Pela primeira vez desde que chegou a Nova York, José Maria Marin deixou o apartamento na 5ª Avenida, que lhe serve de prisão domiciliar, e foi à missa na Catedral de St. Patrick.
Não se confessou.
Afinal, como disse ao Raymond Dearie, é inocente.
Pela primeira vez desde que chegou a Nova York, José Maria Marin deixou o apartamento na 5ª Avenida, que lhe serve de prisão domiciliar, e foi à missa na Catedral de St. Patrick.
Não se confessou.
Afinal, como disse ao Raymond Dearie, é inocente.
Com o time quase todo reserva, o Santos foi derrotado pelo Coritiba por 1 a 0 no Couto Pereira e deixou de tirar proveito da ajuda que mais cedo lhe deu o Corinthians, ao golear o São Paulo por 6 a 1.
Se tivesse vencido, estaria no G-4, com 58 pontos, dois à frente do São Paulo e do Internacional, que venceu o Grêmio por 1 a 0 e voltou à briga pela vaga na Libertadores de 2016.
Estacionado nos 55 pontos, o Santos está agora praticamente obrigado a conquistar a Copa do Brasil nas finais contra o Palmeiras, que começam nesta quarta-feira na Vila Belmiro, para chegar à Libertadores.
Pelo Brasileirão, já estão garantidos o Corinthians, o Atlético Mineiro e o Grêmio. A briga pela quarta vaga, segundo as previsões do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, ficou assim:
♦ São Paulo – 52.2% de chances
♦ Internacional – 34.1% de chances
♦ Santos – 12.1% de chances
A vitória do Coritiba tirou-o do Z-4, de onde não sai mais o Joinville, derrotado pelo Vasco por 2 a 1.
Depois desta 36ª rodada, em que o Figueirense empatou com a Chapecoense por 0 a 0, o Goiás empatou com o Atlético Mineiro por 2 a 2 e o Avaí perdeu para o Fluminense por 3 a 1, cinco times lutam para fugir do rebaixamento, mas só três escaparão.
A taxa de risco de cada um, segundo os matemáticos mineiros :
♦ Goiás – 96.7%
♦ Vasco – 87.4%
♦ Avaí – 80.3%
♦ Coritiba – 20.4%
♦ Figueirense 15.2
O Infobola dá números ligeiramente diferentes:
♦ Goiás – 95%
♦ Vasco – 87%
♦ Avaí – 70%
♦ Coritiba – 24%
♦ Figueirense – 24%
A incapacidade de reagir minimamente às vicissitudes nas rodadas recentes e decisivas manchou a campanha do Atlético Mineiro neste Brasileirão, poderia lhe custar o vice-campeonato se o Internacional não tivesse vencido o Gre-Nal há pouquinho por 1 a 0 e ainda pode determinar a saída de Levir Culpi, que pressentiu a mancha, por motivos outros e equivocados, bem antes dos últimos vexames, como este de hoje, o empate por 2 a 2 com o Goiás no Independência.
Nas últimas dez rodadas, a campanha do vice-líder se compara à do Vasco, que demorou a sair da lanterna e ainda corre sério risco de cair para a Segundona. Foram apenas 17 pontos ganhos. O Corinthians ganhou 26.
Se forem mesmo vice-campeões brasileiros, os atleticanos deveriam dividir com os colorados o prêmio de R$ 6,3 milhões que a CBF lhes pagará – ou, pelo menos, os R$ 2 milhões a mais do que receberá o terceiro colocado.
Enganou-se quem acreditou, como este blogueiro, que a ausência do trio Gil-Elias-Renato Augusto e o clima de festa no Itaquerão favoreceriam o São Paulo em sua luta para continuar no G-4.
O Corinthians, ainda mais reserva do que se prenunciava, não perdoa. Joga sempre como se fosse decisão. Tite não permite poupança de energia em campo. E, sem perder a vibração, o Corinthians decide as paradas com a frieza de campeão.
Não tem Elias, Jadson nem Renato Augusto?
Bruno Henrique vai lá e faz Corinthians 1 x 0 São Paulo.
Malcom e Vagner Love não estão em campo?
Romero faz 2 a 0.
O primeiro tempo está acabando, Gil também não veio?
Pouco importa: Edu Dracena faz 3 a 0.
Vamos ao segundo tempo.
Danilo, o polivalente camisa 12, no exercício mais uma vez da titularidade, como diria Tite nos velhos tempos, se dá ao luxo de fazer uma assistência, de letra, para o talismã Lucca marcar o seu: 4 a 0.
