina no confronto com a Colômbia comandada por seu compatriota Pekerman. A vitória vale uma das vagas nas semifinais desta Copa América.

Até agora, o talento do cracaço argentino só cintilou no frustrante 2 a 2 da estreia contra o Paraguai e em raríssimos momentos do 1 a 0 sobre o Uruguai, mas de Messi se deve esperar sempre que desequilibre o jogo e decida em campo a sorte da Argentina, como tantas e tantas vezes decide a do Barcelona.

Do lado colombiano, as esperanças estão nos pés de outro camisa 10, o jovem James Rodríguez, uma das principais estrelas da Copa do Mundo disputada no Brasil em 2014 e figurinha até agora apagada nos campos do Chile.

Muito mais do que Messi deve à Argentina, o craque do Real Madrid está devendo à Colômbia. E se não pagar hoje pelo menos parte da dívida, os colombianos voltarão para casa. Afinal, time por time, o de José Pekerman perde feio para o de Tata Martino.

Só a estrela colombiana pode compensar a diferença. Se Messi concordar, claro.

Veja só quem é fã de Tostão

Blatter e Tostão 266             Blatter sobe Tostão: “a vida não se acaba depois de descalçar as chuteiras”

Talvez Tostão nem imagine, mas tem um fã ardoroso em Zurique.

Ardoroso e ainda poderoso, embora deva se afastar da presidência da Fifa em breve. É isso mesmo: o fã do craque Tostão é Joseph Blatter, que escreveu em sua coluna na The FIFA Weekly (leia em espanhol  ou em inglês), disponibilizada hoje no site da entidade:

♦Pessoalmente, sempre me fascinaram dois jogadores: Alfredo Di Stéfano, o genial cérebro ofensivo do Real Madrid, e Tostão, o elegante e rapidíssimo meio-campista da seleção brasileirão campeã do mundo em 1970.

♦ Minhas lembranças pessoais estão inextrincavelmente ligadas à figura de Tostão.

♦ O brasileiro de Belo Horizonte foi um futebolista cujo horizonte, justificadamente, se estendia muito além das inhas de cal: formou-se em medicina e, após se retirar do futebol, trabalhou como médico. Depois, tornou-se escritor e chegou a ser um dos colunistas mais conhecidos da imprensa brasileira, dando um exemplo fascinante de que a vida não se acaba depois de descalçar as chuteiras.

A estreia que Thomaz Bellucci não desejava

São pequenas as chances de Thomaz Bellucci passar da primeira rodada em Wimbledon.

O brasileiro vai estrear contra Rafael Nadal.

Melhor dizendo: embora o tenista espanhol tenha se classificado como décimo cabeça de chave, sua pior classificação na história do torneio, são nulas as chances de Thomaz Bellucci passar da primeira rodada em Wimbledon.

Para alegria e tristeza do Fla, o jogo foi Guerrero 3 x 1 Bolívia

Guerrero: três gols para levar Peru à semifinal

Guerrero: três gols para levar Peru à semifinal

Boa notícia para a torcida do Flamengo: Paolo Guerrero desencantou, fez todos os gols do Peru nos 3 a 1 sobre a Bolívia e já divide com o chileno Arturo Vidal a artilharia da Copa América.

A boa notícia tem um porém: Guerrero vai para a semifinal, contra o Chile, na segunda-feira, dia 29, no Estádio Nacional de Santiago e, portanto, esticará a temporada em campos chilenos no mínimo até o dia 3 de julho, sexta-feira da semana que vem, quando estará em disputa o terceiro lugar da competição.

O Fla, instalado no Z-4 do Brasileirão, vai ter de esperar pelo reforço do artilheiro dos gols decisivos

Outro velho conhecido dos brasileiros, Marcelo Moreno, em cobrança de pênalti, fez o gol da Bolívia, um prêmio de consolação para um time que correu muito, mas mostrou pouco, e já perdia por 3 a 0 quando, aos 39 minutos do segundo tempo. Advíncula derrubou Lízio na área e lhe deu a chance de diminuir o tamanho do vexame.

Guerrero decidiu o jogo logo no começo, com um gol aos 20 minutos e outro aos 22.

O Peru mostrou mereceu amplamente a vitória, mostrou que pode incomodar o Chile, mas precisaria de mais dois ou três Guerreros para sonhar em ir à final.

Imagem do dia: Uruguai perde vaga, mas não perde humor

 La Republica 256

A manchete do jornal La República ajuda a entender a frustração uruguaia com a derrota de ontem para o Chile e a consequente eliminação da Copa América, mas mostra igualmente que nem só de mau humor é feita a imprensa continental.