E como o talismã estava esperando a bola cruzada por Romero, o tricolor Hudson achou melhor cortar o caminho e tocá-la logo para as redes de Denis: 5 a 0.
Será que o São Paulo não vai esboçar nenhuma reação? Não diziam por aí que Paulo Henrique Ganso e até Alexandre Pato eram os responsáveis pela apatia que tantas vezes o São Paulo de Milton Cruz, Juan Carlos Osorio e Doriva mostrou em campo? Nenhum deles está em Itaquera.
E o São Paulo reagiu muito de leve, com um gol de Carlinhos um pouco depois da metade do segundo tempo. Diminuiu o vexame: 5 a 1.
Teremos mais?
Sim, claro. O Corinthians não sossega. Pênalti de Reinaldo em Romero. Cristian bate e faz 6 a 1.
Acabou? Não. O São Paulo também tem um pênalti a seu favor. Alan Kardec cobra, Cássio defende.
Algum titular do Corinthians tinha de mostrar serviço.
Acabou a festa. É hora de o capitão Ralf receber a taça.
Argel Fucks ainda trabalhava no Figueirense, mas sete dos 11 colorados que ele deve mandar a campo para enfrentar o Grêmio às 17 horas no Beira-Rio estão entre as vítimas do massacre de 9 de agosto: Alisson; William, Ernando, Rodrigo Dourado, Anderson, Vitinho e Lisandro López.
Foi pela 17ª rodada deste Brasileirão, diante de 46.010 torcedores, na Arena Grêmio. O Inter ainda procurava um substituto para Diego Aguirre, o Grêmio tinha trocado Luiz Felipe Scolari por Roger Machado 13 rodadas antes.
Mal o jogo começou, o gremista Douglas perdeu um pênalti. Mal sinal? Não para os gremistas.
Dali em diante, o Grêmio massacrou o Inter, enfiando-lhe 5 a 0, sua mais escancarada vitória num Gre-Nal desde 1912, quando tinha vencido por 6 a 0. Foi um dos três maiores vexames colorados na história do Campeonato Brasileiro, igual às derrotas 5 a 0 para a Chapecoense em 2014 e para o São Caetano em 2003.
Além do comandante Roger Machado, oito dos algozes gremistas daquele 9 de agosto vão se reencontrar com as vítimas daqui a pouco. São Marcelo Grohe, Rafael Galhardo, Pedro Geromel, Erazo, Marcelo Oliveira, Giuliano, Douglas e Luan.
O jogo vale para os colorados a última chance de continuar sonhando com uma vaga na Libertadores em 2016. Para o Grêmio, a permanência no terceiro lugar do Brasileirão, a três pontos, no máximo, do Atlético Mineiro, uma semana antes de recepciona-lo em Porto Alegre em confronto direto pela vice-liderança.
Na verdade, o Gre-Nal deste domingo se basta como revanche daquele 9 de agosto.
O dia é de festa corintiana, com certeza de recorde de público no Itaquerão, mas a maior alegria pode ser dos são-paulinos, que estão na luta com os santistas, ponto a ponto, pela última vaga disponível no G-4.
O jogo das 17 horas em nada altera a posição do campeão, mas é a chance de eliminar um raro déficit em sua quase irretocável campanha – os pífios 42,8% de aproveitamento no confronto direto com os outros times paulistas, com apenas duas vitórias em sete jogos, mais três empates e duas derrotas.
O Corinthians perdeu em casa para o Palmeiras e empatou no Allianz Parque; perdeu para o Santos na Vila Belmiro e venceu em Itaquera; venceu em casa a Ponte Preta e empatou no Moisés Lucarelli; empatou com o São Paulo no Morumbi.
Se derrotar o São Paulo na festa em que receberá o caneco e as faixas de campeão, o Corinthians terá feito 12 pontos em oito jogos contra os rivais paulistas. Serão 50% dos pontos disputados.
Não é muito para um time que tem 73,3% de aproveitamento no campeonato, mas pelo menos conseguiria zerar a conta doméstica e calar a boca dos vizinhos.
O problema é que os corintianos só querem saber de festa a esta altura do Brasileirão e não contarão com Gil, Elias e Renato Augusto, um favorecimento enorme às pretensões do São Paulo de se manter em quarto lugar, pelo menos um ponto à frente do Santos, que vai ao Paraná enfrentar o desesperado Coritiba.
Não são poucos os palmeirenses decepcionados com a campanha do time no Brasileirão. Depois do empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, o Palmeiras dormiu em nono lugar, mas hoje vai para a cama em décimo, ultrapassado pela Ponte ou pelo Flamengo, dependendo do resultado do jogo das 18 horas entre os dois no Mané Garrincha.