Nesta sexta, entram em campo as campeãs

Começam amanhã, dia 26, as quartas de final do Mundial de Futebol Feminino:

♦ China x EUA

♦ Alemanha x França

No sábado, mais dois jogos:

♦ Austrália x Japão

♦ Inglaterra x Canadá

Dando de barato que norte-americanas e alemãs vencerão amanhã, as semifinais serão marcadas pelo confronto entre as maiores favoritas ao título.

Exercício de adivinhação é sempre um jogo de altíssimo risco no futebol, mas dificilmente a campeã mundial não será a vencedora de EUA x Alemanha na primeira partida das semifinais, no dia 30, terça-feira que vem, em Montréal.

Dê o quer de daqui para frente, a gente fica na torcida para que a norte-americana Abby Wambach não marque mais nenhum gol até a final e, assim, continue atrás da nossa Marta na artilharia dos Mundiais (Leia mais em Marta 15 x 14 Abby Wambach).

Bolívia e Peru decidem quem vai pegar o Chile

Moreno x Guerrero: duelo por vaga na semifinal

Moreno x Guerrero: duelo por vaga na semifinal da Copa América

Sai hoje em Temuco, no Estádio Germán Becker, o condenado à morte nas semifinais da Copa América. Ou alguém tem alguma dúvida de que Bolívia ou Peru, o que  sobreviver ao confronto pelas quartas de final, será fulminado pelo Chile na próxima parada?

A Bolívia, impiedosamente goleada pelos chilenos por 5 a 0 ao se despedir da fase de grupos, não quer nem pensar no que a aguarda nas semifinais se passar hoje pelo Peru. É um time em renovação e dependente de veteranos como Marcelo Moreno, que fez uma boa temporada em 2014 com a camisa do Cruzeiro e já jogou também no Grêmio e no Flamengo. A última vez que os bolivianos passaram das quartas de final foi em 1997, lá mesmo, na altitude de La Paz.

Moreno resume as limitações bolivianas com um fio de esperança:

– Seria um sonho passar para as semifinais.

O Peru, terceiro colocado em 2011, tem boas chances de emplacar mais uma semifinal, como espera Ricardo Gareca, um dos cinco treinadores argentinos que continuam na competição:

– Havíamos traçado a meta de passar pela primeira fase e conseguimos. Nosso objetivo agora é passar pela Bolívia. Estamos corrigindo nossos erros de um jogo para outro e, quem sabe, possamos fazer ainda mais. Afinal, enfrentamos seleções que nos impuseram dificuldades e não nos saímos mal.

Evidentemente, ele se refere ao Brasil e à Colômbia, adversários da primeira fase. O Peru, diferentemente da Bolívia, baseia seu futebol na experiência de trintões como Lobaton, que não jogará hoje, Vargas, Farfán e Paolo Guerrero, o homem dos gols decisivos que deixou saudades no Corinthians e, depois da Copa América, vestirá a camisa do Flamengo.

Artilheiro da Copa América de 2011, com cinco gols, Guerrero ainda não marcou nenhum nos campos do Chile, o que não parece incomodar o treinador:

– Ele não está preocupado com isso. Paolo está bem e muito comprometido com  o time.

Chile abre o caminho até a final da Copa América

Islas fez 1 a 0 para o Chile a dez minutos do final

Islas fez 1 a 0 para o Chile a dez minutos do final e liquidou ilusões  uruguaias

Faltavam dez minutos para o fim do jogo e, embora os chilenos tivessem amplo predomínio em campo, já não era despropositado imaginar que mais uma vez os uruguaios aprontariam uma surpresa na Copa América, expulsando do salão nas quartas de final o dono da festa.

Desde os 17 minutos do segundo tempo, o Uruguai tinha apenas dez em campo: Cavani, que já recebera um cartão amarelo no primeiro tempo, deu um tapinha no zagueiro Jara e foi expulso por Sandro Meira Ricci.

Com um jogador a menos, o Uruguai apertou a marcação e, curiosamente, ameaçou mais o gol de Bravo do que nos 60 minutos em que se defrontaram 11 contra 11.

Aos 35, no entanto, Islas acabou com as ilusões uruguaias.

O 1 a 0 combina mais, embora não inteiramente, com o domínio chileno, expresso nos percentuais da posse de bola: 80% a 20%.

O Uruguai, valente como sempre, abdicou do jogo durante um bom tempo, se defendeu demais e acabou com apenas nove no gramado, pois o árbitro brasileiro expulsou, desta vez injustamente, o lateral Fucile.

O Chile não mostrou o brilho dos jogos anteriores, mas mereceu a vitória e, assim, escancarou o caminho para chegar à final.

Pelo menos em teoria, a semifinal será uma moleza – contra o vencedor de Bolívia x Peru.