A torcida esperava muito mais, boa parte até sonhava com o título brasileiro, mas nem os resultados frustrantes do returno a afastaram do time.
O Palmeiras não pode reclamar de seus torcedores, como se viu ontem à noite, mais uma vez, no Allianz Parque.
Foi o menor público do Palmeiras como mandante em todo o campeonato, apenas 19.395 pagantes. Apenas? Em jogo que não valia nada, bate em mais de 2 mil a média de pagantes do Brasileirão.
Era só que o faltava. Iniesta resolveu jogar. Jogar o que sabe. E ele sabe muito. Se já bastava a dupla Neymar & Suárez para fazer mágicas e gols pelo Barcelona desde que o solista Messi se contundiu, o maestro da companhia voltou a jogar em altíssimo nível. Assim, é difícil resistir a este Barça.
Como se o campo do Santiago Bernabeu fosse apenas um anexo do Camp Nou, o Real Madrid de Cristiano Ronaldo assistiu a um concerto perfeito deste irresistível Barça de Iniesta, Neymar e Suárez que vai se fazendo de novo campeão espanhol.
Suárez brilhou mais uma vez, com dois gols e uma assistência. Neymar voltou a estraçalhar, marcou um gol, fez a assistência para outro, provocou a expulsão de Isco, enloqueceu a defesa do Real.
Aos 11 minutos do segundo tempo, quando Messi voltou assumir o posto de solista da companhia, o placar falava por si só: 3 a 0, um gol de cada um dos coadjuvantes estrelados que se tinham feito protagonistas durante sua ausência.
O placar não dizia tudo, porém. O Barcelona merecia mais.
Tanto merecia que, aos 29, Suárez fez mais um, o quarto do Barça, após receber de Alba a bola que lhe fora docemente presenteada por Lionel Messi.
Fim de festa. E que festa fez em Madri o líder do Campeonato Espanhol, agora seis pontos à frente de seu grande rival!
É verdade que o Real poderia ter marcado pelo menos um golzinho, mas o chileno Bravo fez duas ou três grandes defesas dificílimas e garantiu os 4 a 0.
Bravíssimo – deveria gritar a plateia.
A torcida brasileira certamente ainda está frustrada com o pífio desempenho de Neymar no 1 a 1 com a Argentina e nos 3 a 0 sobre o Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, mas os espanhóis estão enfeitiçados pelo nosso craque, como escancara hoje o jornal Marca num texto de múltiplos elogios:
– O brasileiro é possivelmente o jogador em melhor forma no futebol mundial. Somente Lewandowski, no Bayern, tem sido tão decisivo com seus gols.
– Nenhum outro jogador exibe uma regularidade tão acachapante.
– Neymar, em ótima parceria com Luis Suárez, tem marcado gols, feito assistências, provocado pênaltis…
– Se continuar na forma atual, logo poderá estará disputando (com Cristiano Ronaldo e Lionel Messi) o cetro de melhor jogador do mundo.
Depois de tanta reverência, o jornal mostra preocupação com o rendimento de Neymar no Real x Barça de logo mais:
– A única dúvida que existe para a partida desta tarde é o possível cansaço que ele pode sentir depois da viagem e dos jogos pela Seleção Brasileira.
Não deixa de ser curioso conferir o reencontro do Cruzeiro, reanimado nos últimos tempos por Mano Menezes, com o homem que o levou ao bicampeonato brasileiro nas duas últimas temporadas, deixou-o em baixa neste Brasileirão e hoje comanda o oscilante Palmeiras.
Pouco mais tem a oferecer ao torcedor o jogo deste sábado entre o Palmeiras de Marcelo Oliveira, que há quatro rodadas não experimenta o gostinho de uma vitória, e o Cruzeiro de Mano, que há 11 não sabe o que é perder.
Oitavo colocado no Brasileirão, com 51 pontos, cinco aquém do Z-4, o visitante tem chances apenas matemáticas de ainda conquistar uma vaga na Libertadores de 2016 – 3%, segundo o Infobola.
Com 49 pontos, em décimo lugar, o anfitrião já se desligou do campeonato e só pensa na Copa do Brasil, que lhe pode abrir as portas da próxima Libertadores.
O Cruzeiro desembarcará com força máxima às 19h30 no Allianz Parque. O Palmeiras, preservando-se para o primeiro jogo das finais da Copa do Brasil contra o Santos, será quase todo reserva.
Há programas mais interessantes na noite deste sábado em Sampa. O blogueiro vai ver 007 contra Spectre.